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Pronto para o desafio da Indy500 / Grid definido e preparação final pra Indy500 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 25 May 2022 23:13

Oi amigos, tudo bem?

 

Olá, amigos! Mais uma vez vivo a emoção de estar na semana da Indy 500. Será minha participação de número 22 na maior prova do automobilismo mundial. Quer dizer, desde minha estreia, em 2001, nunca faltei. É sempre uma emoção renovada estar aqui em Indianapolis, principalmente esse ano. Depois da vitória no ano passado, minha imagem está em todos os lugares do Indianapolis Motor Speedway e da cidade, pois esse é o clima da Indy 500. A celebração por uma vitória não termina após o pódio. Pelo contrário, dura o ano todo e para toda a vida. 

 

Ganhar em Indianapolis representa a entrada do piloto na história do automobilismo. Ele sempre será lembrado pelo feito. Onde quer que esteja, será anunciado como vencedor da Indy 500. E quando você ganha mais de uma? Só posso agradecer a Deus por me conceder essa benção de vencer a corrida das corridas por quatro vezes. 

 

Nesse tempo todo, venci e perdi, acumulei alegrias e decepções, sorri e chorei. Mas apesar dos altos e baixos que são comuns no esporte e na vida, uma coisa que nunca muda em mim é a determinação de nunca desistir na busca de um resultado cada vez melhor em Indianapolis. Não me entendam mal. Claro que luto até o fim em qualquer corrida, só que em Indianapolis tem uma espécie de força divina, uma atmosfera que faz a gente tirar forças de onde parecia não ter mais nada. A Indy 500 é como se fosse um energético poderoso para o corpo e a alma. Não há lugar melhor para estar do que o IMS.

 

 

Nesses 21 anos de presença constante em Indianapolis, uma coisa que nunca faltou, mesmo no tempo da pandemia, foi a motivação dos fãs. Mesmo quando as coisas não funcionam muito bem, a alegria e o carinho dos fãs servem como “remédio” poderoso, que bota qualquer um para cima e joga o desânimo para longe, bem longe. É uma energia só mesmo quem sente e é alvo dele tem ideia de quanto é poderosa. 

 

Apesar de toda essa energia e meu inabalável otimismo, não posso ignorar que o desafio desse ano é grande. Desde o início dos treinos, na semana passada, todos nós da Meyer Shank Racing trabalhamos muito para conseguir mais velocidade, que não era aquela que esperávamos. Fomos avançando todos os dias, mas no Qualifying ficamos muito aquém do que pretendíamos. Obviamente que seria difícil lutar pela pole, mas esperava ficar pelo menos entre os 12 primeiros e não em 27º. Porém, é o que temos e o negócio é fazer do limão uma limonada. 

 

A boa notícia é que fiquei animado com o que conseguimos no treino de segunda-feira, 23. Nossa performance mostrou que o acerto de corrida é bom e não paramos de trabalhar até agora, para melhorar mais ainda. No treino de sexta-feira, 27, o último contato com o carro antes da corrida de domingo, já teremos algumas melhorias, o que me faz estar otimista. 

 

Na verdade, digo do fundo do coração que não importa de onde largarei. Vou lutar com a mesma garra de sempre, buscando o melhor das minhas forças num trabalho forte e dedicado com meus companheiros da Meyer Shank Racing. A força do amor pelo que faço é um aditivo sensacional na superação das dificuldades, para ampliar ainda mais meu histórico em Indianapolis.

 

Falando nisso, nessas 21 corridas já disputadas, tenho uma estatística no IMS que me faz ter muito orgulho. Vejam:

4 vitórias (2001, 2002, 2009 e 2021);

4 poles (2003, 2007, 2009 e 2010);

3 2º lugares (2003, 2014, 2017);  

3998 voltas completadas;

325 voltas lideradas.

 

É isso, amigos, conto com a torcida de todos para mim e o Tony Kanaan, que está muito competitivo com a Ganassi, e fiquem grudados nas transmissões ao vivo da TV Cultura e do ESPN/Star+. Forte abraço a todos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos, temos o grid definido para a Indy500! Foi dramático, como sempre, e imprevisível, como nunca! O céu encoberto, chuva fina ocasional e o monitoramento de cada polegada das duas milhas de extensão do IMS e as variações na condição de pista entrada após entrada dos competidores foi fundamental para a definição das posições dos pilotos no sábado.

