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Importantes avanços em Mid-Ohio / McLaughlin leva a Penske a vencer mais uma PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 06 July 2022 19:21

Olá amigos, tudo bem?

 

Nesta semana, vou trocar a chavinha novamente. Depois de disputar a Honda Indy 200 at Mid-Ohio no domingo passado, em prova válida pela nona etapa do NTT IndyCar Series, neste sábado agora, dia 9, estarei em Nashville, estado do Tennessee, para disputar a quarta etapa do Camping World SRX Series. 

 

Essa pista fica numa área de entretenimento, gigantesco parque de diversões, perto do centro da cidade, onde é montado o circuito de rua para a etapa da IndyCar, no dia 7 de agosto. É uma pena que o SRX não esteja sendo transmitido para o Brasil, pois é uma competição muito legal.

 

Agora, gostaria de falar da etapa de Mid-Ohio, que me deixou muito satisfeito pelo avanço técnico que conseguimos. Não passei do Q1 para o Q2 por um “pelinho”. Acredito mesmo que teria passado para a fase seguinte, nãofosse uma fechada que levei em plena classificação. Tem um negócio no carro chamado espelho retrovisor, mas tem gente que, às vezes, dá um tilt na cabeça e se esquece de olhar.

 

Mas como não adianta chorar pelo leite derramado, tratamos de montar uma estratégia para compensar o fato de estarmos largando em 15º com o#06 da Meyer Shank Racing. Com duas paradas programadas, o objetivo era avançar o mais rapidamente possível ainda com os pneus novos, aproveitando o acerto que conseguimos que nos conferiu mais velocidade.

 

Vocês se lembram que venho falando em colunas anteriores que o acerto do carro é bom, faltava para a gente um pouco mais de velocidade. Todo o trabalho feito na fábrica e na pista gerou esse ganho significativo, que já mostrou sua eficiência em Mid-Ohio. Não é ainda o ponto que queremos, mas é muito animador constatar esse avanço.

 

 

Na corrida, propriamente dita, o tráfego impediu que eu fizesse o avanço que queria no início, mas da metade para a parte final da prova,em razão de alguns ajustes que fizemos nas paradas e no cockpit mesmo, andei forte, ganhei posições – teve até uma ultrapassagem dupla, uau! – e o 8º posto foi um resultado bem estimulante. 

 

Isso significa que avançamos de forma objetiva. A partir de agora, quando formos trabalhar para as próximas corridas,partiremos de um patamar mais elevado.  Por tudo isso, estou bem animado com as próximas corridas. E o próximo desafio, no outro domingo, dia 17, será em Toronto, no Canadá. Mas vou deixar para falar um pouco desse circuito de rua, com tanta tradição na Indy, na coluna da semana que vem.Forte abraço a todos, fiquem bem e vamos que vamos!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

O que podemos dizer sobre a corrida deste último final de semana em Mid-Ohio? Meu Deus! Tivemos de tudo o que se poderia ver e tudo aquilo que não imaginaríamos sermos capazes de ver!

 

A extensão, o traçado, a largura de pista em Mid-Ohio e o tamanho dos carros da IndyCar Series levam este fã de corridas em geral e da categoria em particular achar que é hora do Capitão Roger Penske começar a pensar se não seria o caso de buscar um outro circuito misto para levar esta etapa. 

 

À medida que a poeira – e os batimentos cardíacos – começaram a baixar em Mid-Ohio, foi Simon Pagenaud quem melhor descreveu a corrida da NTT IndyCar Series de domingo. “Não sei o que dizer”, ponderou o francês, que terminou em 10º lugar. “Foi bastante movimentado. Eu sofri um pouco, e fiz sofrer um monte de gente.” Caso essa pergunta fosse feita a mais pilotos, as respostas não figiriema muito do que falou o piloto da Meyer Shank Racing.

 

 

Em um dia em que praticamente todos os pilotos do pelotão deixaram a pista com uma história de incidentes pouco apreciáveis para contar, foi Scott McLaughlin quem manteve a forte forma do Team Penske ao segurar Alex Palou, da Chip Ganassi Racing, para conquistar a vitória, a quinta vitória da equipe em nove etapas do campeonato, algo que certamente já está nos radares de Chip Ganassi e Michael Andretti.

 

Scott McLaughlin e a equipe que trabalha no carro nº 3 executaram uma corrida com perfeição, mas também tiveram um momento de grande apreensão quando foi necessária uma bandeira amarela de advertência e a consequente entrada do Safety Car para recuperar o carro de Kyle Kirkwood bem no meio de uma janela de box e o controle de corrida optou por esperar até que os três carros que ainda parar – McLaughlin, Marcus Ericsson e Colton Herta – tiveram a chance de voltar para a entrada dos boxes.

