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Resgate da decisão da Turismo Nacional em Interlagos... e o buraco! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 21 February 2022 22:30

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana não teve corridas no calendário nacional, mas em um evento de calendário regional aconteceu uma parada de repercussão internacional e que, com certeza, já correu o mundo, inclusive com fotos e vídeos.

 

Estava rolando um final de semana de corridas no maior autódromo do país, Interlagos, quando de repente, não mais que de repente, uma daquelas cenas que acontecem em nossas cidades aconteceu no traçado, mais especificamente na curva do laranjinha.

 

O asfalto cedeu e um buraco surgiu entre as corridas. A competição foi, logicamente, interrompida e foram investigar o tal do buraco... e era um buraco em que a parte visível no asfalto era como a ponta de um iceberg. As fotos que mandaram pra mim (é galera, eu tenho meus “espiões” em Interlagos) mostraram que o buraco é gigante, profundo e vai requerer um trabalho de recuperação bem diferente do que fazem nas nossas ruas e avenidas, mesmo sendo o buraco fora da linha natural do traçado não tem como se fazer corridas enquanto não for feito o reparo e o reparo tem que ser correto, porque certamente, sendo um autódromo com homologação FIA, pista para a Fórmula 1, a FIA vai acompanhar essa obra de perto para que eles considerem o serviço adequado.

 

 Graças ao site Nobres do Grid, essa imagem vai correr o mundo. Sim, isso é Interlagos, curva do laranjinha (reprodução: youtube)

 

Mas como o Brasil é o país das coisas inacreditavelmente inacreditáveis, os organizadores das corridas em Interlagos neste final de semana trataram de “dar um jeitinho”. Afinal, “o show não pode parar”, né? E na casa de mãe Joana, no país do jeitinho, fizeram o mesmo que costumam fazer como fazem os governos e prefeituras incompetentes: coloca uns cones, uns obstáculos e libera o trecho para o tráfego com estreitamento da pista. Só faltou um galho de árvore enfiado no buraco! Mas esse é o Brasil e pimenta no buraco alheio é refresco.

 

Uma vez que Interlagos está no centro das atenções, a gente vai falar de como foi a decisão da temporada 2021 da mais importante categoria do automobilismo brasileiro: a Turismo Nacional! As três categorias chegaram em Interlagos com a disputa aberta e com uma pista mais longa, mais larga e mais desafiadora, era garantia de boas brigas nas corridas que aconteceram no sábado e no domingo.

 

Com 8 corridas no final de semana, a Turismo nacional conheceu (na teoria) em fevereiro os campeões de 2022 (reprodução: youtube) 

 

Mesmo nas categorias com maior diferença entre o líder e os principais perseguidores nada está definido. Com a pontuação dobrada nas quatro corridas da etapa, a disputa permanece aberta. Na Super, Gustavo Magnabosco (VW Gol) chegou para a etapa final com 345 pontos, seguido por Wanderson Freitas (VW Gol), com 275 e Luiz Carlos Ribeiro (Toyota Etios), com 272. Com 250 pontos em jogo, tudo poderia acontecer. Na Classe A, Vítor Perillo (Chevrolet Onix) chegou com uma vantagem mais tranquila, liderando com 384 pontos; 103 a mais do que Gustavo dal Pizzol (Chevrolet Onix). O terceiro era Petter ‘Tubarão’ Gottschalk (VW Up/Paioli) é o terceiro, com 265. Na Classe B a coisa chegou mais equilibrada, com Glauco Tavares (Fiat Mobi) somando 341 pontos, apenas seis a mais que Rafa Colombari (Ford Ka). O pernambucano Dorivaldo Gondra Jr. (VW Up), que dominou a etapa anterior, tinha 311. Entre os tiozões da Classe Sênior, a disputa estava entre André Jacob (VW Up), com 234 pontos, e Miguel Laste (Ford Ka), com 201. Rogério Cruzeiro era o terceiro (Ford Ka) com 172. Importante: essas pontuações não levaram em conta os descartes.

