Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A velocidade pode estar além da conta? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 27 April 2022 20:50

Caros Amigos, ao longo de sete décadas de Fórmula 1 a categoria sofreu inúmeras mudanças de regulamento, indo desde a pontuação para um determinado número de pilotos, a quantidade de pontos para os pontuadores, a duração das corridas em tempo e distância a percorrer, formatos dos treinos de classificação...

 

E no ano passado a categoria inovou com um novo formato de treinos de definição do grid para a corrida... com uma outra corrida! As corridas ‘sprint’ foram realizadas em três oportunidades em 2021 (Silverstone, Monza e Interlagos) e deram pontos aos três primeiros colocados (3 para o 1° colocado, 2 para o 2° e 1 para o 3°).

 

A proposta foi bem recebida e as corridas de classificação foram bem interessantes para o público, foco principal dos promotores, o Grupo Liberty Media. Este ano de 2022 teremos a repetição da fórmula utilizada no ano passado, com três corridas ‘sprint’ (Ímola, Red Bull Ring e Interlagos), com uma nova proposta de pontuação com pontos para os 8 primeiros colocados em pontuação regressiva, com 8 pontos para o primeiro colocado e um ponto a menos até o 8° colocado.

 

Entretanto, está havendo um conflito entre as partes envolvidas em relação ao que pode, deve, vai (ou não) acontecer. As equipes apoiaram por unanimidade uma proposta do detentor dos direitos comerciais da categoria, o Grupo Liberty Media, para realizar seis eventos de sprint no próximo ano na próxima reunião da Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo.

 

A entidade reguladora do esporte emitiu um comunicado de que “estaria avaliando o impacto da proposta em suas operações e pessoal na pista”. Em outras palavras, a FIA quer dinheiro. A Federação Internacional de Automobilismo já recebe cerca de milhões de dólares por ano da Fórmula 1, além de 1 milhão de dólares extra para cada corrida realizada acima de 20, além da receita do Grupo Liberty Media.

 

A postura do atual presidente da entidade, Mohammed ben Sulayem, que irritou a os promotores norte americanos e várias equipes da categoria. Um porta-voz da FIA declarou que o pedido de aumento no volume financeiro a ser transferido não é uma questão puramente financeira, mas se faz necessária para atender um propósito operacional. A nota complementou que, mesmo não sendo uma organização que cria lucros, faz-se necessário ter um volume de recursos adequado.

 

A Federação internacional de Automobilismo permeia que as corridas ‘sprint’ provocaram um impacto significativo na carga de trabalho da equipe, acrescentando que provavelmente se fará necessário um aumento do número de funcionários operacionais em áreas como inspeção técnica, parque fechado e devolução de pneus. Entretanto, apesar de todas estas colocações (que de certa forma tem alguma pertinência) tem sido vista de outra forma.

 

A entidade tem sido acusada por alguns de 'ganância' em meio a atraso na decisão de aumentar o número de sprints para seis na temporada de 2023, alegando que os pedidos financeiros são injustificáveis, contestando as alegações da FIA em relação aos referidos “custos extras significativos” uma vez que a corrida ‘sprint’ ocupa o lugar de um dos treinos livres e, uma vez que não há troca de pneus na corrida ‘print’, mas há trocas nos treinos livres, o que daria mais trabalho ao staff da FIA.

 

Um fator animador para o Grupo Liberty Media e para as equipes foi como o sprint aumentou a audiência da TV e o vê atraente para os fãs mais jovens, o que além de atrair um público que pode ser fidelizado por anos (décadas), este modelo pode atrair patrocinadores independentes e aumentar o fluxo financeiro para as equipes. Atrair investidores é uma prioridade para as equipes após as perdas de receita durante os anos de calendário restrito pela pandemia.

 

A próxima reunião da Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo promete fortes emoções. Talvez alguns dirigentes não estejam felizes em perder espaço na mídia para os verdadeiros artistas: os pilotos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva