O Campeonato Mundial de Pilotos cumpriu sua oitava etapa, das 22 programadas para a temporada. O GP do Azerbaijão foi totalmente dominado pela Red Bull. O holandês Max Verstappen venceu a corrida, tendo seu companheiro de equipe em segundo, que também foi o autor da melhor volta. Barba, cabelo e bigode.

Analisando as posições de largada, com Ferrari em primeiro (Leclerc) e quarto (Sainz) e a Red Bul em segundo (Perez) e terceiro (Verstappen), a maioria projetou uma disputa intensa pela vitória, entre as duas marcas que se destacam das demais nessa primeira metade do campeonato. Os quatro com tempos quase um segundo mais rápido que o Mercedes de Russell, o quinto colocado no grid.

No começo da corrida pareceu que as previsões se confirmariam. Perez assumiu a ponta, abrindo vantagem, enquanto Leclerc, Verstappen e Sainz o acompanhavam a uma certa distância. Problemas hidráulicos tiraram Sainz da corrida na oitava volta e Leclerc abandonou na 21ª volta por quebra de motor. Os carros da Red Bull ficaram com o domínio da situação.

No mais autêntico “manda quem pode e obedece quem tem juízo” Perez atendeu à determinação da equipe e cedeu a liderança a Verstappen. A ordem não foi transmitida via rádio, para se evitar polêmicas. Mas o mexicano deixou transparecer que estava atendendo a uma determinação da Red Bull. Ele foi mais rápido que o holandês em todos os treinos livres, qualificação e na corrida liderava com folga. Diminuiu o ritmo para Verstappen passar. Para quem gosta da competição enquadrada no estilo “que vença o melhor” detesta esse tipo de atitude de qualquer chefe de equipe.

Red Bull na liderança com seus dois pilotos, sendo Verstappen o líder com 150 pontos, Perez em segundo com 129, em terceiro Leclerc, com 116, em quarto Russell com 99 e em quinto Sainz com 83. Entre os construtores Red Bull lidera com 279, muito à frente da Ferrari, com 199. Para a equipe austríaca basta administrar a vantagem até a última prova, o que parece muito provável.

Para a Ferrari a situação ficou mais complicada. Precisa resolver um problema de confiabilidade a curtíssimo prazo. A Red Bull teve o mesmo problema e tudo indica que resolveu. Os italianos vão passar por uma prova de fogo bastante indigesta, e aí se deve levar em consideração também o desenvolvimento das outras equipes.

A Mercedes herdou as posições da marca italiana terminou em terceiro (Russell) e quarto (Hamilton). Os pilotos da equipe alemã terminaram a corrida extenuados, principalmente o heptacampeão. O movimento vertical (porpoising) pareceu até mais intenso que em corridas anteriores. O resultado foi um prêmio para os esforçados pilotos.

Sebastian Vettel conseguiu um expressivo sexto lugar, mas não deixou de cometer pelo menos um erro. Continua parecendo desconcentrado. Pierre Gasly levou a Alpha Tauri ao bom quinto lugar. Continua expondo suas qualidades. Terminar em oitavo, com Ricciardo e em nono, com Norris, foi o melhor que a Mclaren conseguiu, bem diferente das promessas de início de temporada.

No próximo final de semana, dia 19, será disputado o GP do Canadá, em Montréal. Que venham surpresas agradáveis.

Luiz Carlos Lima

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.