A Ferrari voltou a vencer corrida. E não foi uma vitória conquistada com o fator sorte. A equipe italiana foi eficiente em todos os aspectos: velocidade em retas, contorno rápido de curvas, precisão nas entradas de boxe, nas trocas de pneus e no gerenciamento de consumo dos mesmos e nas estratégias adotadas. A única falha cometida foi a quebra do motor de Carlos Sainz. O espanhol seria o segundo colocado na prova.

O GP da Áustria, corrido no circuito de Spielberg, marca a metade do campeonato, e o retorno da Ferrari à vitória. Para os italianos vencer Max Verstappen não será nada fácil. O holandês é o piloto a ser batido. Na Áustria guiou como um veterano. Ao perceber que em condições normais não alcançaria Leclerc, correu pelo campeonato, não forçando o carro em nenhum momento. E se Sainz o apertasse não ofereceria muita resistência. É um piloto pronto e será um dos melhores da história.

Mais uma corrida sensacional, como tem sido todas da atual temporada. Dessa vez não precisou da contribuição de nenhuma intempérie. Pista seca em treinos, qualificação, Sprint e corrida. Desde a tomada de tempo, dominada pelo Red Bull de Verstappen, os carros da Ferrari mostravam claramente um recado: “cuidado, estamos aqui”. Até a Sprint o holandês dominou. Tudo mudou no momento decisivo, ou seja, na corrida.

No resultado final da Sprint podemos destacar a participação da Alpine, colocando um carro em quinto (Ocon) e outro em oitavo (Alonso), e de forma negativa da Mclaren, que classificou seus carros em 15º (Norris) e 16º (Ricciardo) e novamente a Aston Martin, com seus carros em 17º (Stroll) e 20º (Vettell). Destaque positivo também merece a equipe Haas, que colocou seus carros em 6º (Magnussen) e 7º (Schumacher) no grid.

Desde a largada da corrida a Ferrari demonstrou que vinha com força para a disputa e que não permitiria o domínio da Red Bull. E foi justamente o que aconteceu. Leclerc superou Verstappen com facilidade e a dúvida que estava no desgaste de pneus, que vinha sendo trunfo da equipe austríaca. Os carros da Ferrari se comportaram muito bem e deveriam fazer dobradinha na frente, não fosse a quebra do motor de Sainz, na 56ª volta. Leclerc venceu e Verstappen foi o segundo. Hamilton fez magnífica corrida, chegando em terceiro, depois de ter largado em nono. Russell terminou em quarto, confirmando a Mercedes como terceira força. Ocon (Alpine) foi o quinto e Alonso (Alpine) chegou em décimo, depois de ter largado dos boxes. Os carros da Hass e Mclaren chegaram intercalados entre o sexto e o nono lugares, nessa ordem: Schumacher, Norris, Magnussen e Ricciardo. A atuação do alemão encantou os apaixonados por automobilismo.

Sebastian Vettel continua ladeira abaixo. Foi multado por deixar o recinto do breefing dos pilotos antes do término, atitude rara entre pilotos, considerada a importância dessa reunião e na corrida terminou na 17ª colocação, sendo o último dos que terminaram a corrida. A Aston Martin carece de um piloto líder, que deveria ser Vettel, já que não dá para esperar liderança de Stroll.

O próximo encontro está marcado para 24 de julho, o GP da França.

Luiz Carlos Lima