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Kiko Porto sofre, mas pontua em Barber e Ricardo Gracia Filho estreia na F4 espanhola PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 01 May 2022 18:48

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos (pra compensar o textão da semana passada) a coluna vai ser bem menor (Tive que ouvir muito das duas editoras sobre tamanho de texto, mas eu precisava contar o que foram as corridas. A culpa não é minha, concordam?).

 

Tivemos apenas dois brasileiros para acompanhar: nos Estados Unidos, Francisco ‘Kiko’ Porto disputou sua segunda rodada na Indy PRO2000, caminho para se chegar à Fórmula Indy. Na Espanha, uma novidade para mim também, a estreia de Ricardo Gracia Filho no campeonato local da FIA Fórmula 4 com um impressionante grid de 30 carros. Vamos as corridas!

 

PRO 2000

Depois de abrirem o campeonato no circuito de rua de St. Petersburg e realizar alguns testes coletivos, na quinta-feira 28 os pilotos tiveram três sessões de treinos livres para ajustar os carros. Kiko Porto, nosso representante na categoria, foi o P5 na primeira, o P11 (um resultado “fora da curva”) na segunda e P4 na terceira, mostrando que o carro estava com um bom potencial de desempenho para os treinos da sexta-feira.

 

 

Pela manhã, os pilotos foram pra pista e a “prática” terminou com o piloto brasileiro na P3, a 11 centésimos do melhor tempo. Na parte da tarde, tudo complicou! Kiko Porto não conseguiu baixar seus tempos de volta não apenas não melhoraram como outros pilotos conseguiram melhorar em relação aos tempos da manhã. Com isso, sem encontrar um melhor acerto para a temperatura mais alta da pista, ele ficou apenas com a P8, tendo que largar na quarta fila.

 

Quase fui pego de surpresa com a antecipação da corrida 1 da PRO 2000 em alguns minutos. Os 15 pilotos foram para a pista com o céu bem encoberto, mas não havia nenhuma perspectiva de chuva. Os pilotos deixaram o pit lane e fizeram uma volta apenas de apresentação e receberam a bandeira verde. A imagem pela internet não estava nenhuma maravilha, mas era o que havia para o sábado.

 

 

Kiko Porto não fez uma boa largada e acabou perdendo uma posição ainda nas primeiras curvas e caindo para a P9. O pelotão estava bem compacto e conseguir gerenciar bem os pneus para as 25 voltas programadas seria fundamental. Com 5 voltas o P7, Yuven Sundaramoorthy começou a segurar os carros que vinham atrás dele e se afastando dos 6 primeiros, o que não era nada bom para nosso piloto, formando um pelotão que ia até o P11.

 

Na 10ª volta a situação persistia, com Kiko Porto na perseguição ao seu companheiro de equipe, Nolan Siegel, mas os dois iam ficando cada vez mais distantes dos primeiros colocados. Sundaramoorthy já estava quase 3 segundos atrás de Reece Gold. A cronometragem estava estranha, mas mostrou quando Sundaramoorthy foi – finalmente – superado pelo pelotão, e Kiko Porto subiu para a P8.

 

 

Faltando 10 voltas para o fim, Nolan Siegel parecia ter um ritmo melhor do que Kiko Porto e a diferença entre eles subiu de 3 décimos para 1,2 segundos. Assim como aconteceu em St. Petersburg, os pilotos que estavam mais atrás foram para os boxes para colocar pneus novos e tentar fazer voltas rápidas e assim conseguir uma melhor posição de largada no domingo. Siegel e Porto estavam tirando a diferença para Josh Green, o P6. Faltando 5 voltas, formaram um pelotão compacto atrás de Kaminsky, o P2. Nas três últimas voltas A briga ficou mais intensa pela P5, com Kiko Porto indo para cima de Nolan Siegel, mas não conseguiu ganhar a posição, terminando em 8°.

 

No final da tarde do sábado os pilotos da PRO 2000 ainda voltaram à pista para o treino classificatório da corrida do domingo. Foram 30 minutos em que a pista mais fria dificultou o aquecimento ideal dos pneus e os tempos, de uma forma geral subiram, mas a diferença de tempos entre os pilotos foi mínima, com 13 dos 15 inscritos ficando no mesmo segundo. Kiko Porto conseguiu melhorar em relação ao treino para a corrida 1 e conquistou a P5 menos de 20 centésimos atrás de seu companheiro de equipe, que ficou com a pole position.

 

 

No domingo, após a corrida da Fórmula Indy e com algum atraso (normal), os pilotos e equipes foram para o pit lane e logo em seguida para a pista. Após uma volta atrás do safety car eles largaram para 30 voltas de corrida (ou 50 minutos) e Kiko Porto fez uma largada complicada, caindo para P8 na primeira volta. A transmissão pela internet estava horrível, pior que no sábado.

 

Reece gold, o P5, começou a segurar o ritmo de corrida e agrupou um pelotão que ia até o 14° colocado. Kiko Porto atacava pesado o P7, Georg Missig que perdia o contato com o P6, Josh Green e o brasileiro não podia ficar preso atrás dele. Missig não aguentou a pressão, saiu da pista e Kiko Porto subiu pra P7, mas estava 2,4s atrás de Josh Green e tinha o ataque de Salvador de Alba. Volta a volta o nosso piloto foi tirando a diferença para Josh Green.

