Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Com a MotoGP e a NASCAR, faltou quantidade, mas sobrou qualidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 June 2022 08:05

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que estejam bem. Final de semana com poucas corridas me animou a dar uma conferida no “Drive to Survive” da MotoGP, que por um desses delírios do mundo corporativo não passa no Brasil no canal que o criou (Amazon), mas no Star+, e... devo dizer que ao menos os 3 primeiros capítulos são bem interessantes. E como seria de se esperar, o mundo das 2 rodas tem muito menos ataques de primadonna e forçada de barra em “glamour” que o da Fórmula Barbie. Aparentemente será uma série que vou terminar a temporada, coisa que nos últimos tempos está BEM difícil. E serviu também para eu me distrair da grande nuvem de fumaça lançada pelo Cachorro Lobo, que percebeu que a Mercedes seguiu um caminho totalmente equivocado na concepção do carro desse novo regulamento e – sob a égide da “segurança” – busca atrair tolos e neófitos para sua proposta de tornar os outros carros mais lentos para que a Mercedes consiga algum destaque. Segurança é o ... deixa pra lá, ele quer é “jogar verde” pra ver se algum trouxa cai na conversa dele e os carros da equipe deixem de ir ao pódio apenas quando a concorrência quebra ou se acidenta. Engraçado que de 2014 até ano passado ele não reclamava nada de regulamento, né, agora que não tem mais o carro mega dominante que faz qualquer nota 8 parecer nota 10 está cheio de reclamações? Mando para ele aquele gesto universal de paz, amor e compreensão entre os povos, esticando um dedo da mão e recolhendo os outros ao redor...

 

Mas vamos ao que interessa, motores acelerando na pista. Antes de entrar nas férias de verão da categoria o Mundial de Motovelocidade foi para o templo da velocidade em 2 rodas (ou, como eles chamam, a “catedral da velocidade”), Assen, cidade que recebe provas de motociclismo desde 1925 (o local atual da pista, anteriormente estradas fechadas ao público por ocasião da corrida, foi transformado em pista permanente em 1955, mas já antes da 2ª Guerra Mundial se corria naquele terreno) e comprovou que pistas antigas costumam gerar corridas boas. O tempo cooperou, com a ameaça de chuva pairando sobre os capacetes dos competidores. A Moto3, como de costume, ofereceu uma corrida daquelas de tirar o fôlego, e quando parecia que Izan Guevara levaria mais uma prova, Ayumu Sasaki (que tinha feito a pole, mas perdeu a liderança logo na largada) resolveu dar um presente de aniversário ao seu patrão e dono da equipe, Max Biaggi, e quase na linha de chegada conquistou a vitória. Guevara teve de se contentar com o 2º lugar e foi acompanhado no pódio pelo seu companheiro de equipe Sergio Garcia, ocupante do degrau mais baixo do pódio. Uma corrida de encher os olhos logo no frio amanhecer do domingo. Em seguida tivemos a Moto2, que também ofereceu uma corrida cheia de alternativas, e por pouco não ouvimos novamente o hino japonês no pódio... Ai Ogura tentou bravamente, mas teve de se contentar com o 2º lugar do pódio: Augusto Fernandez se impôs pela pequena margem de 66 centésimos de segundo para ocupar o degrau mais alto do pódio, e o 3º lugar ficou nas mãos de Jake Dixon, que tentou dar o bote pra cima do Ogura mas passou apenas um décimo de segundo atrás dele. Uma corrida boa como fazia um tempo razoável que não tínhamos na Moto2. As expectativas criadas para a prova da MotoGP após as duas primeiras corridas do dia. OK, MotoGP não costuma ser tão movimentada como as categorias de acesso, mas não podemos dizer que foi uma corrida ruim... a não ser que você seja um fã do Quartararo. Este, após tentar forçar uma ultrapassagem pra cima de Aleix Espargaró, foi ao chão, quase levou o Aleix junto, conseguiu levantar a moto e retornar aos boxes. Aí a equipe pediu que ele voltasse pra prova (pra fazer o quê? Só se fosse pra ocupar espaço na pista e tentar um ou dois pontinhos na base das quedas alheias) após uns remendos, mas a moto ficou rebelde e resolveu ejetar o piloto de cima dela. Fez bem. O grande destaque da prova acabou sendo Aleix, que após passear na brita por conta da lambança do Quartararo caiu para 15º lugar e veio galgando posições novamente até terminar em 4º lugar, uma excelente posição para a situação. A vitória ficou com Bagnaia, que dessa vez não entregou ela numa baixela de prata para os adversários e cruzou a linha de chegada 44 centésimos à frente de Marco Bezzecchi, que parece achar que o sucesso do seu patrão e mentor Valentino Rossi se achava nos cabelos e resolveu copiar o penteado “samambaia selvagem” que o Dottore usava na juventude. De qualquer forma, foi o melhor resultado da equipe Mooney VR46 até agora, assim como o próprio Bezzecchi. O degrau mais baixo do pódio acabou nas mãos felizes de Maverick Viñalez, que voltou ao pódio após um grande período de sofrimento, primeiro na Yamaha e depois da demissão tentando se adaptar a uma moto completamente diferente como a Aprilia. Um dos pódios mais efusivamente comemorado dos últimos tempos.

 

E a NASCAR nos ensinou a lição da paciência e da persistência: primeiro os raios e depois a chuva mesmo fizeram o cronograma se atrasar, atrasar muito, atrasar a ponto de colocar o colunista para dormir... depois fiquei sabendo que o menino Elliott, confirmando sua fama de fã de pista de concreto, conseguiu a vitória no oval de Nashville e levou para casa o mais belo (ao menos para mim) troféu da temporada, a guitarra de vencedor na capital da country music. Com a vitória nos dois primeiros segmentos, parecia que Martin Truex Jr. seria o mais sério candidato a vencedor da prova, mas não quis o destino que assim fosse. Elliott cruzou a bandeirada com uma vantagem de meio segundo sobre Buschão, que segue em ótima fase. Em 3º chegou o melhor piloto da equipe Penske, Ryan Blaney, com o 4º posto sendo ocupado pelo atual campeão Kyle Larson e o Top-5 sendo encerrado por Ross Chastain, para alívio das melancias que puderam continuar sendo usadas como alimento e não para serem espatifadas no chão em uma das mais ridículas formas de comemoração que conheço. Próxima corrida será na belíssima Road America...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 
Last Updated ( Monday, 27 June 2022 08:53 )