 

Quem ficou para ir à pista depois dos 12/15 primeiros não conseguiu velocidades altas em suas médias e isso não apenas se refletiu na classificação como também vai pesar no trabalho desta semana que antecede a corrida, com os carros trabalhando os acertos para andarem com pouca ou muita turbulência.

 

A cota de pesadelos atingiu muita gente na pista, mas teve equipe cujo os problemas começaram ainda nas garagens. Na inspeção técnica da IndyCar, onde o Arrow McLaren SP Chevy nº 6 de Juan Pablo Montoya falhou durante sua passagem pelo painel de verificação. A equipe informou que a falha foi devido a um “componente quebrado” e, como resultado do problema, perdeu sua corrida de qualificação garantida, que estava programada para ocorrer em nono lugar no sorteio. De acordo com as regras, Montoya precisaria esperar até que os outros 32 pilotos completassem suas corridas antes de poder realizar o seu. Quando o bicampeão da Indy 500 chegou, as temperaturas mais altas e a falta de velocidade o deixaram em 29º no grid.

 

 

Marco Andretti, o 10º piloto a se classificar, teve uma ocorrência estranha na segunda volta de sua corrida quando o carro perdeu potência, caindo de uma primeira volta de 230 mph para 219 mph. Embora tenha se recuperado um pouco na terceira e quarta voltas, sua média foi de decepcionantes 226,108 mph, o que deixou o polesitter da Indy 500 de 2020 na parte inferior do grid com uma média de 226,108 mph. O piloto titular da Andretti Autosport ficou numa situação ainda pior: Com outro problema no motor – um que foi comparativamente terrível – enquanto se preparava para executar sua corrida, foi forçado a abandonar a tentativa, pois o motor produzia sons perturbadores quando ele entrava na curva 1. O melhor classificado foi o “novato” Romain Grosjean, o único carro da equipe a ficar entre os 12 primeiros que iria a disputa pela pole no domingo.

 

 

Dificuldades também para a equipe campeã de 2021. 18° no sorteio para a classificação, Helio Casroneves estava com um ritmo que dificilmente o colocaria entre os 12 primeiros, mas quando a traseira da Honda Meyer Shank Racing escapou e fez o carro sair de frente na curva em sua última volta, exigindo muita habilidade do piloto brasileiro para fazer o carro ficar apontado na direção certa. Com uma queda de 229 mph na terceira volta para 212 mph na quarta volta, o atual vencedor da Indy 500 ficou com uma média de 225,482 mph; o mais lento naquela altura. Depois de abandonar e fazer uma segunda tentativa, com a pista bem pior não foi além das 229,630 mph, ficando na P27. Simon Pagenaud, vencedor de 2019, ficou um pouco melhor, mas a P16 ficou longe do que eram os planos da equipe para a corrida.

 

Assim como a Andretti, a Penske também terminou o sábado com um gosto de frustração. Apenas Will Power conseguiu seguir para tentar a pole position no domingo. Josef Newgarden ficou como 14°, mas o pior ficou para Scott McLaughlin, o 26°, atrapalhado pela chuva e a perda de aderência do asfalto. Bem no sentido oposto de sua grande rival dos últimos anos, a Chip Ganassi Racing, que colocou seus 5 carros entre os 12 primeiros.

 

 

Se no sábado a Ganassi mostrou força ao colocar seus 5 carros no top 12 para definir a pole, no final do domingo Chip Ganassi era só sorrisos. Quatro dos 6 primeiros são carros das equipe e Scott Dixon fez a pole position com a média de velocidade mais rápida da história com 234,046 mph. Alex Palou ficou em segundo. Na segunda fila, Felix Rosenqvist e Tony Kanaan foram o P5 e P6, respectivamente, com Jimmie Johnson ficando com a P12. Agora é torcer para não chover no domingo!

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.