 

 

Em quatro voltas a diferença entre Josh Green e Kiko Porto caiu de 2,4 para meio segundo, mas Green não era piloto que erraria como Missig errou. Salvador de Alva veio junto e um pelotão se formou do P5 – Reece Gold – ao P8. Gold estava conseguindo escapar enquanto Green, Porto e Alba estavam mais próximos. Kiko Porto não conseguia atacar Josh Green e Salvador de Alba tentava passar sempre que podia. Ninguém passou ninguém e Kiko Porto terminou na P7 a corrida do domingo. No campeonato, o brasileiro é o 7° colocado, com 61 pontos, 35 a menos que o líder do campeonato, Nolan Siegel.

 

FIA Fórmula 4 Espanhola

Tivemos a abertura do campeonato espanhol da Fórmula 4 FIA no circuito português de Portimão. Um brasileiro estava lá, entre os 29 pilotos inscritos. Ricardo Gracia Filho, pela equipe GRS, que até o ano passado corria de kart no Brasil partiu para a carreira de monopostos. Em seu primeiro ano, nos treinos para a primeira das três corridas da rodada de abertura, o nosso representante ficou com a P24.

 

 

Equipes reconhecidamente competitivas como a Prema, Van Amersfoort, R-Ace ou a US Racing não estão no grid da categoria na Espanha, mas a Campos e a MP Motorsport compunham praticamente metade dos carros alinhados para a corrida, que teve a primeira das três provas da rodada tripla no início da tarde do sábado. Após a volta de apresentação, os carros alinharam e a largada foi dada.

 

Um o carro do pole position ficou parado no grid. Por sorte ninguém o acertou. Ricardo Gracia perdeu duas posições na largada e caiu para 26°, mas rapidamente deu início a uma recuperação e na segunda volta já ocupava a P22. Na volta seguinte era o 21°. O pelotão estava compacto do 7° ao 24° colocado e o nosso piloto foi perdendo terreno e abriu a volta 6 na P23. Na oitava volta ele era o 22° novamente numa dura disputa que era disputada pela P21. Após os 25 minutos +1 volta, Ricardo Gracia recebeu a bandeirada de chegada em 22° lugar.

 

 

O Grid da corrida 2, disputada no domingo pela manhã teve o piloto brasileiro Ricardo Gracia Filho largando na P23. Corrida com sol, temperatura amena e sem chances de chuva. Após a volta de apresentação os 30 pilotos (um a mais que na corrida do sábado) alinharam para os 25 minutos +1 volta. Apagadas as luzes vermelhas, Ricardo Gracia fez uma largada bem agressiva, atacando o piloto à sua frente, mas pagou caro por isso na curva 1 e caiu para 25°.

 

Ainda na primeira volta Ricardo Gracia foi para o ataque e recuperou a P23 original de largada. A cronometragem não estava ajudando muito, mas na pista, o piloto brasileiro estava na briga do pelotão final. Na volta 5, depois de uma ataque mal sucedido e uma saída de pista, ele caiu para 26°, pagando o alto preço da aprendizagem. Mas ele foi se recuperando e na volta 7 estava de volta na P23.

 

 

Infelizmente a transmissão não mostra muitas imagens das disputas mais atrás, mas flagramos a disputa pela P22 quando Ricardo Gracia passou Garcia por fora na curva 1, mas foi repassado na curva 3 e continuou na P23. Com alguns abandonos, na volta 10 Ricardo Gracia subiu para P20. Ma última volta um toque de Bruno Del Pino com outro piloto deu duas posições para o brasileiro, que terminou a corrida 2 na P18.

 

 

A corrida 3, a segunda do domingo, é chama a “corrida curta”, que na verdade é, na tábua do campeonato, a corrida 2, mas teve que sofrer uma mudança com o ajuste do cronograma de corridas do final de semana, sendo disputada com 18 minutos +1 volta. O grid foi definido com a segunda melhor volta do treino de classificação da corrida do sábado. Com isso, o brasileiro Ricardo Gracia Filho ficou com a P20, sua melhor posição de largada do final de semana.

 

Depois de percorrerem a volta de apresentação e apagadas as luzes vermelhas, os 30 aspirantes ao topo do automobilismo mundial partiram para o ataque às curvas, retas, subidas e descidas do incrível traçado português. Ricardo Gracia Filho largou de forma agressiva mais uma vez, jogando o carro para a linha mais emborrachada, ganhando uma posição e fechando a primeira volta em 19°. Um acidente ainda na primeira volta que deixou dois carros na brita e em posição perigosa chamou pra pista o safety car.

 

 

O serviço foi lento e a bandeira verde só foi acionada quando faltavam menos de 6 minutos, na abertura da 6ª volta. Ricado Gracia ficou toda a volta 6 sob ataque e tivemos uma batida que envolveu o nosso representante, forçado a abandonar com os danos em seu carro. Foi um primeiro final de semana muito difícil para o brasileiro, mas este é só o começo de uma longa caminhada.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 01 May 2022 21:13 )