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Nas ruas de Nashville, já pensando em 2023 / Andretti vence com Rossi em Indianápolis PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 04 August 2022 13:58

Olá amigos, tudo bem?

 

Quero começar falando de um assunto que começou a tomar corpo na imprensa e acho legal falar um pouco a respeito. De fato, há interesses mútuos para que eu permaneça na Meyer Shank Racing (MSR) para a temporada 2023 da IndyCar. Por causa disso, já começamos a conversar e, acredito, que até o final de agosto a gente possa ter novidades sobre isso. Mas ainda não há um contrato assinado.

 

A gente não pode esquecer que esse é um ano com tudo novo para a equipe e para mim também. Esta é a primeira temporada que a equipe de Jim Mayer e Mike Shank tem dois carros disputando todo o calendário. Além disso, depois da vitória em Indianapolis no ano passado, a MSR deu um grande salto de qualidade e as coisas ainda estão se encaixando.

 

No meu caso, como os Leitores sabem, fiz minha última temporada completa na IndyCar em 2017, antes de disputar por três anos o IMSA WeatherTech SportsCar Championship, e só agora em 2022 voltei a competir em tempo integral na Indy.

 

Acredito realmente que o projeto da equipe é vencedor e, no próximo campeonato, poderemos colher, tanto eu quanto o Simon Pagenaud, bons frutos do trabalho que está sendo desenvolvido agora. Estou me sentindo muito bem, motivado e tudo se encaminha para uma renovação. Mas sempre existem detalhes que precisam ser discutidos e é isso que está acontecendo agora, sem pressa, tudo a seu tempo.

 

Vamos falar agora de corrida? Neste domingo, dia 7 de agosto, teremos mais uma etapa do NTT IndyCar Series 2022, com a corrida de Nashville, no Tennessee. Com o nome de Big Machine Music City Grand Prix, será válida pela 14ª etapa do campeonato, que já vai se aproximando do seu final.

 

Depois dessa rodada em Nashville, faltarão apenas mais três: o oval de Madison e os mistos de Portland e Laguna Seca. Mas sobre essas provas vou falar mais para a frente. Agora, o assunto é essa disputa cujas referências obtidas no ano passado, quando da sua primeira edição, são muito importantes para o trabalho de acerto do Dallara Honda #06 da Meyer Shank Racing.

 

O traçado urbano tem largada e chegada na área do Nissan Stadium, que é a casa do Tennessee Titans, da NFL. Tem como ponto prá lá de marcante a ponte sobre o Rio Cumberland, a Korean War Veterans Memorial. Os trechos de maiores velocidades são justamente aí, indo e voltando, com os carros cruzando o rio duas vezes por volta.

 

  

No ano passado o traçado era muito ondulado, que obviamente é uma característica das pistas de rua. Só que em alguns trechos era demais, a ponto de ser difícil controlar o carro. Espero que a situação esteja minimizada para a etapa.

 

Mas isso a gente só vai mesmo constatar a partir da sexta-feira, quando serão iniciadas as atividades de pista. Teremos 75 minutos de treinos livres, a partir das 17:15, sempre no horário do Brasil. A segunda sessão começará às 13:15 de sábado, dia também dedicado ao Qualifying, que terá início às 15:30. 

 

No domingo, após um aquecimento de meia hora no final da manhã (das 11:15 às 11:45), vamos para a corrida de 80 voltas pelo traçado de 3.300 metros, aproximadamente. Como sempre, os fãs da Fórmula Indy no Brasil poderão conferir tudo ao vivo pela TV Cultura e ESPN/Star+.

 

Para terminar, no sábado passado aconteceu a segunda prova desse ano no misto de Indianapolis e um lance que ganhou grande destaque foi aproveitar a brecha entre o Will Power e o Malukas para passar os dois. É verdade que os carros se rasparam e eu quase rodei, mas foi muito divertido. No final, cheguei em 16º, resultado que não traduziu as chances que tínhamos. 

 

É isso aí, pessoal. Vamos que vamos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Queridos amigos leitores,

 

A IndyCar Series, em mais uma dessas iniciativa que só o Capitão Roger Penske é capaz de fazer, fez uma corrida no circuito misto que existe no Indianapolis Motor Speedway no mesmo final de semana em que a NASCAR fez o seu final de semana de corridas usando o mesmo traçado. Claro que não é a mesma coisa do que é a Indy500 e o público nem de longe lotou o IMS, mas quem não foi, perdeu um grande evento.

