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Verstappen vence em trapalhada ferrarista. Di Grassi vence na F-E, Indy e NASCAR no misto de Indianápolis. 24 Horas de Spa e Superbike para acelerar nosso final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 01 August 2022 08:46

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Torço para que estejam bem, saudáveis, aproveitando bem os seus dias. E principalmente, tomando menos decisões erradas do que o Mattia Binotto. Binotto pode ser que seja um bom engenheiro de motores, mas ali na pista, tendo que tomar decisões rápidas, ele se mostrou abaixo da crítica, auxiliado (ou atrapalhado) por Señor Rueda, um estrategista que estaria muito apropriado na “Armata Brancaelone” (quem não viu o filme, recomendo), mas que, em uma equipe de um esporte profissional, encontra emprego apenas e tão somente por conta da grande praga do mundo corporativo atual, a “rede de relacionamentos”. A rede de relacionamentos dele deve ser monumental, pois incompetente está claro e evidente que ele é, e sim, conheço muitos, muitos e muitos Binottos e Ruedas por aí. Lembro para a Familia Elkann, herdeiros dos Agnelli, atual comandante do Grupo Fiat, que eu posso não ser engenheiro, mas por 2/3 do salário do Rueda estou disposto a assumir a estratégia da Scuderia Ferrari (que hoje em dia, com o Binotto e o Rueda, virou Screwderia Ferrari) e com maior taxas de acerto do que o elemento pernicioso em questão. Em caso positivo, entrem em contato com o Nobres do Grid para me chamar. Está nas mãos de vocês continuar com puxa-sacos que agradam vossos egos mas conduzem a derrotas humilhantes ou colocar alguém que não puxa saco mas comete menos erros.

 

Mas deixemos (ao menos por enquanto) os incompetentes do mundo corporativo de lado e vamos ao que interessa, acelerar na pista. Começando com uma das grandes provas de GTs do Velho Continente, as 24 Horas de Spa-Francorchamps. Pode não ter aquele charme da participação de carros clássicos como as 24 Horas de Nürburgring, mas em compensação os grandes pilotos de GTs se dedicam bastante a ela, assim como as principais equipes da modalidade vão com vontade para a disputa. “Pô, Alexandre, você está enrolando! Vá ao que interessa!”. OK, talvez tenha me estendido um pouco na explicação... mas é para mostrar o tamanho da prova – e tamanho não no sentido de duração. O importante é destacar que correm 5 categorias na mesma corrida, baseadas na classificação dos pilotos naqueles rankings que o WEC e a IMSA utilizam para dividir os pilotos. Nessa prova as divisões são Pro, Silver, Gold, Pro-Am e Bronze, e ao passo que a vitória na Geral ficou (como seria de se esperar) com um carro da categoria Pro, um Mercedes AMG GT3 que contou com a especializada pilotagem de Daniel Juncadella no seu trio, do qual também fizeram parte Marciello e Gounon, na categoria Gold tivemos a importante vitória do Ferrari 488 GT3 da Iron Dames, uma equipe que conta apenas com mulheres ao volante. O quarteto responsável pela vitória na categoria Gold foi Dorianne Pin, Rahel Frey, Sarah Bovy e Michelle Gatting, mas elas são apenas metade do staff da equipe. E por que estou dando atenção a isso? Ora, nas palavras do Instagram da corrida, “the first full female crew to win the #spa24h in the GT era”. Isso não é motivo para comemorar, nesses tempos sombrios que vivemos onde cada vez mais parece que a palavra de ordem é “segregação” ao invés de “união”? Parabéns, e que mais e mais vitórias venham.

 

Em Londres tivemos mais uma rodada dupla da Furadeira Cup, ops, Fórmula E. No sábado uma tradicional corrida Fórmula E: pilotos fazendo suas disputas na pista, pódio, e depois os comissários se reúnem para verificar o que fazer com os resultados... foram 6 pilotos punidos. Não, não foi um, dois nem três pilotos punidos. Foram SEIS pilotos que receberam a graça das punições de 5 segundos que tanto a categoria adora distribuir. Dessa maneira, o pódio ficou com Jake Dennis (Andretti) em 1º, Vandoorne (Mercedes) em 2º e Cassidy (Envision) em 3º. O piloto que originalmente chegou em 3º, de Vries, foi parar em 6º por obra e graça dos jeniais comissários de prova... aliás, num dia de vitória da Andretti os dois carros da Dragon/Penske abandonaram, Sette Câmara e Giovinazzi... di Grassi também foi agraciado com punição e terminou em 9º lugar. No domingo os brilhantes e purpurinados comissários da categoria foram mais comedidos, e puniram “apenas” 5 pilotos. Ao menos dessa vez teve hino nacional tocando no pódio, já que di Grassi obteve a vitória com base na estratégia bem feita da equipe (aliás, Vermelhinha de Maranello, é assim que se faz, viu?) Venturi. Foi acompanhado no pódio por Dennis no 2º lugar e por de Vries (Mercedes) em 3º. Dessa vez a carroça da Dragon resistiu até o fim, e Sette Câmara terminou em 9º.

