Olá amigos, tudo bem?

Espero que sim. A próxima corrida do NTT IndyCar Series será no dia 3 de julho, em Mid-Ohio, mas nem por isso vouficar sem acelerar nessas duas semanas. Começa neste sábado, dia 18, a segunda edição do campeonato promovido pelo astro do automobilismo dos Estados Unidos, Tony Stewart, o Camping World SRX Series. 

Como no ano passado, serão seisetapas em ovais curtos e diversos tipos de piso, inclusive terra. Participei do campeonato completo em 2021 porque não estava disputando a temporada completa da IndyCar. Agora, só conseguirei competir em três delas, ou seja, metade do calendário. Nas demais me ausentarei porque as datas coincidem com as provas da IndyCar. A etapa deste sábado é em Pensacola, na Flórida, que fica no litoral do Golfo do México, quase na fronteira com o estado do Alabama. O circuito é o Five Flags Speedway, um oval asfaltado de 800 metros que, em maio agora, completou 59 anos de fundação. 

Na segunda-feira, dia 20, a Meyer Shank Racing testará no Iowa Speedway. Vamos trabalhar bastante, eu e o Simon Pagenaud, para que o dia seja o mais proveitoso possível, uma vez que teremos rodada dupla nos dias 23 e 24de julho. É uma chance perfeita para desenvolver um acerto bem eficiente echegar competitivo quando a coisa for para valer.

No sábado, 25, teremos a segunda etapa do SRX Series em South Boston, na Virgínia. A pista, a South Boston Speedway, é menor ainda. É um oval asfaltado de 600 metros. A terceira, no Stafford Motor Speedway, serádisputada em 3 de julho, mas estarei em Mid-Ohio. Minha volta ao SRX será no outro sábado, 9, no Nashville Fairgrounds.

Os carros, como vocês sabem, são protótipos fabricados pelo próprio Tony Stewart e carenados aos moldes da NASCAR. Realmente, é algo muito legal e estou feliz por participar novamente.

E por falar em ficar feliz, não fiquei nada feliz na provada IndyCar em Road America, no domingo passado. Perdemos a oportunidade de desenvolver alguns acertos e a estratégia não ajudou muito. Para tentar compensar,acabei arriscando e não funcionou. 

Numa situação dessas, tem gente que prefere esquecer a corrida, mas não penso assim. Quando as coisas não caminham como planejadas, elas precisam ficar na memória o tempo todo para que erros ou situações desfavoráveis não voltem a acontecer. É dessa forma que encaro, tanto que já estamos conversando internamente, sobre soluções e procedimentos, para que voltemos a ter melhor performance no conjunto da prova, incluindo aí o Qualifying. Apesar disso, acho que é somente uma questão de recalibragem da rota, de modo que estou muito otimista para as próximas etapas.

É isso, pessoal. Abraço grande a todos e até semana que vem.

Helio Castroneves

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

Olá Amigos,

A corrida em Road América, entre as corridas de circuitos mistos, é a minha favorita. A região de Elkhart Lake no estado de Wisconsin é lindíssima e no verão as temperaturas são bem agradáveis. Tivemos uma prova com um dominador, que mesmo quando não estava na liderança no momento de suas paradas nos pits, tinha a corrida sob controle.

Alguém pode não notar, mas é a quarta vitória da Penske em oito corridas do campeonato e, apesar e Marcus Ericsson ter saído de Road América na liderança do campeonato com uma boa vantagem, fruto da pontuação dobrada da Indy500, seus dois perseguidores mais próximos são Will Power e Josef Newgarden, com o veterano da equipe mostrando uma grande regularidade, estando no top-5 em 6 das 8 etapas.

A corrida de 55 voltas começou com uma largada ordenada – uma boa mudança em relação a Detroit – e o pelotão de 27 carros conseguiu passar por três curvas antes que o primeiro contato visse Jimmie Johnson tentando superar Tatiana Calderón, mas quando ele se aproximou, seu movimento para a esquerda coincidiu com sua tentativa de ultrapassagem na extremidade esquerda da pista. Saindo para a grama, Johnson rodou e atolou na brita, o que fez co que ele perdesse uma volta enquanto a vinha a primeira bandeira amarela do dia.

Depois de passar Calderón e Johnson, Simona De Silvestro, com a bandeira amarela em curso, aproveitou para mudar a estratégia no final da volta 2, reabastecendo seu tanque de combustível e mudando os pneus dos macios para os duros. No reinício, abrindo a volta 4, Rossi teve uma ótima largada, mas outra amarela ​​foi necessária quando Ericsson dividiu espaço com o companheiro de equipe, Alex Palou, na entrada da curva 5. Um leve contato com a roda traseira direita de Ericsson na frente esquerda de Palou pareceu quebrar o braço de direção do carro do espanhol, mandando-o para a brita. Outro contato subindo a colina na curva 6 entre Christian Lundgaard e Rinus VeeKay viu VeeKay ir para a grama – e acertar um banner publicitário – na saída da curva 6. Incapaz de dirigir seu carro para os boxes, o dia de Palou acabou efetivamente quando o Honda nº 10 foi retirado por um caminhão de reboque.

