Desde a minha coluna da semana passada até aqui, aconteceram algumas coisas muito legais e gostaria de dividir com os amigos do Nobres do Grid. No dia 3, em Indianapolis, foi apresentado o troféu da Indy 500, o Borg-Warner Trophy, já com minha quarta face esculpida, ao lado de todos os demais vencedores desde 1911. Já nesta terça-feira, 8, em Daytona, passei a fazer parte do Motorsports Hall of Fame of America, a mais prestigiada homenagem nos Estados Unidos para nomes do automobilismo. Mas antes de falar com mais detalhes sobre essas duas ocasiões, quero prestar homenagens ao Dia Internacional da Mulher. Não seria o que sou sem minha mãe Dona Sandra, minha irmã Kati, minha companheira Adriana e minha filha Mikaella. Voltando ao troféu, o evento foi realizado na sede do governo do estado de Indiana e contou com as presenças do governador Eric J. Holcomb, do presidente da Penske Entertainment Mark Miles, do presidente do Indianapolis Motor Speedway J. Douglas Boles e Michelle Collins, que é diretora de marketing da BorgWarner Inc. Como vocês sabem, meu rosto já estava no troféu em três versões. A primeira retrata um Castroneves mais novinho, com 26 anos. Não teve muita mudança para a segunda escultura, pois tinha 27. Já a terceira mostra um rapaz de 34 anos. Nessa de agora, está lá uma pessoa de 46 anos, mas com a mesma garra, entusiasmo e velocidade daquele jovem de 20 e poucos anos. Mas é interessante como o artista conseguiu captar as marcas do tempo com muita perfeição. Essa ação relativa ao troféu é muito significativa, entretanto, soma-se a diversas outras, pois o vencedor da Indy 500 não é festejado somente no dia da corrida, mas também durante o ano todo, até a disputa do próximo ano, e para além disso, como parte da história do esporte. E por falar em fazer parte da história do esporte, foi uma honra muito grande integrar o Hall da Fama do Automobilismo dos Estados Unidos, em sua 34ª edição. Essa galeria reúne estrelas do passado e do presente, líderes da Indústria do Motorsport e lendas das pistas, de todos os segmentos do automobilismo. Todo ano um grupo é introduzido no Hall da Fama e, nesse ano, muita gente importante fez parte da minha turma. A classe 2022 do Motorsport Hall of Fame of America (MSHFA) incluiu o projetista do Cobra Daytona campeão em 1965, Peter Brock (Sports Cars); a única pessoa na história a vencer os campeonatos da NHRA Top Fuel como piloto e chefe de equipe, Dick LaHaie (Drag Racing); os Davidsons & Harley, fundadores da Harley-Davidson; o construtor da NASCAR Banjo Matthews (Business); a cofundadora da Autoweek Denise McCluggage; Jack Roush, com mais de 300 vitórias na NASCAR, entre outros. O bacana é que os novos membros são apresentados por astros que já fazem parte do Hall da Fama. São os padrinhos dos novatos, digamos assim. E o meu padrinho foi Roger Penske, o que selou com chave de ouro esse momento de muita felicidade. Forte abraço a todos e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, Depois da primeira etapa disputa da IndyCar Series, todos voltaram para as sedes das equipes e, como o Coyote do desenho do Papa-Léguas sentaram em frente à prancheta para elaborar um novo plano para a etapa seguinte. Mas não foram apenas as equipes que voltaram às pranchetas. A direção da categoria precisou tomar uma decisão indesejada, mas necessária: a introdução dos motores híbridos está sendo adiada de 2023 para 2024. A decisão ocorreu após mais de um ano de atrasos nos sistemas de recuperação de energia (ERS) e outros componentes críticos afetados pelos desafios globais da cadeia de suprimentos. Enfrentando a incerteza de quando esses problemas de fornecimento serão resolvidos, foi tomada a decisão de empurrar os novos e mais potentes motores de combustão interna 2.4 biturbo V6 da Chevrolet e Honda – e as unidades ERS construídas pela MAHLE da Alemanha – adiando a introdução dos novos propulsores em um ano para dar a todas as partes tempo suficiente para se preparar o suficiente para a estreia em 2024. Impactados por problemas na cadeia de suprimentos que poderiam limitar sua capacidade de apoiar totalmente a crescente lista de inscritos da IndyCar se a data de lançamento original de 2023 fosse mantida. As construtoras de motores não tiveram outra opção. A chamada para anunciar o atraso nesta fase inicial da temporada também é motivada pela necessidade de ambas as marcas continuarem apoiando os motores de 2,2 litros, que estavam programados para serem aposentados após a última corrida do ano em setembro. Com o adiamento de um ano, a Chevy e a Honda continuarão fornecendo os atuais motores V6 biturbo de 2,2 litros em 2023. Este adiamento não foi uma decisão e nem será uma operação simples. Ao lidar com prazos de fabricação estendidos – seis meses ou mais em alguns casos – para peças-chave de motores de 2,2 litros, a Chevy e a Honda chegaram a um ponto sem retorno ao encomendar materiais e comissionar a produção para manter os motores existentes em jogo para pós-venda. -temporada de testes e o campeonato de 2023. Ao transferir a maior parte da produção de motores de 2,4 litros para uma data posterior e encaixar a continuação dos motores de 2,2 litros no cronograma, a série e seus fabricantes garantiram sua capacidade de apoiar o paddock com motores sem ter que se preocupar com qualquer ERS ou atrasos relacionados que possam ocorrer antes da chegada da temporada de 2024. Apesar dos atrasos contínuos com o resto das novas tecnologias, Chevy e Honda estavam preparados para iniciar o processo de teste de pista esta semana na Flórida com seus novos motores de 2,4 litros. No entanto, uma decisão foi tomada pela IndyCar para cancelar o teste depois que mais atrasos de componentes prejudicaram a partida de 2 a 3 de março; a maioria das datas originais listadas no calendário de testes de 2,4 litros também foram removidas. A chegada mais cedo para unidades de protótipo ERS e transmissões de protótipos com especificações de 2023 foi transferida para junho e, após inúmeras datas de entrega perdidas no passado, o potencial de mais atrasos coloca o lançamento de 2023 em imenso risco. Com o atraso oficial em andamento, acredita-se que a IndyCar delineou pelo menos quatro oportunidades de teste para os fabricantes usarem este ano; uma data limite para esses testes é considerada um tópico para discussão futura. A Chevy e a Honda vão avançar com testes de pista de 2,4 litros apenas com motor de 30 a 31 de março em Sebring e apresentar unidades ERS, transmissões e caixas de câmbio novas e mais leves e outros itens críticos à medida que começam a chegar ao longo do ano. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |