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Como levar Felipe Drugovich à Fórmula 1? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 25 May 2022 19:44

Caros Amigos, Nos últimos anos temos visto como alguns pilotos com verdadeiro talento acabaram ficando fora de competições por falta de suporte financeiro. Apesar de ter criado um sistema de pontuação para que não apenas pilotos muito jovens chegassem à Fórmula 1, queimando etapas e categorias de base, o princípio deveria valer para que os pilotos mais talentosos se destacassem e conseguissem a chamada ‘superlicença’.

 

Algo que certamente os idealizadores do sistema não previam está acontecendo: o financiamento e a compra de lugares nas grandes equipes das categorias de acesso inflacionaram custos e estão alavancando pilotos que, talvez, em condições mais equânimes, não conseguissem os resultados que começaram a conquistar na pista graças a equipamentos melhores, investimentos maiores.

 

A escalada exponencial dos custos por um lugar na Fórmula 1 chegou ao ponto de empresários multibilionários comprarem participações, pagarem dívidas pó mesmo fazerem aportes de dezenas de milhões de dólares para colocarem seus filhos no grid da maior categoria do automobilismo mundial, casos dos pais de Lance Stroll, Nikita Mazepin e Nicholas Latifi, que certamente ocuparam e ocupam o lugar de pilotos com mais capacidade e recursos técnicos. Nesta temporada, com evidente apoio financeiro estatal, o chinês Guanyu Zhou, após alguns anos competindo na Fórmula 2, ocupou um lugar no grid enquanto o australiano Oscar Piastri, que nos últimos três anos foi campeão da Fórmula Regional Europeia, da Fórmula 3 e da Fórmula 2, ter que ficar como piloto reserva da equipe alpine.

 

Este ano de 2022 está se mostrando como o grande ano para Felipe Drugovich, que apesar de estar no terceiro no da categoria é muito jovem, tem apenas 22 anos recém competados e vem demonstrando uma maturidade nesta temporada que, tecnicamente, o credencia a dar o passo seguinte. Entretanto, para este passo se concretizar, ele precisa superar dois obstáculos: o primeiro é conseguir uma vaga em uma equipe minimamente competitiva e o segundo é ter suporte financeiro para “comprar” esta vaga.

 

O Grupo Liberty Media e a Federação Internacional de Automobilismo consideram o Brasil uma excelente plataforma de negócios. A audiência das transmissões pela televisão, com a vantagem da transmissão em canal com sinal aberto – importantíssimo em um país com a baixa renda média da nossa população – para alavancar os índices de visibilidade da categoria, apesar dos índices de audiência das corridas no domingo estarem oscilando entre 5 e 7%.

 

Ter um piloto brasileiro como titular no grid da Fórmula 1 elevaria estes índices de audiência no mercado nacional e o retorno de marketing dos patrocinadores (nacionais e internacionais)? Não necessariamente! O espírito do brasileiro é “torcer pelo brasileiro que vence”. Pouco ou nada impactaria a torcida, a audiência ou o retorno com um piloto brigando para chegar em 10° lugar e conseguir marcar um ponto. Está é uma realidade do comportamento local. Para haver um real impacto, seria preciso ter este piloto – no caso, Felipe Drugovich está se mostrando o mais indicado no momento – em uma equipe com estrutura para andar entre os 6 primeiros, ele se destacar e conseguir em algum tempo ir para uma equipe vencedora, caminho feito por Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa.

 

O fator de sustentação e viabilidade deste desejo que certamente meus estimados leitores compartilham passaria por um projeto de patrocínio maciço para o piloto que não precisaria, necessariamente, partir de um único financiador. O Brasil tem grandes empresas como a Petrobras, a Vale, o Grupo Votorantim, a Brazil Foods, a JBS, a AMBEV, bancos de grande porte como Bradesco e Itaú (além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal), entre outras que poderiam, como é feito nos contratos de transmissão de eventos esportivos, comprar cotas de patrocínio e em conjunto reunir um montante anual para dar “competitividade fora da pista” a Felipe Drugovich (algo que poderia ser cíclico, com outros pilotos no futuro).

 

Este pode ser um caminho. Este pode ser o único caminho uma vez que não há perspectivas de mudança neste processo de acesso à Fórmula 1, mesmo com o teto de gastos, uma vez que existem despesas que não entram neste controle.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva