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Fórmula 1, Indy, NASCAR, Stock, MotoGP e F-E fazem a festa da velocidade no fim de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 April 2022 08:59

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que tenham se divertido tanto com as diversas competições que aconteceram esse final de semana quanto eu. Infelizmente nem tudo foram flores e trufas de chocolate, mas no geral o saldo acabou sendo positivo se desconsiderarmos o fator “narração” das corridas. Eu tenho uma impressão que próxima terça a sessão de pílulas do Paulo Shrek será longa, pois tivemos coisas dignas da imortal obra de Stanislaw Ponte Preta acontecendo seja na TV aberta, seja na TV por assinatura. Sabe, passar informação correta e ser educado com o espectador que interage via rede social (usando o método repetido a cada 5 minutos pela narração, e exibido no canto da tela) é o mínimo que se espera. Quando o mínimo não á atingido, abre-se espaço para críticas. E se não gosta da interação, arrume outra pessoa para acompanhar as redes... ou simplesmente não abra esse espaço pra interagir. Simples.

 

Bom, comecemos com a Fórmula Furadeira, ops, Fórmula E, que foi para uma rodada dupla em Roma (cidade que enfim conseguiu fazer uma pista legal no Centro Administrativo, pois as primeiras versões eram terríveis) que teve como senhor dominante Mitch Evans, que não tomou conhecimento das pretensões dos adversários e levou as duas corridas, sábado e domingo. Sábado foi acompanhado por Robin Frijns no 2º lugar e por Stoffel Vandoorne em 3º; já no domingo Frijns estava lá de novo, dessa vez em 3º, ao passo que o 2º lugar foi ocupado por Vergne. Quanto aos brasileiros, Sette Câmara fez o que dava com seu horroroso Dragon (15º sábado e 13º domingo) e di Grassi foi um pouco melhor: 11º sábado e 8º domingo.

 

Na noite do sábado a Nascar Cup Series fez sua corrida noturna de Martinsville, felizmente dessa vez com 400 voltas ao invés de 500 voltas. Pode parecer pouco, haja vista que a pista tem meia milha, mas como acho essa pista profundamente aborrecida acabou sendo um bônus. Quem deu as cartas na pista foi a Hendrick: o vencedor dos 2 primeiros estágios, Chase Elliott, liderou 185 voltas e o vencedor da corrida, William Byron (que comemorou bastante a vitória com seus familiares, que foram assistir a corrida lá na pista), liderou 212 voltas. Bom pra vocês? Na relargada da prorrogação Joey Logano até tentou ganhar a liderança, mas não conseguiu se aproximar o suficiente para fazer o previsível bump and go e teve de se contentar com a 2ª posição. Em 3º chegou Austin Dillon, em 4º Ryan Blaney e fechando o Top-5 apareceu Ross Chastain, mais uma vez arrancando um grande desempenho de seu carro.

 

A Fórmula Um representou um desafio para os brasileiros devido ao fuso horário, já que mesmo com as alterações na pista a corrida de Melbourne continuou com poucas emoções. A velha pista de Adelaide propiciava corridas BEM melhores... mas admito que o parque de Melbourne é mais bonito. A boa fase da Ferrari (ou ao menos do carro de Charles Leclerc) continua: pole, liderou a corrida toda, melhor volta e vitória. Dificilmente ele poderia esperar um resultado melhor do que esse. A mesma fortuna não alcançou o carro de Carlos Sainz Jr., que teve dificuldades já na classificação, e no alinhamento para o grid ele notou problema com o volante. Trocaram a peça, mas o funcionamento errático continuou. Na tentativa de se recuperar, quis andar mais que o carro e não terminou a corrida. Leclerc foi acompanhado no pódio por Sérgio Pérez, no carro da Red Bull que não deu problema e conseguiu chegar em 2º, e por um sorridente George Russell, conseguindo seu primeiro pódio na Mercedes e... assumindo a vice liderança do campeonato. Finalmente um desempenho sólido da McLaren, 5º e 6º lugares com Norris e Ricciardo, respectivamente, e sinto-me na obrigação de tirar o chapéu para Alexander Albon: poucas vezes nos últimos anos vi tamanha capacidade de gerenciamento de desgaste de pneus, tanto que fez uma estratégia – digamos assim – ousada e conseguiu marcar um ponto para a Williams. Simplesmente ele parou na última volta disponível para não ser desclassificado por não usar 2 compostos diferentes de pneu na mesma corrida. Realmente arriscado, e realmente admirável o que Albon fez.

