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Mid-Ohio: uma corrida quase “em casa”. / Um olho no futuro e outro no passado PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 29 June 2022 18:41

Olá amigos, tudo bem?

 

Depois de correr no sábado passado na segunda etapa do Camping World SRX Series, obtendo o 5º lugar no oval de South Boston, agora é a vez de virar a chavinha e voltar a acelerar no NTT IndyCar Series. A nona etapa do campeonato será no próximo domingo, 3 de julho, no misto permanente do Mid-Ohio Sports Car Course. É quase como uma corrida “em casa”, pois da sede da Meyer Shank Racing até a pista leva mais ou menos uma hora de carro pela OH-314 N.

 

Em meu primeiro período na Indy, de 1998 a 2017, corri 15 vezes em Mid-Ohio, venci duas vezes (2000 e 2001) e fiz a pole em 2007 e 2008. Foram ao todo cinco pódios. Entre 2018 e 2020, quando competi no WeatherTech SportsCar Championship, voltei a Mid-Ohio três vezes e venci em duas delas (2018 e 2020), ao lado do meu parceiro Ricky Taylor.

 

Apesar do meu retrospecto positivo nesse circuito, que tem pouco mais de 3,6 km e está localizado em Lexington, Ohio, será minha primeira corrida com esse carro atual da IndyCar. Ele é diferente de tudo o que já guiei em Mid-Ohio, o que significa ter de partir praticamente do zero em alguns aspectos. 

 

 

Como foi fundada em 1962, a pista é uma autêntica representante da Old School, ou seja, subida, descida, curvas de alta, boas retas. E os fãs do Brasil poderão ver tudo ao vivo pela televisão. A TV Cultura transmite em sinal aberto e ESPN/Star+, por assinatura. 

 

A programação começa na sexta-feira com um treino livre. No sábado, depois de mais um treino para trabalhar no acerto do carro, teremos a classificação. No domingo, o dia começa com um rápido Warm-up, antes da corrida.

 

Anote a programação completa (sempre no horário de Brasília):

Sexta, 01.07: 

16:30 às 17:45 – Practice 1

Sábado, 02.07

10:30 às 11:30 – Practice 2

15:45 às 17:00 – Qualifying

Domingo, 03.07

10:45 às 11:15 – Warm-up

13:45 às 16:00 – Corrida em 80 voltas

 

Tenho certeza de que será uma corrida muito legal e eu e o Simon vamos pra cima. Bora lá!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

A coluna desta semana tem um olho no futuro e um olho no passado dentro da IndyCar Series e é estimulante pensar na possibilidade de passado e futuro se encontrarem como naqueles filmes do Michael J. Fox.

 

A categoria tem os olhos voltados para o futuro quando busca a introdução dos sistemas híbridos de recuperação de energia para impulsionar os carros. Este projeto vai se tornar uma realidade em 2024, mas poderia o futuro estar no passado? Ou o Passado vir ao Futuro?

 

Quem assistiu a IndyCar Series desde os tempos da CART certamente lembra dos chassi Lola, que venceram vários campeonatos e eram os grandes rivais dos chassis do Capitão Roger Penske. Atualmente os chassis da categoria são os produzidos pela Dallara. Mas assim como temos dois motores na categoria (e podemos vir a ter um terceiro), porque não termos dois fabricantes de Chassi?

 

Os planos da NTT IndyCar Series de realizar seu primeiro teste do novo sistema de recuperação de energia para 2024 feito pela MAHLE no final deste mês foram adiados para julho a pedido de seus fabricantes de motores.

 

Tanto a Chevrolet quanto a Honda solicitaram a mudança do primeiro teste ERS no circuito de Indianapolis Motor Speedway para o próximo mês. O atraso foi solicitado para dar à Chevy Racing/Ilmor Engineering e à Honda Performance Development mais tempo com as unidades de 100 cv acopladas aos novos V6s twin-turbo de 2,4 litros em suas respectivas células dinamométricas.

 

 

A Chevy e a Honda concluíram seus primeiros testes dos motores de combustão interna de 2024 em março no percurso da IMS, onde ambos os motores turbo funcionaram perfeitamente. Diz-se que a última entrega da MAHLE é o supercapacitor que reterá e liberará rapidamente a potência colhida para as rodas traseiras.

 

Com a chegada relativamente tardia das unidades ERS, a colocação à prova para se fazer a primeira saída da pista com os motores de 2,4 litros e ERS vem do desejo de trabalhar mais e aprender mais sobre o comportamento das unidades ERS nos confins das células dinamométricas para reduzir a probabilidade de surgirem problemas imprevistos na pista. Os engenheiros estão quebrando as cabeças para fazer tudo funcionar dentro do prazo.

 

A Lola de volta?

 

Till Bechtolscheimer tem grandes ambições para onde um dos maiores construtores de carros de corrida do mundo possa retornar nos próximos anos.

 

O piloto britânico de carros esportivos e empresário de ultra sucesso aproveitou a chance de comprar os ativos da Lola Cars, extinta há uma década, e ressuscitar a marca que já foi dominante não somente na IndyCar Series, mas também dominou competições com carros esportivos, competiu na Fórmula 1 e esteve por décadas envolvia com alguns dos melhores pilotos de monopostos do mundo.

 

 

Com um plano para reabastecer sua equipe de design, engenharia e produção ao mesmo tempo em que faz grandes investimentos na modernização de suas instalações, a Bechtolscheimer quer ver o nome que era sinônimo de vitória recuperar seu lugar no esporte.

 

A Lola forneceu seus carros para Indy Lights com carros de especificação da categoria pela maior parte da década de 1990 e início de 2000, construiu modelos vencedores de campeonatos em F3000 e forneceu um grande número de carros em categorias menores de rodas abertas ao longo das décadas. Com a perda de tantos construtores de carros de corrida de raça pura durante os últimos 10-15 anos, a maior parte da oferta mundial de carros de rodas abertas é tratada por apenas três empresas na Itália Dallara e Tatuus e na França Ligier.

 

 

Bechtolscheimer vê uma Lola reconstituída, trabalhando de sua base na Inglaterra, como uma opção perfeita para as séries globais e domésticas olharem além do novo estabelecimento e considerarem a empresa para sua próxima linha de carros de corrida e, quem sabe, um dia voltar a ser uma produtora de chassis para a IndyCar Series.

 

O foco principal da Bechtolscheimer no momento é o recrutamento de funcionários, além da remodelação de seus compósitos e fábricas para atender pedidos de produção de chassis em grande escala.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.