 

Cada categoria disputou quatro corridas, com as Classes A e B largando juntas e a Super, os Tarja Preta como fala a divindade da narração, o Filho do Deus do Egito, que mais uma vez contou com a igualmente divina participação nos comentários e nas entrevistas de pista com o Enviado de Cristo. No sábado tivemos três corridas (duas das Classes A e B) e uma da Classe Super. As outras 5 corridas foram disputadas no domingo, antes e depois da corrida de duplas da Stock Car. Pra não fazer textão, extrema recomendação da minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, vou fazer um resumo das etapas quase no estilo das colunas de kart do Boneco de Olinda, que eu traduzo para o português.

 

A categoria Super teve um grid pequeno, mas as emoções foram gigantes. Corridas sensacionais (reprodução: youtube) 

 

Não bastassem as disputas – espetaculares – que a melhor categoria do nosso automobilismo proporciona, tivemos também os dramas. Ah, os dramas... e o primeiro dos dramas aconteceu logo na primeira corrida das classes A e B, quando na relargada depois do Safety Car, Rodrigo Raimundo raspou a proteção no “S” da Sadia e no “S” original tivemos um enrosco entre Gustavo Dall Pizzol, Guilherme Sirtoli, Roberto Bonatto e Victor Perillo. O resultado de pista da Classe A foi mudado pelos ‘comissacos’, com Gustavo Dall Pizzol sendo desclassificado. Na última volta, o líder da classe B, Rafael Colombari bateu forte na curva do café, levou com ele William Perillo e a vitória caiu no colo de Mathias de Valle recebeu a vitória no colo, seguido por Glauco Tavares e Dorivaldo Gondra Jr. Mathias de Valle voltou a vencer na corrida 2 e pontuou bem na corrida 3 com a P2, mas acabou sem pontuar na última das quatro corridas.

 

Na Classe A por pouco o carro de Nilton Rossoni não venceu as 4 corridas. Nas duas primeiras, com Fabrício Lançone, o gol azul voou em interlagos, assim como na corrida 3, quando Nilton Rossoni assumiu para as duas últimas corridas, mesmo com as inversões de grid o obrigando a largar “no meio da confusão” Apenas na última corrida ele acabou fora da disputa, com a vitória ficando para Davi Dall Pizol.

 

 Dois acidentes praticamente definiram campeões. Acima, o da Super, tirando os adversários de Magnabosco (reprodução: youtube).

 

Na Classe Super, Gustavo Magnabosco teve aquela chamada “sorte de campeão” em Interlagos. O catarinense veio fazendo tudo certo nas duas primeiras corridas, mesmo com 50 Kg extras por ser o líder do campeonato, veio se colocando entre os 5 primeiros, mas piloto não foge de uma disputa e na corrida 2 ele se envolveu numa confusão que o jogou para o fim do pelotão. E aí entrou a sorte: um acidente envolvendo Luis Carlos Ribeiro e Wanderson Freitas, os perseguidores mais próximos, colocou Magnabosco na P8 e largando na primeira fila no grid invertido da corrida 3. Com a vitória nessa corrida, ele conquistou – na pista – o título.

 

 A chegada da categoria Super na corrida 3, com os três primeiros separados por 1,2s. Vitoria de Magnabosco (reprodução: youtube).

 

Infelizmente – mais uma vez – um dos campeonatos da Turismo Nacional vai ser decidido no tribunal. Além disso, a própria categoria não divulgou (oficialmente. Publicação em rede social não conta pra quem faz jornalismo sério) ainda os resultados finais de 2021, que só terminou em 2022 e que ainda vão ter decisões se arrastando em tribunais com recursos sobre recursos. Na pista, os campeões foram Gustavo Magnabosco na Super, Victor Perillo, apesar de ficar fora da corrida 4, na categoria A e Glauco Tavares na categoria B. Na Sênior, o campeão foi André Jacob. Para que gosta de corridas, esta é a pior das situações e, para piorar, o site oficial da categoria é uma piada (O adjetivo não era bem esse...). Desatualizado, mal diagramado... deviam deixar o Enviado de Cristo cuidar do site. Ele faz as matérias de pista. Ele faz os comentários das corridas. Com certeza vai fazer um bom trabalho se entregarem essa tarefa pra ele. Se liga nas paradas, promotor!

