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Superbike, Fórmula E, WRC, Indy, NASCAR e TCR aceleraram nosso final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 18 July 2022 10:08

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que bem de saúde, e aproveitando os dias de calor, seja o calor fora de época no hemisfério sul, seja o verão europeu que deu as caras com fogo, força e fé esse ano. Pelo que pude ver nas duas etapas da Superbike em Donington Park, alegria nas ilhas britânicas, o verão chegou no final de semana (conforme dizia uma piadinha que eu ouvia na década de 1980)... eu confesso que me acho pálido (na foto do perfil eu já tinha tomado um bocado de sol antes), mas o público britânico me surpreendeu. De qualquer forma, fiquei muito feliz em ver tantas e tantas famílias espalhadas pelos gramados em torno da pista aproveitando um final de semana de velocidade em meio a uma onda de calor que definitivamente as ilhas não estão habituadas. Vocês não imaginam a sensação de alívio e satisfação que eu sinto ao ver crianças, devidamente protegidas com protetores auriculares, em meio ao público que vai assistir uma competição de esporte a motor. É o tipo de coisa que eu posso estar com o maior mau humor possível, mas automaticamente arranca um sorriso do meu rosto. O futuro do esporte está nas mãos desses jovens fãs, afinal.

 

Mas vamos ao que interessa, motores na pista. Começando com o já mencionado Mundial de Superbike, em que Toprak deu as cartas e venceu tanto no sábado como no domingo, mostrando que não utiliza o número 1 em sua moto de maneira imerecida. Sábado ele foi acompanhado no pódio por Jonathan Rea na 2ª posição e por Alex Lowes, o irmão mais talentoso do Sam Lowes da Moto2, na 3ª posição. Para a alegria de quem quer ver o campeonato disputado até o final, Bautista foi ao chão e não pontuou. Entretanto, no domingo Alvaro Bautista terminou em 2º lugar, depois que os pneus de Rea não resistiram à enorme pressão que ele fez para tentar ultrapassar Toprak e perdeu rendimento. Para sorte de Rea, a vantagem que os 3 primeiros tinham conseguido foi suficiente para ele não ser atacado no final, senão teria perdido também a 3º posição para Rinaldi.

 

Por falar em rodada dupla, a Fórmula E esteve em Nova Iorque para uma rodada dupla em que os pilotos foram para a pista com a faca entre os dentes, A pista feita em Nova Iorque é talvez a pior de toda a temporada, seja no quesito traçado (algumas curvas parecem desenhadas por uma criança de 6 anos de idade), seja no quesito piso (ondulações maiores até que as enfrentadas nos circuitos de rua da Indy, que já não se preocupa muito com o assunto), e como descobrimos no sábado, a drenagem da pista também deixa muito, mas muito mesmo, a desejar. Por conta da medíocre drenagem da pista, a corrida do sábado terminou em bandeira vermelha, beneficiando os pilotos que foram prejudicados com esse erro construtivo, e a vitória ficou com Nick Cassidy, seguido por Lucas di Grassi em 2º e Robin Frijns em 3º. Sette Câmara bateu no final da classificação e não largou devido ao carro não ter ficado pronto a tempo. No domingo tudo aquilo que deu certo para di Grassi na véspera acabou não dando resultado, e nas voltas finais o brasileiro rodou em uma das curvas mais fechadas e quis manobrar, causando grande congestionamento atrás de si. O dano no carro por conta do incidente foi o suficiente para ele não terminar a prova. Dessa vez, Sette Câmara terminou a corrida... em último dentre os que cruzaram a bandeirada, mas terminou – o que, com o carro que tem, já está louco de bom. A vitória ficou com méritos na mão de António Félix da Costa, que mostrou seu enorme talento em uma pista no mínimo desafiadora (no mau sentido da expressão) e merecidamente ocupou o degrau mais alto do pódio. Em 2º chegou Stoffel Vandoorne e em 3º Mitch Evans.