 

O Mundial de Superbike foi até a República Checa para mais uma rodada dupla, numa pista que até para motos é de ultrapassagens difíceis (Most), do jeitinho que tabajara gosta, embora não consiga ser tão travada quanto Hungaroring. No sábado o Alvaro Bautista conseguiu, com uma vitória muito bem trabalhada e batalhada, conquistar o milésimo pódio da Ducati na Superbike. Acompanhando ele no pódio nessa data histórica para a Ducati estavam o Toprak (Yamaha) em 2º e o Scott Redding (BMW) em 3º. Já no domingo Bautista tentou com muito afinco repetir a vitória do dia anterior, mas... não deu. Toprak foi cuidadoso na primeira metade da corrida, e na segunda tinha pneus em melhor estado para atacar Rea (Kawasaki), que teve que se contentar com o 3º lugar, e Bautista, que batalhou muito mas terminou no 2º lugar mesmo. A vantagem de Bautista no campeonato ainda é boa (298 pontos contra 267 do Rea e 260 do Toprak), mas ele não pode cometer erros.

 

E a Indycar voltou a Indianapolis, dessa vez como parte do final de semana da NASCAR correndo no circuito misto, e tivemos uma corrida bem interessante. Sem dúvida melhor que a do começo de maio. Mais disputas de posição, mais pilotos se engalfinhando, para um baixo número de apenas 2 abandonos. A vitória, após um jejum de 49 corridas (e 3 anos), foi para Alexander Rossi, arrancando um grande sorriso do chefe de equipe Michael Andretti. Cerca de 3 segundos e meio atrás chegou o novato Christian Lundgaard, em seu melhor desempenho nesta temporada de estreia, e na 3ª posição ficou Will Power, que com esse resultado e a maré de más corridas de Marcus Ericsson após a vitória nas 500 Milhas conseguiu assumir a liderança do campeonato. Helinho Castroneves terminou em 19º lugar.

 

E já que mencionamos liderança de campeonato, acho que na metade da temporada já podemos começar a preparar a festa do bicampeonato de Max Verstappen, que além de continuar em grande fase como piloto ainda conta com a luxuosa ajuda dos Vermelhinhos de Maranello, uma equipe de várzea que até consegue fazer um carro veloz, mas que sofre de uma incapacidade crônica de transformar esse bom desempenho em resultados minimamente aceitáveis. De qualquer forma, a incapacidade italiana não anula a monumental corrida feita pelo holandês, que largou na 10ª posição, foi galgando posições, deu uma rodada de 360° e ao final venceu com mais de 7 segundos de vantagem para a dupla da Mercedes, que andou contando não apenas com a evolução do carro durante a temporada, mas também com a incomensurável burrice dos estrategistas da Vermelhinha de Maranello para uma dobradinha nos degraus mais baixos do pódio, com Hamilton em 2º e Russell em 3º. O domingo só não foi melhor para a Red Bull pois Perez teve uma corrida mais atribulada e não conseguiu passar do 5º lugar, separando os dois pangarés peninsulares (Sainz Jr. em 4º e Leclerc em 6º). Mais um resultado interessante para a Alpine, com os dois carros pontuando (Alonso 8º e Ocon 9º), e em 10º chegou o novo futuro aposentado Sebastian Vettel (que após muito tempo abriu uma conta no Instagram só para postar seu vídeo de quase 5 minutos avisando da decisão de se aposentar ao final da temporada e agradecendo a equipe, os mecânicos, os pais, o cachorro e o papagaio também), dessa vez com as posições trocadas com Lance Stroll em relação ao GP da França. E vamos para as férias de verão da categoria com os pangarés de Maranello seriamente ameaçados de perder a vice liderança nos construtores para a Mercedes, que mesmo com a miríade de problemas enfrentados esse ano não tem tanta gente incompetente nos boxes trabalhando contra o resultado da equipe. Só não deve perder também o 3º lugar entre os construtores pois o 4º colocado está MUITO distante, pois senão perderia também.

 

E a NASCAR foi até Indianapolis fazer sua prova anual no circuito misto da lendária praça esportiva, corrida essa que o espectador brasileiro assistiu apenas a partir da metade, pois o “glorioso” canal BandSports preferiu passar uma corrida com 7 carros disputando (a Stock Series) do que uma corrida com 38 carros... cada dia é um 7X1 diferente nessa terra aqui. E o pior, não passam e bloqueiam a transmissão via Internet, seguindo o horroroso padrão gerencial das Organizações Globo, que comprava diversas categorias e depois transmitia em VT na madrugada de domingo pra segunda, pra limitar ao máximo o número de pessoas que fosse assistir a bagaça. Pra ficar pior, só falta contratar o Nhonho lá na Globo... bom, a corrida foi cheia de alternativas, com aquela agressividade que apenas as provas de mistos da NASCAR proporcionam. Primeiro segmento ficou nas mãos de Chase Briscoe, ao passo que o segundo ficou com Christopher Bell. E Bell acabou virando uma das fortes opções para a vitória, mas não foi dessa vez. Quem levou a vitória foi Tyler Reddick, que após a bandeirada, ao parar na linha de tijolos, foi recepcionado pelo filhote de braços abertos vindo comemorar a vitória do pai. Depois do Chevrolet de Reddick, uma trinca de Ford, com Austin Cindric em 2º, Harrisson Burton em 3º e Todd Gilliland em 4º, sendo o Top-5 encerrado pelo Toyota de Bubba Wallace.

 

Para terminar a coluna, #foraBinotto e #foraRueda!

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.