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Depois de dois meses enxugando gelo (A expressão não era bem essa...) a Dona FIA fez aquilo que já deveria ter feito: degolou o diretor de provas da Fórmula 1. Era algo que não tinha como não acontecer.

- Ainda sobre a troca do diretor de corridas da Fórmula 1, meu protesto contra o dono da pizzaria do bairro da Glória, D. Giovanni, que foi um fraco na política de bastidores na FIA e não conseguiu fazer com que ele, o PIROCA (Esse é o sobrenome do diretor de provas da Stock Car), fosse sequer cogitado.

- Depois de ler muita bobagem (A advérbio não era bem esse...) na internet por dois meses, aconteceu “o que não iria acontecer” – o Neguin vai disputar (pelo menos) mais uma temporada da F1. Chora Gargamel!

- A NASCAR mudou de casa! Saiu dos canais do Pateta e foi para a Band, que está investindo pesado no automobilismo. Quando li a novidade, senti um calafrio na espinha só de pensar em ou vir um “lá vão eles...” na narração. Pela graça do bom Deus, contrataram o simpático Kojak Carioca, ícone do falecido Canal Speed, para ser o narrador. Só não entendo porque não contrataram o Chorão para reeditar a dupla. No lugar dele, estão uma figura nova e uma conhecida. Lipe Paiga (ainda vou arranjar um apelido legal pra você) tem um programa sobre carros com a Musa Michelle ‘Ai Jesus’ na TV por assinatura. O outro foi o Prosdócimo.

- A narração da Daytona 500 poderia ser melhor se os comentaristas soubessem mais sobre o assunto. Para o novato eu reservo uma “cota de paciência” de 10 etapas. Para o Prosdócimo, é zero! Já no segundo seguimento eu mandei um “Meu Jesus Cristo” (A expressão com três palavras não era bem essa...) que foi ouvido num raio de 5 Km. Prosdócimo, eu sei quem é teu sogro. Com padrinho assim, até eu comento na TV.

- Vou sentir falta do Barbicha e do Edgar. O Barbicha manda bem nas transmissões e vai mandar bem na Indy. O Edgar é aquela coisa... ele diverte a gente! Na Indy eles vão ter a companhia do Christian Fittipaldi (torço muito para que dê certo como comentarista) e do Victor Martins, que trabalha no site Grande Pulhas (O advérbio não era bem esse...) daquele anão de circo comunista.

- Confesso que vou ficar dividido na Indy. Gosto da dupla Baby Johnson / Taquara Rachada. Vou revezar por etapas e depois definir quem acompanharei na segunda metade da temporada.

- Por falar em narradores, alguém tem notícias do Tala Larga? Aquele que narrava a Stock no canal globêstico (A segunda vogal não era bem essa...)?

- Por falar em canal globêstico (A segunda vogal não era bem essa...) eles transmitiram nessas últimas semanas as olimpíadas de inverno e eu assisti algumas coisas (sempre gostei de programas de humor) e uma narradora de futebol fo escalada para narrar os jogos de curling. Era uma gargalhada a cada vez que ela chamava a pedra de bola... e foram muitas gargalhadas!

- Porca Miséria... estragaram as paradas nos boxes da NASCAR!

- Para os colegas da “mídia especializada” comemorar: minha coluna da semana passada sobre a corrida de duplas da Stock Car teve mais de 40 mil acessos...

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

    
Last Updated ( Tuesday, 22 February 2022 10:30 )