 

O TCR South America foi até o Uruguai correr em Rivera, cidade que faz fronteira com o Brasil em Santana do Livramente, para mais uma etapa de seu campeonato. A interessante pista uruguaia, apesar de curta (pouco mais de 3 km), possui curvas rápidas e mais pontos de ultrapassagem que a média das pistas brasileiras, onde ou se ultrapassa naquele ponto específico ou pode dar mais uma volta inteira atrás do carro adiante. Em Rivera são dois pontos bem claros, além da possibilidade de “forçar a barra” em outros trechos da pista. E se a pista fica no Uruguai quase fronteira com o Brasil, quem deu as cartas foi o argentino Juan Angel Rosso, que gabaritou o final de semana vencendo as duas corridas. Na primeira foi acompanhado no pódio por Raphael Reis em 2º e Pedro Aizza em 3º, e na segunda corrida Aizza repetiu o 3º lugar mas dessa vez o degrau intermediário do pódio ficou com Fabricio Pezzini.

 

E o Mundial de Rally foi até a Estônia para uma prova que pode não ter muita tradição, mas com certeza atrai fãs apaixonados pela coisa e propicia grandes e boas disputas entre os pilotos, com dificuldades bem escondidas em trechos que, a princípio, seriam “fáceis”. Claro que a cobertura mais completa será na coluna dos nossos especialistas em rally, mas não posso deixar de mencionar a dobradinha Toyota no pódio, com Kalle Rovanperä em primeiro e Elfyn Evans em segundo, com o herói local Ott Tänak fazendo as honras da Hyundai no degrau mais baixo do pódio. Com o vice líder do campeonato chegando em 4º lugar, Rovanperä ampliou sua vantagem em relação a Thierry Neuville para confortáveis 83 pontos... se esse não for o caminho para o título, não sei o que seria.

 

A Indy voltou a correr em um de seus mais tradicionais palcos, que não recebia a categoria desde o início da pandemia do Covid-19, e a corrida foi das mais interessantes. Justiça seja feita, não consegui ainda me adaptar à nova localização do pit lane, mas... se os pilotos não fizeram rebelião contra aquilo, então segue o cortejo. O grande nome da corrida não poderia deixar de ser Scott Dixon, que além de encerrar um jejum de 23 corridas sem vitória ainda empatou com a lenda Mario Andretti no quesito quantidade de vitórias, ambos têm 52 agora. Para termos uma ideia da grandeza desse piloto, ele venceu ao menos uma corrida na últimas DEZOITO temporadas... e isso que a nova geração de pilotos da categoria é muito forte, muito boa e muito veloz. Não seria um exagero dizer que Dixon é um dos maiores nomes do automobilismo estadunidense. Dixon venceu por pequena margem Colton Herta, que tinha um carro muito rápido e ofereceu forte resistência ao neozelandês, com Felix Rosenqvist chegando na 3ª posição. Destaque para as corridas de Graham Rahal, que terminou em 4º largando de 14º, e do grande assunto da semana passada, Alex Palou, que largando em 22º terminou em 6º. Agora é Palou sossegar o facho e pensar direito na salada de contratos na qual ele se enfiou e, principalmente, ver como sair o menos prejudicado possível da encrenca.

 

E a NASCAR foi até meu oval de 1 milha favorito, Loudon, no New Hampshire, para mais uma corrida que não deixou o espectador cochilar em frente ao televisor. Tudo indicava que Martin Truex Jr., após vencer os dois primeiros segmentos, teria a corrida na mão... só que ele não contava com seu companheiro de equipe Christopher Bell, que venceu nos últimos 3 anos a prova da XFinity nessa pista e dessa vez levou pra casa o prêmio da categoria principal. Para Truex ficaram de consolo a 4ª posição e a pontuação por liderar o maior número de voltas. O 2º lugar ficou com Chase Elliott, o 3º com Bubba Wallace e o Top-5 foi encerrado por Kevin Harvick. Curiosamente, mais uma vez o pior Toyota na pista foi Kyle Busch, aumentando as especulações a respeito da não permanência na equipe de Joe Gibbs próxima temporada... lá nos EEUU saiu um filme biográfico a respeito do Buschinho. Adoraria assistir, mas sei que a probabilidade de chegar ao streaming na República Federativa da Banânia tende a zero, quanto mais aparecer nos cinemas. Vamos ver para onde se encaminhará o pai do Brexton...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.