Olá amigos, tudo bem? Nesta sábado, a partir das 13:30, no horário oficial de Brasília, teremos da 13ª etapa do NTT IndyCar Series no circuito misto de Indianapolis. Denominada Gallagher Grand Prix, será a segunda prova do ano no circuito de aproximadamente quatro quilômetros. A primeira foi no Super May, duas semanas antes da Indy 500. Meu retrospecto no oval de Indianapolis, como todos sabem, é bom, mas não posso dizer o mesmo no misto. Utilizado pela primeira vez pela IndyCar em 2014, meus melhores resultados nesse traçado são um 2º lugar em 2016 e 3º na prova inaugural. Ele é bem legal de correr, pois tem partes sinuosas e de alta velocidade. Um dos principais trechos é o “esse” logo após a reta principal, que é percorrida em sentido contrário ao usado na corrida no oval. Então, você vem com o pé embaixo pela reta principal de Indianapolis, só que na contramão. Mas aí tem de frear com tudo porque a primeira curva é de 90º, para direita, e logo em seguida tem de jogar o carro para a esquerda. É por isso que é comum acidentes na largada ou, na melhor das hipóteses, muita gente acaba saindo da pista. Essa é apenas uma das características desse circuito que permite ao Indianapolis Motor Speedway receber qualquer tipo de corrida. A programação terá dois dias. Na sexta-feira, teremos uma sessão de uma hora e meia para treinos livres e, a partir das 14:00 (uma da tarde por aqui), vamos direto para o Qualifying, naquele mesmo formato consagrado para circuitos mistos: Q1 dividido em dois grupos, Q2 com os 12 mais rápidos no Q1 (seis de cada grupo) e o Q3 reúne somente os seis mais rápidos. No sábado, apenas um Warm-up de meia hora e a corrida com 85 voltas. Como sempre, o fã da IndyCar poderá ver tudo ao vivo pela TV Cultura (canal aberto e website) e ESPN/Star+. Agora, quero falar um pouquinho da rodada dupla de Iowa. Como o tempo para preparar o carro era pouco, optamos por trabalhar no acerto para a corrida. Mesmo sabendo que isso prejudicaria a performance no Qualifying, com um carro bom a gente poderia recuperar na corrida. Com essa estratégia, larguei com tudo, passei vários carros e andei bom tempo entre os 10 primeiros – isso depois de largar em 25º. Nossa estratégia estava ótima e, no stint final, iria esticar ao máximo o número de voltas. Mas, infelizmente, o desgaste de pneus foi maior do que a gente previa e fui perdendo posições. Fui de 7º para 16º e não adiantava parar novamente para trocar pneus, pois ficaria mais atrás ainda. Foi um stint de 82 voltas. Agora, na corrida de domingo em fiquei bravo, muito bravo. Larguei em 24º e fui mais comedido, esperando diminuir o número de paradas e chegar ao stint final com menos voltas a cumprir. Mas logo no início deu tudo errado. No pit da volta 52, apertei o botão de controle de velocidade, mas não funcionou. Acabei punido por excesso de velocidade. Como sempre faço, fiz um drive-through e voltei para a pista. Qual não foi minha surpresa ao ser chamado novamente porque, AGORA, a punição é stop and go. Nunca ninguém comentou que o cumprimento da punição tinha mudado e minha corrida, por causa disso, foi totalmente prejudicada. Paciência, vamos para Indianapolis e virando também para a direita e recuperar os pontos perdidos em Iowa. Grande abraço a todos e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Queridos amigos leitores, A rodada dupla no cinturão do milho, no pval de 7/8 de milha de Iowa teve alegrias para muitos, vencedores e sorrisos, mas uma equipe derrotada: a Andretti. A Penske foi a grande dominadora, na verdade, Josef Newgarden foi o grande nome do final de semana e ele poderia ter vencido as duas corridas. Will Power e Scott McLaughlin também estiveram bem. Will Power poderia ter vencido as corridas, mas teve que se contentar em chegar ao pódio diante de um Pato voador com sua McLaren que resolveu enfrentar