 Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!
Nesse final de semana tivemos a abertura da temporada 2022 da FIA F4 nos Estados Unidos, com a participação dos pilotos Gabriel Fonseca e Lucas Fecury, companheiros de equipe na Crosslink Kiwi Motorsport. Se não tivemos corrida na Europa, não faltaram pilotos brasileiros nas pistas em testes pré-temporada e intertemporada. Nesta semana que passou tivemos três dias de testes da Fórmula Regional Europeia e também da FIA Fórmula 3 em circuitos diferentes. A Fórmula Regional Europeia foi para Monza, na Itália, onde 37 pilotos treinaram por dois dias, entre eles, os brasileiros Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto, naquela que seria a última rodada de testes antes da abertura do campeonato, em duas semanas, ali mesmo, em Monza. 
As equipes e seus pilotos fizeram programas distintos de testes, com condições de treino e corrida. Eduardo Barrichello conseguiu no primeiro dia o terceiro melhor tempo no geral, chegando a ser o mais rápido em uma das sessões. No segundo dia, terminou entre os 10 primeiros, duas posições à frente de Gabriel Bortoleto, que trabalhou no primeiro dia com o carro voltado para condições de corrida. Dino Beganovic foi o mais rápido considerando todos os tempos. Em Jerez de La Frontera, a FIA Fórmula 3, com o grande intervalo entre a etapa de abertura no Bahrain e a segunda etapa, praticamente um mês depois, em Ímola, na Itália, equipes e pilotos foram para Jerez de La Frontera, na Espanha, tentar colocar em prática aquilo que pretendem aplicar com eficiência na temporada europeia da categoria, que vai ter início agora em abril. 
Os testes envolviam experimentos de velocidade e resistência, com programas distintos e isso mostrou fortes variações nos tempos. Caio Collet ficou apenas com o 17° tempo na sessão da manhã e com o penúltimo tempo na sessão da tarde, sendo, inclusive, o mais lento dos pilotos da MP Motorsport em duas sessões em que tivemos pista levemente molhada. No dia seguinte, o brasileiro foi o 3° Pela manhã e o 12° na sessão da tarde. Os pilotos que vão disputar a Fórmula 4 na Europa estiveram em grande parte na pista em Ímola, na Itália. Ao todo 40 pilotos foram para a pista. Divididos em dois grupos, os pilotos se revezaram na pista ao longo de três dias de testes, encerrados no sábado e os dois brasileiros – Emerson Fittipaldi Jr e Rafael Câmara – estiveram em ação e, ao fim destes dias, o herdeiro do bicampeão mundial de F1 foi o 12° enquanto o piloto pernambucano foi o 14°. 
US FIA Fórmula 4. A abertura do campeonato norte americano da Fórmula 4 se deu nos arredores da cidade de Nova Orleans, uma circuito novo, que não fez parte do campeonato do ano passado, uma pista nova, o que ajuda nosso estreante, Lucas Fecury, mas nos treinos livres da sexta-feira, entre os brasileiros, a experiência pesou e Gabriel Fonseca foi o 6° mais rápido, ficando a 661 milésimos de Ryan Shehan. Lucas Fecury foi o 11°, a 1,5s. Na manhã do sábado aconteceu o treino classificatório. Os horários da programação da categoria, divulgado pelo site oficial, continua um caô geral. Nada nunca está certo. No único do final de semana, uma vez que o regulamento determina para a formação do grid das outras corridas, sendo para corrida 2, o resultado da chegada. Para a corrida 3, a volta mais rápida obtida na corrida anterior. Gabriel Fonseca não conseguiu repetir a mesma performance do treino livre e terminou na P8. Lucas Fecury repetiu a P11 e larga na 6ª fila. 
A corrida 1 da rodada tripla de estreia foi disputada poucas horas depois e, assim como no ano passado, as imagens da corrida não foram disponibilizadas pela categoria, apesar desta informação constar em seu site oficial. O tempo seco e firme permitiria uma corrida sem maiores complicações para os 23 pilotos que levaram seus carros para o grid onde teriam 30 minutos +1 volta de prova. Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Fonseca conseguiu fazer uma largada segura e manteve a sua P8. Lucas Fecury perdeu uma posição na largada e ainda na primeira volta caiu para a P13. O novato estava passando apertos e depois de uma volta muito ruim, caiu para a 17ª posição na volta 4, mesma volta que Gabriel Fonseca subiu para a P7. Um pelotão estava bem formado do P3 ao P8, com as distâncias muito pequenas entre eles. Lucas Fecury começou a se recuperar na volta 6, superando dois adversários e subindo para P15. Estava a uma distância segura do perseguidor mais próximo, mas tina 2,5s de desvantagem para o 14°, mas o ritmo do brasileiro era bom e a diferença caia rápido. Uma bandeira amarela na volta 9 deu uma mexida no cenário, agrupando o pelotão. A bandeira verde veio na volta 11. Os brasileiros conseguiram manter suas posições na relargada. Gabriel Fonseca se saiu melhor, colando no P6, Alex Berg, e escapando um pouco do seu perseguidor direto, Nicholas Rivers. Lucas Fecury veio na balada de Oliver Westing, mas tinha que cuidar de Joe Ostholthoff em seus retrovisores. Rivers se aproximou perigosamente na volta 13 enquanto um pelotão se formou do P12 ao P15. Faltando menos de 2 minutos para o final, Tyke Durst e Lewis Hodgson se tocaram na briga por um lugar no pódio e provocaram a segunda amarela da corrida. Melhor para Gabriel Fonseca, que subiu para 5°. Lugas Fecury também lucrou, indo para a P13. A corrida terminou sob bandeira amarela. 