O reinício da 7ª volta viu Rossi liderar novamente, com o companheiro de equipe Colton Herta ganhando outro lugar, passando Scott McLaughlin para tomar a P6. Estava difícil ter uma A corrida limpa, com apenas uma volta, já que um terceiro FCY ​​foi necessário, pois o novato Devlin DeFrancesco colidiu com Will Power na briga pela P15 na entrada da curva 3 e, na curva 5, um segundo contato com DeFrancesco – balançou Power para a esquerda na frenagem para tentar a ultrapassagem  - terminou com Power atingindo o muro do lado direito. Com danos significativos no nariz do carro de Power, que ficou parado. Os fiscais conseguiram dar partida no carro e ele voltou para o pit lane, onde foi realizada uma inspeção na suspensão e trocado o bico. Ele voltou em P25 ainda durante o FCY. Vários pilotos aproveitaram para trocar para pneus duros e reabastecer.

O reinício da volta 11 foi normal, com Rossi liderando, Josef Newgarden, Marcus Ericsson, Romain Grosjean, Pato O'Ward e Colton Herta na sequência. Na volta 15, Rossi mantinha 0,6949s sobre Newgarden, mas os pneus macios traseiros do carro do líder pareciam estar no fim de sua vida útil. Os dois pararam no final da volta e trocaram para os pneus duros e a equipe de Rossi foi mais lenta troca de pneus traseiros esquerdos e, para atrapalhar, teve que esperar um momento pela entrada de Scott McLaughlin, o que promoveu a troca de posições entre ele e Newgarden.

O líder Ericsson e Grosjean pararam no final da volta seguinte, assim como muitos outros corredores no top 10. Fazer uma volta extra fez maravilhas para Ericsson, que pulou na frente de Rossi para o que acabaria se tornando a P2 quando todo os outros carros pararam. Mas o sueco não pode comemorar muito. Ele saiu da pista na curva 7 e devolveu a posição na metade da volta. Rossi também teve Grosjean tentando ocupar seu lugar saindo dos boxes, o que levou a um momento tenso próximo na curva 1 que acabou ficando a favor de Rossi. Em seguida foi Herta passando por Grosjean na curva 5 para o que logo seria P4.

Aqueles que apostaram em estratégias alternativas mantiveram a liderança da corrida na volta 20, com Felix Rosenqvist, Graham Rahal e Rinus VeeKay andando à frente de Newgarden. De Silvestro estava na P7 quando Simon Pagenaud deu um passeio insano saindo no The Kink, mas manteve o carro fora da parede.

Rosenqvist parou na volta 26, devolvendo a liderança a Newgarden, que parou na volta 29 junto com Herta, O'Ward e McLaughlin, enquanto Rossi ficou de fora e recuperou a liderança. McLaughlin passou O'Ward nos boxes. Rossi e Ericsson estavam na volta seguinte.

Uma vez que os pit stops foram concluídos, Newgarden estava de volta à liderança com 4,2 segundos sobre Rossi na volta 32. Rosenqvist, enquanto economizava combustível, estava 6,5 ​​segundos atrás e Ericsson estava logo atrás dele e passou na volta 34. Na volta 41, Rosenqvist foi o primeiro dos carros da liderança a fazer sua última parada e foi seguido na volta 42 pelo líder Newgarden e Rossi, junto com O'Ward e outros.

Com as últimas paradas concluídas, Newgarden voltou a ter uma vantagem de 4,5s sobre Rossi na volta 44 de 55. Ericsson, na P3, estava a 14,4s atrás, depois vinham Herta a 15,0s e Rosenqvist na P5 a 17,2s. Grosjean assumiu a posição de Rosenqvist com facilidade na volta 46, enquanto Rossi reduzia a vantagem para a liderança de Newgarden à 3,2s, o que poderia ser uma disputa nas voltas finais.

A situação se precipitou na volta 48 quando tivemos a quarta bandeira amarela após o motor de O'Ward apagar ao entrar na Canada Corner e o deixou estacionado na margem do asfalto, sem ir para a grama. A ordem de corrida era Newgarden, Rossi, Ericsson, Herta, Grosjean, Rosenqvist, Rahal, McLaughlin, Dixon e Lundgaard no top 10. Depois de ser feito o resgate a relargada veio na volta 51, mas Helio Castroneves rodou sozinho na entrada da reta, bateu numa placa de anúncios e seu carro apagou. Bandeira amarela novamente!

A retomada da corrida veio para apenas uma volta. E Josef Newgarden, além de largar muito bem, tinha reservado algum “push” para se defender de uma ataque nas últimas voltas. Ele acelerou tudo para uma fugir de Alexander rossi, que não largou tão bem e foi atacado por Marcus Ericsson, perdendo a P2. Por pouco não perdeu a P3 para seu companheiro de equipe Grosjean chegando apenas 0,2s à frente dele.

Depois de três finais de semana consecutivos com corridas, paramos até o início de julho, quando acontece a etapa de Mid-Ohio na cidade de Lexinton. Os carros param, mas eu continuo escrevendo! Assuntos interessantes não faltarão, mas não vou dar spoilers.

Vamos acelerar!

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.