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Nesse domingo de Indy500, Charlotte e MotoGP, nem a F1 Mônaco foi chata PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 30 May 2022 07:50

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Demorou um pouco mas chegou aquele final de semana que todo fã de velocidade aguarda, o de Mônaco / Indianapolis / Charlotte, esse ano acrescido das motos correndo em Mugello e quebrando recorde de velocidade. Verdade seja dita que a Fórmula Barbie decepcionou com o atraso na largada para não estragar a chapinha que tinham feito no cabelereiro (que, por ser em Mônaco, deve ser mais caro que o padrão) e depois da corrida soltando uma desculpa não muito crível para justificar o atraso... menos mal que as corridas de moto, Indy e NASCAR compensaram o anticlímax do litoral do Mediterrâneo.

 

Começando com as duas rodas: a pista de Mugello, com sua longa reta de largada precedida de uma longa curva que pode ser percorrida com uma aceleração razoável não negou as emoções que sempre promete. Na Moto3 a nota triste ficou por conta do tombo de Diogo Moreira; o brasileiro estava numa ótima posição para quem não tem moto oficial de fábrica e levou um tombo na última volta que tirou um Top 10 garantido... e ainda rendeu uma fratura no punho esquerdo. Seja qual for o tempo de recuperação, a torcida é para que ele aprenda com o exemplo do Marc Márquez e NÃO apresse o retorno sem estar recuperado. Na pista quem ganhou foi Guevara, MAS como o cidadão conquistou a posição excedendo limite de pista, recebeu a merecida punição e terminou em 2º. O vencedor foi seu companheiro de equipe Sérgio García, e o pódio ficou completo com Tatsuki Suzuki. Na Moto2 tivemos o campeão da Moto 3 do ano passado, Pedro Acosta, quebrando mais um recorde do Marc Márquez, dessa vez o de mais jovem piloto a vencer na classe intermediária do Mundial de Motovelocidade. Acosta fez 18 anos em 25/05 e comemorou a maioridade em grande estilo, no alto do pódio. Foi acompanhado na festa por Joe Roberts (2º) e por Ai Ogura (3º). Parabéns! Na MotoGP a expectativa da torcida italiana era grande, pot ter uma primeira fila toda nacional para a largada... e ainda conseguiram comemorar no final da prova, afinal a vitória ficou com Francesco “Pecco” Bagnaia (Ducati) e novamente uma Ducati quebrou o recorde de velocidade máxima na categoria, com o espanhol Jorge Martín atingindo a bagatela de 363,6 km/h de velocidade máxima. Sim, vocês leram direito: trezentos e sessenta e três quilômetros por hora sobre duas rodas. Depois o povo fica bajulando piloto de Fórmula Barbie, façam-me o favor... Pecco foi acompanhado no pódio por Fabio Quartararo (Yamaha) em 2º e por Aleix Espargaró (Aprilia) no degrau mais baixo do pódio. O final de semana também foi utilizado para a cerimônia de introdução de Max Biaggi no Hall da Fama da Motovelocidade, um raro momento em que ele foi simpático com as pessoas...

 

A Fórmula Barbie foi até Mônaco e a largada foi atrasada até todos estarem com a cabeça devidamente protegida para não estragar o trabalho do cabelereiro na chuva... não, pera aí, a desculpa oficial da categoria é que tiveram problemas de fornecimento de energia elétrica. Se querem que seja essa a razão oficial, que seja. Se em Mônaco, que é Mônaco, tiveram esse tipo de problema, não poderão reclamar se algo semelhante acontecer no GP do Brasil, OK? Nada de “coisa de terceiro mundo, precisamos tirar a corrida de lá e levar para algum país do oriente cheio de dinheiro pra gastar”, por favor. Mais uma vez Leclerc fez a pole e mais uma vez a Ferrari estragou tudo com seus estrategistas homenageando o exército italiano, já que pelo que me lembre o último oriundo da península a ser efetivamente bom em estratégia foi Júlio César. Correndo em casa, Leclerc teve que se contentar com o 4º lugar, atrás de Max Verstappen (3º), Carlos Sainz Jr. (2º) e do merecido vencedor Sérgio Pérez, que chorou emocionado no pódio em vencer uma etapa tão emblemática do calendário. E com um 5º lugar, George Russell mostrou mais uma vez quem é o melhor e mais regular piloto da Mercedes em 2022, já que desde o começo da temporada terminou todas as etapas entre os 5 primeiros colocados.

 

Também foi dia das 500 Milhas de Indianapolis, um show daqueles que os estadunidenses são especialistas em fazer, e a corrida esteve à altura do espetáculo. O traiçoeiro vento na curva 2 não perdoou os mais incautos, e a corrida teve um final que beirou a fronteira entre o suspense e a tensão. No fim, a bravura de Marcus Ericsson foi recompensada, e ele terá seu rosto eternizado no Troféu Borg Warner. Uma corrida maiúscula do sueco, coroando uma fase excelente para a equipe de Chip Ganassi no mês de maio. Em 2º chegou “Pato” O’Ward, que teve chances de provocar feriado no México essa segunda feira com duas vitórias mexicanas no mesmo dia, e o 3º lugar ficou com outro carro da Ganassi, Tony Kanaan. Digno de nota o desempenho de Hélio Castroneves, que largou em 27º e terminou a prova em 7º, sendo o piloto que mais ganhou posições durante a corrida.

 

E lá em Charlotte foi disputada a mais longa corrida da temporada, a Coca Cola 600; prova cheia de alternativas, tanto que cada um dos estágios teve um vencedor diferente: o 1º ficou com Chase Elliott, o 2º com Daniel Suárez (alimentando na torcida ao sul do muro a esperança de mais uma vitória deles nesse domingo) e o 3º teve como vencedor Ross Chastain. No estágio final, que teve 2 prorrogações por conta dos ânimos acirrados dos competidores, o pole position Denny Hamlin venceu o duelo contra seu companheiro de equipe Kyle Busch e liderou a dobradinha da Toyota no feriado do Memorial Day, vencendo pela primeira vez em sua carreira a prestigiada corrida de 600 milhas. O 3º lugar ficou com Kevin Harvick, outro piloto que sobreviveu aos Big Ones da prova e com isso conquistou um resultado positivo. Na 4ª posição chegou Chase Briscoe, em mais um belo desempenho para sua equipe, e o Top-5 foi encerrado com Christopher Bell, mais um piloto de Joe Gibbs em boa posição de chegada. Com tantos acidentes, apenas 21 dos 37 carros que largaram receberam a bandeira quadriculada final. Prova cansativa, mas boa de assistir.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.