Na manhã do domingo os pilotos voltaram para a pista com a formação do grid definida pela colocação final da corrida do sábado. Mais uma vez, a promessa de transmissão em um canal do youtube ficou na promessa e precisei contar com a ajuda do nosso amigo Samuel Briggs, nos Estados Unidos, que estava na Fórmula Indy, para ajudar com as informações. Inicialmente, confirmada as posições de largada de Gabriel Fonseca na P5 e Lucas Fecury na P13. Atraso na programação, como sempre, mas com as luzes apagadas, 30 minutos +1 volta para os 23 pilotos na prova, largada sem maiores problemas e os pilotos brasileiros mantiveram suas posições ao final da primeira volta. Na segunda volta, Lucas Fecury subiu pra P12 enquanto Gabriel Fonseca atacava Ryan Shehan pela P4. Mas não demorou a termos a primeira bandeira amarela, provocada por Alex Berg e David Burketh, que logo virou bandeira vermelha e a corrida foi interrompida. 14 minutos para recomeço e os carros voltaram para os pouco mais de 24 minutos de corrida. Lucas Fecury caiu para a P13, superado por Oliver Westling enquanto Gabriel Fonseca perdia sua P5 para Noah Ping, mas Ping avançou rápido e o brasileiro começou a ter problemas, caindo para 7°, superado por Nicholas Rivers. Fecury estava colado em Westling, tentando recuperar a P12. Na metade da prova, Fonseca era o último do pelotão que ia do 5° ao 7° enquanto Fecury estava no pelotão do 8° ao 13°. Na volta 11 Nicholas Rivers teve problema e os brasileiros ganharam uma posição. Gabriel Fonseca estava a 2s de Ryan Shehan e tinha 3s de vantagem para Louka St-Jean, só que estava mais lento que ambos. Lucas Fecury fez uma volta muito ruim e perdeu a P12 para Seth Brown. St-Jean se aproximava rápido enquanto Fecury superava Westling e voltava pra 12°. Na volta 14 St-Jean colou em Gabriel Fonseca. Lucas Fecury atacava Seth Brown pela P11 e conseguiu a posição na volta seguinte, mas estava a 3s da P10 pra marcar seu primeiro ponto. Na volta 16, Louka St-Jean tomou a P6 de Gabriel Fonseca enquanto Lucas Fecury chegava no pelotão que brigava pela P8, mas não conseguiu superar Carl Bennett. Assim, Gabriel Fonseca terminou em 7° e Lucas Fecury em 11°. 
Pouco mais de três horas depois os pilotos estavam de volta à pista para o fechamento da rodada tripla no NOLA. O grid foi definido pelas voltas mais rápidas obtidas na corrida 2. Com isso, Gabriel Fonseca iria largar na P5 e Lucas Fecury na P14. Depois da volta de apresentação os carros alinharam na rta dos boxes e, apagadas as luzes vermelhas, partiram para mais 30 minutos de corrida +1 volta. Surpreendentemente pontuais (finalmente) a largada aconteceu sem maiores problemas, mas os brasileiros perderam posições. Gabriel Fonseca caiu para a P7 e Lucas Fecury para P15 ao final da primeira volta quando veio a intervenção do safety car com 3 carros se envolvendo num enrosco na curva 3. Para não prejudicar a corrida com o trabalho, que seria longo, foi agitada a bandeira vermelha até que a pista estivesse em condições. A bandeira verde veio 10 minutos depois e Gabriel Fonseca perdeu a P7 para Matt Christensen. Lucas Fecury segurou a sua P15 e com os 24 minutos de prova restando, tudo estava em aberto. Na volta seguinte Gabriel Fonseca recuperou a P7, mas na volta seguinte, voltou para P8. O pelotão estava compacto do 5° ao 16° colocado. Numa volta muito ruim, onde colocou rodas fora do traçado, Gabriel Fonseca passou em 12° na abertura da 5ª volta. Na volta seguinte, Lucas Fecury superou Oliver Westling e tomou a P14. Na metade da corrida, na volta 8, enquanto Gabriel Fonseca recuperava uma posição e ia pra P11 enquanto Lucas Fecury perdeu a P14 para Westling e, na volta seguinte, com problemas foi sendo superado até parar, provocando nova bandeira amarela e a volta do safety car. O diretor de provas parou a corrida novamente com bandeira vermelha. Fecury conseguiu fazer o carro se movimentar, mas perdeu duas voltas para o líder. Gabriel Fonseca também teve problemas e parou, abandonando. No retorno da bandeira verde, Fonseca era o 19° e Fecury o 21°. No final, Fecury subiu para 19° com os abandonos de Caceres e Fonseca. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Peço desculpas pela cobertura pobre (ao menos para mim) sobre a FIA F4 USA. O site oficial não colabora, poucas informações, fotos antigas e os pilotos parecem não ter uma assessoria de imprensa realmente comprometida com seus trabalhos. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
