A Ferrari vinha sendo um adversário complicado para a Red Bull até a quinta etapa do campeonato, o GP de Miami. Leclerc venceu duas corridas, além de chegar duas vezes em segundo e uma em terceiro. A maionese começou a desandar com a quebra do turbo na Espanha, passando pelo quarto lugar em Mônaco, depois de ter feito a pole position, continuou com a quebra de motor no Azerbaijão e complicou de vez com a troca de componentes do motor, que resultou na punição com perdas de posições no grid. O quinto lugar na classificação foi muito bom, para quem largou em 19º.

Max Verstappen e a Red Bull, que não têm nenhuma culpa nenhuma dos erros da Ferrari, superaram as quebras de motor no Bahrein e na Austrália, vencendo seis das nove corridas disputadas. Sem dúvida, pintaram os campeões de piloto e construtor. A Red Bull desenvolveu o melhor projeto no novo regulamento e Verstappen guia como um veterano, praticamente não cometendo erros e vem sendo normalmente o mais rápido entre todos em condições de corrida.

No GP do Canadá, a tradicional corrida das surpresas, dessa vez apresentou um resultado normal. Verstappen venceu sem ser incomodado durante quase todo o tempo, a não ser com a aproximação de Carlos Sainz no final, mas que o holandês soube controlar bem. O abandono de Perez e com Leclerc largando lá atrás, o trabalho do líder do campeonato foi facilitado. A Mercedes teve uma excelente participação, com Hamilton chegando em terceiro e Russell em quarto. A equipe alemã evolui a passos largos, o que ficou demonstrado nas duas últimas corridas.

Montreal, na verdade, não deixou e surpreender. em uma qualificação realizada o tempo todo em pista molhada, o apaixonado por Fórmula 1 assistiu, maravilhado, a Fernando Alonso proporcionar uma aula de pilotagem eficiente, ao colocar seu Alpine no segundo lugar do grid de largada. Também guiaram muito no sábado os pilotos da Haas, Kevin Magnussen e Mick Schumacker, que levaram os carros da equipe aos quinto e sexto lugares do grid. Outro resultado imprevisto foi o de Guanyu Zhou com o décimo melhor tempo. O chinês demonstrou muita competência nas disputas e uma expressiva chegada em oitavo lugar.

George Russell continua impressionando pela consistência de suas atuações. O britânico possui todas as características de um campeão: tem uma incrível noção de limite, conhece as qualidades e limitações do carro que guia, não se envolve em disputas arriscadas, só se arrisca com boa margem de segurança e é constantemente rápido. Lembra Alain Prost.

Ainda bem que temos mais 13 Grandes Prêmios para assistir. Dá gosto de ver 20 pilotos de alto nível técnico proporcionando grandes brigas. Muita coisa ainda vai acontecer de interessante na temporada. As equipes ainda têm um espaço importante para evoluir.

Próximo encontro: 3 de julho, GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Luiz Carlos Lima