 

Quando as bandeiras amarelas finalmente foram agitadas, assim que McLaughlin saiu dos boxes, estando na liderança ele eliminou qualquer vulnerabilidade em sua volta. A atitude da direção de prova gerou protestos nas equipes e entre alguns dos outros pilotos no top 10, sentimento oposto ao do vencedor da corrida, que por sua vez, estava feliz por fazer o trabalho e depois de ter conseguido controlar a situação em pista quando sua vantagem para Alex Palou começou a diminuir nas voltas finais. Essa diferença no final foi de apenas 0,5s, e Palou ficou satisfeito com o segundo lugar depois de ser eliminado do Fast 6 na qualificação no sábado.

 

 

Mas a corrida de destaque do dia pertenceu ao piloto do carro logo atrás dele, que chegou em terceiro. Will Power começou a corrida com muito trabalho a fazer depois de se qualificar em um desastroso 21º devido a uma penalidade. Logo no início da corrida, o que estava ruim ficou ainda pior quando, na primeira volta de bandeira verde após superar Christian Lundgaard, tentou fazer uma manobra para cima de Takuma Sato e ao invés de superar o piloto japonês, pegou uma zebra, rodou e caiu para a última posição.

 

Como vários dos pilotos mais rápidos que se classificaram relativamente mal, Power entrou na corrida com uma estratégia agressiva, mas com a ajuda de algumas bandeiras amarelas oportunas ele conseguiu entrar em sincronia com os líderes durante sua segunda parada. Ele já estava em uma carga antes desse ponto, mas seu ritmo pelo restante da corrida foi algo para se ver. Armado com um novo conjunto de pneus macios (vermelhos), ele entrou no stint final com uma possibilidade realista de poder desafiar Palou e McLaughlin pela liderança, mas pneu macio tem “prazo de validade” menor e, no final, o terceiro lugar ainda representava uma recuperação fenomenal.

 

Todos os pilotos que correram na frente no final tiveram suas vidas um pouco mais fáceis pelo fato de que o dia foi uma catástrofe absoluta para a equipe Arrow McLaren SP. Felix Rosenqvist havia chegado ao terceiro lugar logo no início, quando a fumaça começou a sair da parte de trás do carro, colocando-o fora da corrida depois de apenas oito voltas.

 

 

O pior estava por vir. O pole position, Pato O'Ward, passou a parte inicial da corrida controlando sua vantagem na frente, mas logo no final do primeiro stint ele começou a enviar mensagens cada vez mais em pânico para o pitwall sobre problemas com seu carro. A situação foi se agravando com o passar das voltas e ele acabou saindo da pista durante seu segundo stint antes de ser forçado a abandonar a prova após a segunda parada.

 

Embora haja muita reflexão na McLaren nos próximos dias sobre tudo o que ocorreu em Mid-Ohio, a atmosfera pelos lados da equipe de Michael Andretti pode ser ainda pior depois de um dia atormentado por “incidentes de fogo amigo” e outros contratempos: Alexander Rossi e Romain Grosjean bateram entre si por duas vezes em duas voltas, e no segundo evento a coisa foi complicada, com ambos ficando muito prejudicados e o piloto francês ficou uma volta atrás dos líderes.

 

Mais tarde, Rossi teve um “encontro” com outro piloto da equipe: Devlin DeFrancesco, em seu primeiro ano na equipe e na categoria, foi parar na caixa de brita com este incidente. Colton Herta foi o único que escapou ileso da pilotagem mais que agressiva de Alexander Rossi, contudo, em vez disso teve sua corrida arruinada quando uma bandeira amarela foi agitada logo antes da parada programada, forçando-o a parar durante a advertência e o ritmo lento do Safety Car, derrubando-o do primeiro lugar ao último.

 

 

Ainda falando sobre os pilotos no Top-10, Rinus VeeKay conseguiu a recuperação no meio da temporada que estava procurando depois de levar o carro da Ed Carpenter Racing ao quarto lugar; sua única reclamação depois foi sobre o que ele pensou ser uma condução excessivamente agressiva de Will Power. Enquanto isso, Marcus Ericsson e Josef Newgarden recuperaram um bom número de pontos depois de decepcionantes performances na qualificação e terminaram em sexto e sétimo, respectivamente. Helio Castroneves foi o P8, mas certamente ele falará mais sobre sua corrida na primeira parte da coluna.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Wednesday, 06 July 2022 23:21 )