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F2 e F3 abrem a temporada no Bahrain com brasileiros nos pontos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 20 March 2022 19:50

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos as corridas de abertura da temporada da Fórmula 2 e da Fórmula 3 no Bahrain com três brasileiros na pista: Caio Collet na Fórmula 3 e na Fórmula 2, Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi. Mas antes de apagarmos as luzes vermelhas para as quatro corridas no circuito barenita, tivemos mais brasileiros conseguindo destaque.

 

Nos Estados Unidos, Kiko Porto fará dois dias de testes coletivos da Indy PRO2000 no início da próxima semana no Barber Motorsport Park, localizado na cidade de Birmingham, no Alabama. O intervalo entre a primeira corrida, em St. Petersburgo é muito grande e esses servirão como preparação para a próxima etapa do campeonato, que será realizada no mesmo circuito. O Barber Motorsport Park sempre foi um circuito onde o brasileiro se saiu bem.

 

O grande anúncio desta semana foi a entrada do piloto carioca Roberto Faria como um dos jovens pilotos da Academia Sauber. Aos 18 anos, este é um passo decisivo na carreira e que poderá, finalmente, alavancar sua carreira para os campeonatos europeus. No período intertemporada, Roberto Faria chegou a treinar nos testes da Fórmula 3 em Valência, mas sem um maior suporte, ele assinou contrato com a Carlin para fazer mais uma temporada na GB3, a antiga F3 inglesa após anos de ligação com a Fortec.

 

 

O programa da Sauber/Alfa Romeo tem um outro piloto, este em um estágio mais avançado. Trata-se de Theo Pourchaire, promissor piloto francês que venceu corridas em todos os estágios das categorias de base europeias como a F4 (foi campeão francês e alemão), F3 e F2. Além de se juntar à Sauber, Faria assinou com a PR1ME Driver Management, um novo empreendimento liderado pelos ex-pilotos de GP2 Álvaro Parente e Ricardo Teixeira.

 

FIA Fórmula 3

Depois das sessões de treino de inverno, chegou a hora de mostrar a verdade e os 30 pilotos foram para pista na sessão de treinos livres no final da manhã no Bahrain. Nossos olhos estavam voltados para Caio Collet nos 45 minutos de treino livre. Este é um treino para se tentar “encontrar o carro” e como Caio Collet terminou na 17ª posição, não foi algo que ele certamente esperava, principalmente vendo Alexander Smolyar ficar na P9 com um tempo 3 décimos melhor.

 

 

Quatro horas depois os pilotos voltaram para pista e tendo 30 minutos para a definição do grid da corrida do domingo, a corrida longa. Lembrando que as 12 primeiras posições são invertidas para a montagem do grid da corrida rápida no sábado. Com 30 pilotos para tentar a pole position, na abertura do Box para os 30 minutos de classificação tivemos a pista cheia e isso era mais um fator de complicação.

 

No esquema de costume, os pilotos partiram para o primeiro stint e Caio Collet foi muito bem, conseguindo chegar na metade do treino com a P4, mas caiu para 5° quando seu companheiro de equipe, Smolyar, com a pista vazia, marcou o melhor tempo. Com pouco mais de 8 minutos para o fim do treino os pilotos voltaram pra pista, depois daquela conversa com os engenheiros e alguns ajustes e tentar melhorar seus tempos... e todos melhoraram, inclusive o nosso piloto.

 

 

O problema foi melhorar pouco e Caio Collet ficou apenas na P13, num grande prejuízo, sem se beneficiar da inversão do grid e atrás dos dois companheiros de equipe, Alexander Smolyar (P8) e Kush Maini (P3). Em decisão dos comissários pós treino, Kush Maini perdeu os tempos de classificação por não ter parado na balança quando foi ordenado durante a classificação, Só que o regulamento determinou primeiro a inversão e depois as punições. com isso, Caio Collet não ganhou a pole position na corrida do sábado, apenas subiu para a P12.