o domínio dos carros da Penske. A Chip Ganassi Racing parecia estar vivendo o inferno sob o forte calor que fazia em Iowa. Nos treinos, eles estavam longe das primeiras posições. Em corrida, os pilotos foram encontrando caminhos e até Jimmie Johnson conseguiu andar entre os carros da frente e fez seu primeiro Top5. Os grandes derrotados entre os grandes times foram Michael Andretti e seu time de pilotos, que em momento algum teve como brigar pelas primeiras posições. Entre as equipes que não vem andando na frente, a Meyer Shank não encontrou um acerto para o carro em momento nenhum do final de semana. No sábado o desempenho de Josef Newgarden em Iowa foi simplesmente avassalador. O bicampeão da NTT IndyCar Series foi o corrida de 250 voltas e deu um grande passo para assumir a liderança na classificação mostrando um ritmo fora de série, liderando 208 das 250 voltas. Newgarden passou pelo companheiro de equipe e pole position Will Power em um reinício após uma bandeira amarela e nunca mais olhou para trás. Além das advertências pelos abandonos de Felix Rosenqvist e Ed Carpenter, não havia muito que pudesse retardar Newgarden, que se impôs de uma forma que quem o perseguia não conseguia se aproximar. Quando recebeu a bandeira quadriculada, o piloto da Penske tinha uma vantagem de 6,1s sobre Pato O'Ward, da McLaren, que conseguiu superar Will Power. O companheiro de equipe da Penske estava a 20,2s de distância, quase uma volta de desvantagem, quando recebeu a bandeirada na P3. Rinus VeeKay, da ECR, perseguiu Power até a linha de chegada e ficou a menos de um décimo de segundo em quarto. Scott Dixon, da Chip Ganassi Racing, passou o dia fazendo melhorias graduais no carro para encontrar um ritmo de prova aceitável e conquistar mais pontos com sua corrida para o quinto lugar, que veio às custas do companheiro de equipe Alex Palou, sofreu com a falta de aderência nas voltas finais da corrida e caiu para sexto. Romain Grosjean foi impressionante em sua primeira corrida em Iowa. Ele foi o primeiro piloto Andretti e conseguiu chegar em sétimo. Christian Lundgaard, da Rahal Letterman Lanigan Racing, também foi forte em sua estreia em Iowa, ficando em 10º na RLL. O último piloto a ter um desempenho bem acima das expectativas foi Callum Ilott, da Juncos Hollinger Racing, teve um ritmo muito bom, veloz e consistente, ficando fora de problemas e foi recompensado com o 12º lugar em sua primeira corrida oval curta. O líder do campeonato, Marcus Ericsson, estava a caminho de um grande final depois de largar em 12º e subir para os três primeiros, mas uma má decisão enquanto lutava pelo terceiro lugar com O'Ward que viu o piloto da Chip Ganassi Racing tomar a linha externa para passar um retardatário e por pouco não foi para o muro ao passar na “farofa”. O'Ward passou na linha de baixo e, enquanto lutava para ficar fora do muro, Ericsson caiu para nono. Ele ainda pegaria um lugar de volta, voltando para casa em oitavo. Com o erro, sua vantagem de 35 pontos no campeonato sobre Power se transformou em uma vantagem de 15 pontos sobre Newgarden, que passou de quarto para segundo na classificação. Se no sábado Josef Newgarden avassalador, no domingo o seu desempenho foi ainda mais esmagador. O piloto da Penske por pouco não deu uma volta inteira no pelotão, mas uma falha na traseira de seu carro provocou um grande acidente na volta 236 de 300. O piloto da Team Penske não levaria vitórias consecutivas e perderia a chance de assumir a liderança do campeonato. A pancada no muro foi forte e, como de costume, o piloto da Team Penske foi avaliado no centro médico de atendimento interno e posteriormente liberado. Após a conclusão da corrida ele caiu e voltou para o centro de atendimento interno. Newgarden, acordado e alerta, foi transportado para o Mercy One Des Moines Medical Center, hospital