 

A Stock Car foi correr no Aeroporto Internacional do Galeão, e... nem sei por onde começar a análise do evento, de tanta coisa que poderia ter sido feita melhor ou com mais atenção. Os resultados da prova são o que menos importa, na verdade. De pneus que não suportaram  abrasividade da pista (afinal, para frear um avião de grande porte não dá pra ter piso liso) a barreira de contenção que ao receber uma batida se desloca pelo menos um metro, passando por entrada dos boxes que teve que ser alterada do dia dos treinos para a corrida (o que indica o quão bem planejada a pista foi), o que o espectador viu foi um evento cuja desorganização espantou. Ainda bem que a corrida de duplas não foi no Galeão, já pensaram os pilotos convidados vendo aquela barreira de contenção que não continha muita coisa? Lembram quando tinha rodada dupla Stock e Truck? Pensem num caminhão batendo naquela barreira... Não, realmente lamentei profundamente o que presenciei na TV. Aliás, um conhecido foi assistir in loco... reclamou muito da visibilidade da pista e dos preços de alimentação lá no evento. Tá certinho (#sqn) o caminho, viu Vicar?

 

O Mundial de Motovelocidade foi correr no Circuito das Américas, pista texana que propicia boas corridas em 4 rodas mas que – definitivamente – deixa a desejar quando a competição é em duas rodas. Felizmente tivemos os pilotos da Ducati brigando entre si na primeira metade da prova e um surpreendente desempenho das Suzuki na segunda metade para entreter o público. Vitória de Enea Bastianini, vitória essa que o finado Fausto Gresini deve ter comemorado muito, mas muito mesmo lá do outro lado. Por falar no falecido, não é de muito bom gosto ficar se referindo à equipe Gresini como “a equipe da viúva”, né Disney? Equipe da Senhora Gresini ficaria mais elegante... em 2º terminou Alex Rins, que nas curvas descontava tudo o que sua Suzuki perdia nas retas para as Ducati, realmente monumental o que ele fez em Austin, e completando o pódio chegou Jack Miller, que fez um belo duelo contra Rins nas últimas voltas mas não teve como segurar a Suzuki magistralmente “tocada” pelo espanhol. Digna de nota a corrida de recuperação de Marc Márquez, que largou mal por conta de problemas eletrônicos no controle de largada mas ainda conseguiu terminar em 6º.à frente da melhor Yamaha (Quartararo, 7º) e da dupla da Pramac, que anda muito, muito bem nos treinos mas volta e meia não consegue repetir o desempenho na corrida.

 

E por último, mas não menos importante, tivemos a corrida da Indycar em Long Beach, talvez a melhor corrida disputada no domingo. Desde lutas acirradas por posição até piloto tentando fazer o retorno após rodar por conta de um toque recebido e indo parar sobre as flores da fonte do golfinho, a corrida de Long Beach foi talvez o ponto alto do final de semana. Vitória ficou com Josef Newgarden, mas por muito pouco Romain Grosjean não teve sua oportunidade de conseguir a primeira vitória na categoria. Grosjean estava realmente rápido nas voltas finais, e poderia fazer um ataque mais consistente numa sequência maior de voltas com bandeira verde. Mas o 2º lugar ficou de ótimo tamanho. Em 3º veio Alex Palou, mais uma vez mostrando consistência e regularidade de piloto veterano. Hélio Castroneves terminou em 9º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.