 

Pouco depois do meio dia no Bahrain os pilotos estavam na pista, com Caio Collet largando na P12 e precisando fazer uma corrida de recuperação para marcar pontos, agora bem mais restritos para a corrida ‘Sprint’, de 20 voltas. Dada a volta de apresentação, os pilotos tomaram suas posições de largada e, apagadas as luzes vermelhas, os pilotos fizeram uma largada surpreendentemente limpa, alguns toques leves, mas ninguém fora da pista.

 

 

Caio Collet largou na parte suja da pista, mas se posiionou por dentro na curva 1 e subiu pra P10, mas fez toda a 1ª volta atacado por Arthur Leclerc e foi superado no final da reta na abertura da 2ª volta. Mas logo em seguida, na disputa pela P9 que envolvia Arthur Leclerc e Gregorie Saucy, o brasileiro recuperou a P10. Do 3º ao 11º logo se formou um pelotão compacto. Gregorie Saucy quebrou a asa frontal tentando passar Victor Martins e ambos foram superados por Collet e Leclerc com Martins tendo um pneu furado.

 

Arthur Leclerc tinha mais ritmo e usou a asa móvel pra tomar a P8 de Caio Collet. Os carros se espalharam mais. Volta 7, um pelotão juntava do P6 ao P9. Collet bloqueado por David Vidales, perdeu contato com Leclerc e só superou o espanhol na volta 9 com a asa aberta, subindo novamente pra P8. Na volta 8 tinha 2s diferença pra Juan Manuel Correa. Caio Collet foi virando volta a volta mais rápido que Correa, mas não podia descuidar do 9º, Kaylen Frederick, que vinha na balada. Na volta 13 os 3 estavam juntos, com menos de 1s entre eles.

 

Na volta 15, Collet passou Correa e tomou a P7, mas estava 4s atrás de Leclerc e depois de passar, não estava abrindo do piloto americano. O brasileiro estava sob ataque na volta 18, mas a briga entre Frederick e Correa aliviou a pressão sobre o Collet e com isso ele passou a mirar na P6, com o baixo rendimento de Zak O’Sullivan. “Faltou 1 volta” para Collet conseguir a P6. Bearman ganhou mais não levou, com uma punição de 5s por exceder limite de pista sucessivamente.

 

A corrida do domingo foi uma hora mais cedo em relação ao sábado. Novamente o brasileiro Caio Collet estava largando na P12. Depois da volta de apresentação os carros alinharam para a largada da “Feature Race”, com 23 voltas – três voltas a mais do que a corrida do sábado, mas ainda sem a obrigação de parada nos boxes para troca de pneus.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Caio Collet novamente tomou uma linha por dentro na curva 1, onde todos passaram bem, mas tivemos confusão na curva 4. Collet evitou uma batida e estava brigando pela P10 quando foi tocado. Para desviar do carro de Maloney, saiu da pista e, na volta, quebrou a suspensão dianteira direita ao pegar a zebra. A corrida acabava para o piloto brasileiro antes dele completar a primeira volta. Ele ainda chegou com o carro aos boxes, mas o abandono era inevitável. Assim, o brasileiro saiu do Bahrain com 4 pontos da P7 no sábado.

 

FIA Fórmula 2

Os Brasileiros Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi chegaram no Bahrain em condições bem distintas. De volta à equipe MP Motorsport, com a alma leve, Felipe Drugovich estava confiante com os resultados obtidos algumas semanas antes na mesma pista, enquanto Enzo Fittipaldi passou as férias de inverno se recuperando do acidente sofrido na Arábia Saudita, retornando à equipe Charouz.

 

 

Isso também se refletiu no final dos 45 minutos do treino livre, com Felipe Drugovich andando sempre entre os primeiros e concluindo o treino marcando a P1. Do outro lado da tabela de tempos, Enzo Fittipaldi, ainda distante da melhor forma, acabou amargando um 21° lugar com os dois carros da equipe charouz mostrando sua fragilidade, terminando nas últimas posições.

