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A hora de George Russell ser grande PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 09 February 2022 14:34

Olá fãs do esporte a motor,

 

Não acredito que exista um fã de esporte a motor que não esteja ansioso pelo início desta temporada 2022 da Fórmula 1 depois de todas as mudanças que os carros sofreram, com a mudança dos pneus de 13 para 18 polegadas e com a Mercedes mordida pelo final da corrida em Abu Dhabi.

 

Não é pela falta de corridas que meus pacientes deixam de fazer suas sessões e neste início de fevereiro vou reunir o que posso falar (lembrem-se, só posso falar o que os pacientes autorizam) das últimas sessões que tive com esse verdadeiro Lorde inglês: George Russell.

 

Depois de três anos pilotando para a Williams, numa posição negociada pela Mercedes, George Russell vai assumir um cockpit da equipe alemã em tempo integral para a temporada de 2022, como companheiro de time do heptacampeão mundial Lewis Hamilton. A promoção de Russell vem depois de cinco anos com o programa de jovens pilotos da Mercedes, que o viu ganhar títulos na antiga GP3 e na Fórmula 2 antes de se chegar na F1.

 

 O sorriso largo na face de George Russell traduz qualquer declaração que ele possa dar: é a imagem da felicidade.

 

George está transpirando felicidade, aquela do tipo: ‘finalmente meu momento chegou’! Ele sabe que sua vida dentro da categoria mudará drasticamente, não apenas com os compromissos dentro da pista, nos boxes e na fábrica, na relação com Toto Wolff e com seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton (muitas das coisas que sei não posso falar pelo compromisso de confidencialidade terapeuta/paciente).

 

 Além do desafio de estar em uma das principais equipes da categoria, ele terá como companheiro o ídolo Lewis Hamilton.

 

A vida de um piloto de fórmula 1 não se limita as atividades técnicas e esportivas. Tem também um conjunto de atividades extras, especialmente na área de marketing e os pilotos são as “estrelas” nesses eventos (até onde sei alguns, como Nelson Piquet, por exemplo, detestavam essa parte do trabalho), que precisam ser bem articulados com as atividades dos pilotos no desenvolvimento do carro. George só conseguiu duas semanas de folga entre o natal e o ano novo e já está trabalhando intensamente com os engenheiro da equipe no carro deste ano.

 

Olhando em seus olhos, o indisfarçável brilho de quem está realizando um sonho ao se tornar titular da equipe. É a grande oportunidade que ele, campeão nas categorias de acesso à Fórmula 1, terá estando agora em uma equipe de ponta. Mas ele lembra bem de sua corrida no Grande Prêmio de Sakhir de 2020, substituindo Hamilton depois que o então campeão mundial testou positivo para o COVID-19. Ele se classificou em segundo e liderou a maior parte da corrida, ultrapassando Valttery Bottas duas vezes na pista e possivelmente venceria a corrida não fosse um inacreditável erro da equipe nos boxes, com uma troca de pneus indevida (colocaram em seu carro os pneus do carro de Bottas).

 

 Em 2020 George Russell teve uma chance na Mercedes e mostrou que era capaz de vencer uma corrida pela equipe.

 

Quanto a ter que dividir espaço com o heptacampeão mundial e compatriota, Lewis Hamilton, George tem sido ‘britanicamente polido’. Ele não esconde a admiração que tem por Lewis (nem teria como) e nem a vontade de superá-lo, mas acredita que não pode simplesmente sair acelerando como se não houvesse amanhã. Afinal, o conhecimento de Lewis para desenvolver melhor este novo carro e construir as bases para os próximos anos é um trabalho fundamental e, neste momento, afinidade e sintonia são os pontos mais importantes.

 

Apesar de todo esse processo de chegada e adaptação à equipe, agora como piloto titular, não é possível – nem para George e nem para o mais desinteressado dos britânicos – não enxergar nele o piloto que irá liderar a equipe na “era pós-Hamilton” (é bom lembrar que o contrato de Lewis termina no final do ano). Estará George Russell pronto para enfrentar este desafio? Esta pergunta já tem um eco suficientemente forte na mídia e no paddock – mesmo este momentaneamente vazio – e ganhará intensidade a partir da ida dos carros para a pista, ainda na pré-temporada.

 

Olhos bem abertos e foco no futuro. George Russell terá que mostrar a que veio na Fórmula 1 e chegou a hora de fazer isso. 

 

Como sua terapeuta há pouco mais de dois anos, não tenho medo em afirmar que George está pronto para escrever com grandes letras esta nova página na história de sua vida no automobilismo.

 

Beijos do meu divã,

 

Catarina Soares 
Last Updated ( Friday, 18 February 2022 10:22 )