próximo, para uma avaliação mais aprofundada. Ele já está liberado. O grande beneficiado após o incidente de Newgarden foi Pato O'Ward, com seu McLaren, o piloto que andava “menos longe” do voador Josef Newgarden neste final de semana. O mexicano liderou desde o reinício da prova na volta 250 e se afastou do Will Power da Penske para reivindicar sua segunda vitória da temporada com uma vantagem de 4,2s. Scott McLaughlin, também da Penske, chegou em 3° 9,4s atrás com um domínio completo dos carros empurrados por motores Chevy, completando uma varredura do pódio e preenchendo todas as posições do fim de semana. Newgarden liderou 148 voltas e estava preparado para assumir a liderança do campeonato por 10 pontos até o acidente; seu infortúnio derrubou-o de segundo para quarto na classificação. A vitória de O'Ward foi útil para suas aspirações ao campeonato, pois ele melhorou de sexto para quinto, ficando a apenas 36 pontos atrás do líder Marcus Ericsson, que conseguiu minimizar a performance não tão boa em treinos dos carros da Chip Ganassi. Will Power entrou em Iowa com uma desvantagem de 35 pontos para Ericsson e saiu com a diferença reduzida para oito. Não havia muito a relatar antes do acidente de Newgarden que fosse além de seu domínio da corrida. Passando pelo quinto lugar em um ponto, não havia esperança para O'Ward, Power ou qualquer outra pessoa alcançar carro nº 2 da Penske até a imagem surreal de Newgarden deslizando para trás com a traseira de seu carro e batendo com violência no muro. Ainda assim,mesmo com os grandes resultados de Pato O’Ward, como equipe, foi a Penske o time a dominar o final de semana. Fora do pódio, a Chip Ganassi Racing teve um dia forte com a maioria de seus pilotos, já que Scott Dixon superou uma péssima posição de largada (18º) para terminar em quarto, o primeiro piloto com motor Honda. O companheiro de equipe, Jimmie Johnson, registrou seu melhor desempenho na IndyCar até hoje, parecendo rápido e decisivo em seu caminho de 13º para quinto. O ainda líder do campeonato, Marcus Ericsson, ficou comprometido com sua velocidade deixando-o distante do pódio nas duas corridas. No domingo, perseverou em sexto lugar, mas se observarmos seu desempenho nas últimas etapas, exceção feita a Road América, o sueco tem ficado entre a P5 e a P8 nas corridas e isso pode não ser suficiente para manter-se líder do campeonato por muito mais tempo. Alex Palou, sexto colocado no sábado, teve uma corrida ainda menos brilhante no domingo, onde terminou em um distante 13º. O bicampeonato está ficando distante. Dale Coyne Racing com David Malukas da HMD Motorsports produziu seu melhor desempenho de sua temporada de estreia com uma corrida determinada para o oitavo; o companheiro de equipe Takuma Sato o empurrou com força nas voltas finais, mas Malukas não concordou com o bicampeão da Indy 500. Romain Grosjean, da Andretti Autosport, completou um impressionante fim de semana de estreia em Iowa com um oitavo lugar para somar ao sétimo no dia anterior. Não posso deixar de dar um grande destaque para Callum Ilott, da Juncos Hollinger Racing, que melhorou de seu 12º no sábado com outra corrida limpa no domingo e terminar na P11. Além de Kyle Kirkwood fazer contato com o muro da curva 1 por conta própria na volta 117 e a saída surpreendente de Newgarden, as 300 voltas se passaram sem interrupção, algo pouco comum nas corridas em ovais. O Hy-Vee IndyCar Weekend em Iowa foi um sucesso retumbante com uma multidão encorajadora para a primeira corrida e um público ainda maior para a segunda corrida. Se metade dos eventos da IndyCar a cada ano que não têm multidões consideráveis e muita energia seguissem o novo plano de Iowa, a série seria a mais rica e popular que vimos em décadas. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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