 

O treino classificatório de 30 minutos, 6 horas depois foi com condições bem diferentes. Começando pela ausência de sol, que seria a situação da corrida do sábado. Isso pode ter sido a razão do erro de Ayumu Iwasa, que rodou e interrompeu o treino com 1 minuto. Felipe Drugovich deixou todo mundo sair para ter a pista livre no chamado “primeiro stint”. Inicialmente a estratégia funcionou e o brasileiro chegou a marcar a P1 na primeira volta rápida. Enzo Fittipaldi surpreendeu positivamente chegando a ocupar a P10. Muitos pilotos deram 2 voltas rápidas e na metade do treino Drugovich era o P2 e Fittipaldi o P10.

 

 

Quase todos os pilotos voltaram para os boxes na metade do período para aqueles ajustes. Alguns ficaram na pista e entre eles, Jack Doohan da Uni-Virtuosi fez um tempo impressionante. Com 11 minutos para o fim, os pilotos voltaram para pista com Drugovich na P3 e Fittipaldi na P11. Felipe Drugovich errou na sua volta rápida, excedeu o limite da pista e não só não conseguiu melhorar como ficou com a P10, no limite para a inversão do grid, que deu para ele a pole na corrida do sábado. Enzo Fittipaldi melhorou seu tempo, mas como vários melhorara, ele terminou com a P16.

 

Sem luz solar, numa condição que andou muito bem, Felipe Drugovich estava largando na pole para a corrida ‘Sprint’ da categoria, sem parada obrigatória nos boxes para as 23 voltas. Enzo Fittipaldi teria que fazer uma grande corrida de recuperação para conseguir chegar nos pontos e, como é a nova regra, não teria mudanças para o grid de domingo. Pilotos nas posições, apagadas as luzes vermelhas, Drugovich Largou muito mal, caiu pra P6 antes da segunda curva. Fittipaldi largou mal também, caiu para 18°.

 

 

Felipe Drugovich recuperou a P5 sobre Jake Hughes e perdeu a posição duas curvas depois para Theo Pourchaire. Enzo Fittipaldi superou Olli Caldwell e foi pra 17°. Na volta 3, Jake Hughes tocou Marcus Armstrong, tocou o sueco e forçou a entrada do safety car. Uma chance para os brasileiros tentar recuperar na relargada, que aconteceu na abertura da volta 6.

 

Felipe Drugovich relargou bem, tomou a P5 e foi pra cima do Liam Lawson, mas Jack Doohan veio junto e trouxe Juri Vips com ele. Enzo Fittipaldi ganhou duas posições com os abandonos de Theo Pourchaire e Marcus Armstrong e em seguida a do seu companheiro de equipe. Na volta seguinte, subiu pra P13 superando Marino Sato. No final da volta 8 liberaram o DRS, mas Lawson defendia bem demais. Mesmo com asa aberta, a Prema tinha mais velocidade de reta. Enzo Fittipaldi não conseguia se aproximar de Clement Novalak e foi superado por Ayumu Iwasa.

 

 

Sem conseguir passar por Liam Lawson, Jehan Daruvala na P3 foi ficando longe e brigando pela P2 e tomou a posição do alemão. Com o carro parado de Jake Hughes, depois da batida com Novalak, a direção de prova acionou o safety car virtual. Enzo Fittipaldi subiu pra P12. Na bandeira verde Drugovich quase perdeu a posição. Boschung retomou a P2 e agrupou do P2 ao P6. Enzo Fittipaldi segurou a P12.

 

Nas voltas finais Enzo Fittipaldi fez uma grande manobra e superou Roy Nissany enquanto Felipe Drugovich não conseguia se aproximar de Liam Lawson, mas Ralph Boschung foi perdendo rendimento, sendo superado pelo neozelandês e era a chance do brasileiro subir para a quarta posição, mas mesmo com asa aberta, seu carro não conseguia se aproximar dos carros da frente. Assim, Felipe Drugovich terminou na P5, longe de suas expectativas, e Enzo Fittipaldi na P11, mostrando ser mais piloto que o carro.

