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Coleção de anéis e relógios / O Pato está certo: Mais respeito com a IndyCar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 03 February 2022 16:35

Olá amigos, tudo bem?

 

Hoje eu estou aqui na Suécia, onde neste final de semana participarei mais uma vez da Race of Champions. Na semana que vem vou contar em detalhes para vocês tudo o que ocorre por aqui. Já posso adiantar que o lugar é lindo, mas tem neve por todos os cantos. Um frio de danar!

 

Mas hoje, como não poderia deixar de ser, quero falar de um dos principais momentos da minha carreira, que foi vencer pela segunda vez consecutiva a Rolex 24 at Daytona. Um ano depois de estrear como vencedor dessa prova mundialmente famosa pela Wayne Taylor Racing, fui abençoado com a chance de repetir a dose, agora pela Meyer Shank Racing.

 

Muita gente veio comentar comigo meu gesto de abraçar, antes ainda do pódio, o Wayne e seu filho Ricky Taylor, piloto maravilhoso que lutou pela vitória até o último instante, concluindo a prova em 2º lugar. 

 

 

A verdade é que, nos últimos anos, aprendi a admirar e a respeitar demais toda a família Taylor. É uma alegria imensa tê-los todos como queridos amigos, amizade essa que foi sendo construída ainda nos tempos da Penske no IMSA. 

 

Ricky e eu formamos a dupla do Acura ARX-05 DPi #7 do Team Penske e foi uma parceria muito firme, dentro e fora das pistas. Trabalhamos muito e conseguimos conquistar, juntos, o título de 2020, juntamente o último dessa fase da Penske na categoria. 

 

Apesar de ser um adversário, o lado pai sempre falou muito forte para o Wayne, tanto que ele sempre foi um dos primeiros a cumprimentar a gente quando Ricky e eu vencíamos. Se aparecesse um marciano naquela hora, não ia entender nada: “Como que esse cara de azul está festejando a vitória do pessoal de branco, que acabou de derrotar a equipe dele?”

 

Sabe o que é, seu marciano, é que automobilismo é família, paixão, emoção, sacrifícios, reconhecimento, celebração e muito mais. E dessa vez, fiz o que meu coração mandou. Fui lá e dei o meu melhor abraço para pai e filho, meus queridos amigos.

 

 

E por falar em queridos amigos, o que a equipe Meyer Shank Racing fez nessa corrida não foi fácil. Cada membro do time, independentemente da função, trabalhou muito além da eficiência. Mas aí o tal marciano pode perguntar: “Mas, Castroneves, a equipe não faz isso sempre?”. A resposta é sim, mas há ocasiões em isso só não basta, precisa de um algo mais, um negócio a mais que vem de dentro, meio parecido com fé, amor, devoção ou tudo isso junto. Uma espécie de força extra que só pode surgir do fundo do coração.

 

Acho que estou me enrolando nessa tentativa de explicar, mas a verdade é que a felicidade de subir no alambrado foi redobrada porque a equipe toda veio junto, numa onde de alegria que acho que só Deus explica. 

 

Foi a segunda vitória também para Mike Shank, que já havia vencido em 2012 com um timaço formado pelo Oswaldinho Negri, John Pew, AJ Allmendinger e o saudoso Justin Wilson. Naquela época, o Jim Meyer ainda não estava no time.

 

Sobre a corrida, nossa estratégia foi perfeita durante as 24 horas e nem um furo de pneu conseguiu tirar a vitória da gente. Se a gente olhar, cada um dos quatro pilotos temos características diferentes e, numa prova de Endurance, uma vitória é resultado de uma somatória de esforços. Foram fantásticos o Tom Bomqvist, Oliver Jarvis e o Simon Pagenaud.

 

 

O Tom e o Oliver serão os titulares no programa da MSR no IMSA, enquanto eu e o Simon estaremos full time na IndyCar. A gente só vai se juntar nas provas longas, como essa, quando o time precisar de mais pilotos. Acho que esse primeiro ajuntamento deu muito certo. Vamos fazer de tudo para repetir a dose nas próximas.

 

Tem gente brincando comigo, dizendo que abandonei minha coleção de anéis para começar outra, de relógios. Nada disso, quem disse que não posso colecionar anéis e relógios ao mesmo tempo, né?

 

Obrigado pela torcida, forte abraço a todos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Poder dividir (na verdade, ganhar uma pontinha) na coluna do grande Helio Castroneves é uma honra e depois e uma vitória sensacional como a deste último domingo, maior ainda. É claro que esse foi o tema de sua coluna e para os brasileiros, a festa foi em dobro com a vitória de Felipe Fraga nos carros da Turismo.

 

Muitos pilotos da IndyCar estavam envolvidos na disputa e não apenas os experientes Helio Castroneves e Simon Pagenaud, mas também os jovens como Colton Herta, Pato O’Ward, que são destaques na categoria e com o campeão Alex Palou mostram que a categoria tem um grande nível... mas este não parece ser o entendimento da FIA, o órgão mundial do automobilismo que dá acesso (ou não) à Fórmula 1.

 

Colton Herta chegou bem perto de se tornar um piloto de Fórmula 1 nesta temporada até que a tentativa de aquisição da Sauber pela Andretti fracassou, mas é um nome que foi colocado no radar de pessoas importantes no mundo das corridas. Enquanto ele era um nome familiar nos EUA, Colton Herta não estava recebendo a atenção que merecia na Europa até aquele momento.

 

 

Por seu lado, Pato O’Ward, piloto da McLaren, recebeu como “prêmio” testar o carro da equipe de Fórmula 1 em Yas Marina e saiu-se muito bem, em recente entrevista a um portal especializado na Fórmula 1 não escondeu suas críticas ao sistema de pontos da superlicença, que exige 40 pontos em três anos para um piloto poder assumir um carro da categoria, mas que não considera a Fórmula Indy no platamar que a categoria deveria ter (no seu entendimento), com menos pontos que os pilotos da Fórmula 2.

 

A reclamação do piloto mexicano faz sentido. O'Ward ganhou 10 pontos para sua supelicença com o final do campeonato de 2021 pelo 4º lugar na classificação. Em comparação com cada piloto que termina entre os três primeiros na Fórmula 2 recebendo 40 pontos cada e o 4° colocado da Fórmula 2 recebe 30 pontos. O vencedor do título da IndyCar recebe 40 pontos, mas há uma queda mais significativa à medida que as posições seguintes, com 10 pontos a menos à cada posição até o 4° colocado. Acredito que não seja apenas Pato O’Ward que contesta esta relação de pontos.

 

 

Com a conquista do título no ano passado, Alex Palou tornou-se elegível a assumir o volante de um carro da categoria mundial de monopostos. Espanhol como Fernando Alonso e Carlos Sainz Jr., seu nome não é comentado de nenhuma forma como um potencial piloto para a categoria, apesar de sua incontestável performance, inclusive conseguindo derrotar Colton Herta e Pato O’Ward.

 

Em 2022 teremos duas corridas da Fórmula 1 nos Estados Unidos e há um plano para termos uma terceira, em Indianápolis. Ter pilotos norte americanos (apesar de Pato O’Ward ser mexicano), como Colton Herta – potencialmente – Kyle Kirkwood – em equipes competitivas é algo que a Fórmula 1 só tem a ganhar.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.