 

Se na semana passada, na rodada dupla no oval de Iowa a equipe Andretti não encontrou o melhor acerto para seus carros, uma corrida depois as coisas foram completamente diferentes e até mesmo um 1-2 seria possível, não fosse o precoce abandono de Colton Herta. Foi também uma resposta da Honda sobre a Chevy, que dominou as corridas em Iowa.

 

A sequência sem vitórias acabou. Após um longo inverno de mais de três anos, Alexander Rossi reencontrou o caminho da vitória na categoria. Foram 49 corridas completas desde sua última vitória na Road America em 2019. Rossi, que está de saída da equipe, aproveitou ao máximo as situações de corrida para se libertar de três anos de decepção e frustração para enviar um lembrete aos seus adversários na pista: ele não perdeu nada da velocidade que sempre o nominou como um dos grandes nomes da categoria.

 

 

O piloto da Andretti esteve na disputa por um lugar no pódio desde o início quando largou em segundo e ficou em segundo atrás do pole position Felix Rosenqvist ou em segundo atrás do companheiro de equipe Colton Herta no meio da prova de 85 voltas em Indianápolis curso de estrada. Passando pelas curvas do traçado interno do IMS, a liderança de Herta se transformou em P24 na volta 42, quando ele relatou problemas com sua transmissão. “Não há marchas”, disse Herta enquanto seu carro se arrastava até parar na entrada do pit lane.

 

 

Com Herta fora da corrida, Rossi alcançou a liderança e estabeleceu uma vantagem confortável, conquistando sua oitava vitória da carreira na IndyCar Series com alguma tranquilidade, já que um dia relativamente simples terminou com Christian Lundgaard terminando distante 3,5s, mas uma diferença que foi bem maior e esteve todo o tempo sob controle. Uma grande corrida do piloto que fez sua carreira nas categorias de monopostos na Europa e veio para os Estados Unidos correr pela equipe Rahal Letterman Lanigan. Lundgaard produziu o melhor desempenho do ano da RLL com sua corrida para o segundo lugar para a orgulhosa equipe que lutou para produzir ritmo de corrida.

 

 

Mas a corrida teve “um outro vencedor”: Will Power! O piloto da Penske ficou em terceiro, 11,3s atrás de Rossi, mas com o resultado e as posições dos seus adversários, assumiu a liderança do campeonato. Atrás de Power vieram seus companheiros de equipe Penske, Scott McLaughlin em quarto e Josef Newgarden em quinto. Enquanto os dois se enfrentavam e trocavam de posições às vezes; Rinus VeeKay, da Ed Carpenter Racing, completou os seis primeiros, 22,9s atrás de Rossi.

 

 

A largada promissora dos carros da McLaren, com Felix Rosenqvist na pole e Pato O'Ward largando em terceiro desmoronou ainda na primeira volta quando O'Ward foi tocado e rodou na curva 2, caindo para o fundo do pelotão. Ele se recuperaria para o 12º e manteria suas esperanças de título vivas com o retorno. A corrida de Rosenqvist, ao contrário, foi de sangramento lento, onde sua liderança inicial foi sendo superada por vários pilotos; ele manteria o nono lugar, mas foi definitivamente um caso de repensar as coisas, pois o resultado final ficou aquém das expectativas dos pilotos e da equipe.

 

O mesmo aconteceu com a Chip Ganassi Racing, que teve um piloto Alex Palou bem na qualificação, já que os outros três pilotos tiveram que lutar muito para alcançar resultados significativos. Scott Dixon largou em 20º, mas com a competência de sempre para alcançar um oitavo lugar. Largando em 25º, o líder do campeonato, Marcus Ericsson, fez um grande esforço para terminar em 11º, mas isso não foi o suficiente para se manter na liderança da classificação.

 

 

Não foi a corrida mais memorável da IndyCar na pista do IMS, mas ofereceu duas grandes histórias de redenção na frente, quando Rossi tirou o peso das costas e Lundgaard levantou o ânimo de uma equipe RLL que precisava urgentemente de uma história feliz.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.