 

 

A corrida do domingo foi debaixo do sol forte do início da tarde e com o grid definido pelo treino do sábado, onde Felipe Drugovich ficou com a P10 e Enzo Fittipaldi com a P16. A corrida longa, que antigamente era no sábado agora é no domingo e com a parada obrigatória para troca de pneus. Após a volta de apresentação (de todos, menos Dennis Hauger, que ficou parado e foi levado para os boxes), os carros alinharam para as 32 voltas.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich largou bem, mas foi bloqueado na tomada por dentro e ficou no prejuízo, caindo para a P11. Enzo Fittipaldi também não largou bem, caindo para 17°. Drugovich, ainda na primeira volta, foi empurrado pra fora da pista e caiu pra P15. Frederick Vesti ficou atravessado na pista e no completar da 2ª volta tivemos a entrada do safety car.

 

 

A corrida foi retomada na volta 5. Tanto Drugovich quanto Fittipaldi mantiveram suas posições, mas ambos estavam em situação complicada na corrida. Na volta 6 Drugovich passou Jake Hughes e tomou a P14. na volta 8 Caldwell foi para os boxes com uma punição e Drugovich subiu pra P13. Fittipaldi continuava em 17°. A maioria dos pilotos largou com pneus duros, as paradas regulares iriam demorar para começar.

 

Felipe Drugovich foi para os boxes na volta 10, colocou pneus macios e saiu do pelotão onde ninguém passava ninguém, voltando na P19. Na volta seguinte, Enzo Fittipaldi fez o mesmo, voltando na P21. Drugovich subiu pra 18° e estava 23s atrás do 17°. As paradas dos carros da frente começaram na volta 14. Com isso Felipe Drugovich subiu pra P8. Com outros à sua frente parando na volta 15 ele subiu pra P4... e os três à sua frente, ainda não haviam parado. Enzo Fittipaldi era o P15. Só que a corrida estava ainda na metade.

 

 

Drugovich subiu pra P2, mas Theo Pourchaire vinha tirando a diferença e passou o brasileiro, que foi inteligente em não brigar e perder tempo. Liam Lawson na P4 também vinha mais rápido e quando Ayumu Iwasa parar, isso poderia garantir um brasileiro no pódio. Enzo Fittipaldi também aproveitou bem as paradas e subiu para 13° e na volta 19 subiu para 12°, enquanto Drugovich se mantinha 1s à frente de Liam Lawson na P2.

 

Lawson encostou em Drugovich e passou na abertura da volta 22 e o melhor era não brigar para tentar evitar a aproximação de Vuri Vips, o 4° colocado, mas seria uma briga dura. Só o P5, Ralph Boschung, não seria uma real ameaça. Quem começava a pagar o preço pela parada mais cedo era Enzo Fittipaldi, que já caia para 15° na volta 23. Na volta 25 Vips passou Drugovich, com o brasileiro caindo para 4°, podendo se segurar por aí, mas Boschung vinha se aproximando.

 

 

A Briga pela P11 acabou em confusão quando 5 carros estavam na disputa terminou com o toque de Enzo Fittipaldi em Richard Verschoor. O holandês ficou atravessado na curva 1 e o safety car foi pra pista na volta 28. Alguns pilotos foram para os boxes tentar um ‘pulo do gato’ nas voltas finais, mas foram fazendo confusão nos boxes, com carros sendo liberados e perdendo as rodas.

 

Essa agrupada do pelotão, teoricamente, seria ruim para Felipe Drugovich, que tinha pneus mais gastos. Enzo Fittipaldi caiu para 16°, mas certamente receberia uma punição pelo toque em Verschoor. A análise ficou para depois da corrida. A bandeira verde veio na abertura da última volta pelo tempo de corrida e a molecada foi para o tudo ou nada pra 2 voltas sinistras. Drugovich perdeu posições para Boschung e Armstrong. A P6 foi boa no fim, mas o acidente no fim da corrida foi ruim para Felipe Drugovich. De pneus novos, Enzo Fittipaldi escalou o pelotão e terminou na P11, mas com a punição pós corrida, caiu para 14°. Felipe Drugovich vai para Jeddah na 5ª posição no campeonato com 12 pontos. o líder é Theo Pourchaire, com 25 e a corrida já é no próximo final de semana.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 20 March 2022 20:42 )