Olá, pessoal! Nesta quinta-feira, 20, já estarei em Daytona para o Roar Before at Daytona 24, que é o treino coletivo de três dias – sexta, sábado edomingo – para a abertura do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, que será nos dias 28 e 29 de janeiro com a Rolex 24 at Daytona, a prova mais importante do calendário. Eu já falei um pouco sobre essa atividade aqui, mas resumidamente ela mudou ao longo dos anos. Antigamente, o Roar era realizado no primeiro final de semana de janeiro. Ou seja, era praticamente do réveillon para a pista. De uns tempos para cá, por uma questão de estratégia e custos, passou a ser programado no final de semana anterior ao da prova. Assim, acabou aquele vai-volta que marcava o formato anterior, além de permitir um trabalho mais minucioso nas garagens. O problema é quando há algum acidente, jáque, dependendo do estrago, o trabalho de reconstrução nem sempre acontece coma velocidade que a programação exige. Solução? Não estrague o carro. Simples, né? Além disso, o Roar ganhou importância porque agora define o grid de largada para a prova de 24 horas. Então, além do treino em si, você tem de cuidar de todos os aspectos, como se fosse uma corrida. E, de fato, é uma corrida sprint. A equipe Meyer Shank Racing está iniciando essa jornada de maneira muito positiva. Fizemos a lição de casa direitinho, nos debruçando sobre aspectos técnicos e de estratégia. Isso significa que, ao chegar na pista, todo mundo já sabe o que fazer e como se portar em cada situação, pois foram criadas soluções para cada circunstância. Sei que, falando assim, parece óbvio que o time tem de fazer isso, mas se já são tão variadas as circunstâncias em uma corrida normal, imagine numa de 24 horas. É um trabalho para se antecipar aos problemas e ter as soluções antes mesmo que eles aconteçam. Outra coisa super legal é que o time todo está animado, trabalhando com alegria e muita disposição, apesar do frio que está em Ohio, onde fica a sede da equipe. Mas quando digo frio é frio mesmo, coisa de um monte de graus negativos e neve para todos os lados. Mas antes de entrar de cabeça na programação de Daytona, estive em Indianapolis na segunda-feira para participar o dia todo da programação oficial da IndyCar. Trata-se de sessões de fotos e gravações para uso durante o ano todo. Só passando uma maratona dessa é que a gente percebe como deve ser dura a vida de quem faz novela, séries e filmes de longa-metragem. Praticamente todas aquelas vinhetas e programas especiais são gravados num dia só. Tudo isso, obviamente, vai fazer parte dos pacotes de media e peças promocionais que a categoria produz internamente, pois a IndyCar tem uma estrutura gigante de produção e comunicação para realizar todo esse trabalho. Esse é um lado legal que o fã quase não conhece. Tive de levar na bagagem meus quatro anéis de Indianápolis para a sessão de fotos. Vou ser honesto com vocês, fico até nervoso quando tenho de fazer isso. O anel que uso não sai do meu dedo para quase nada, mas os outros têm de ficar guardadinhos, bonitinhos, em segurança. Nada de ficar passeando! É isso, amigos. Forte abraço e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A expectativa pela volta das corridas nos Estados Unidos está voltada para as 24 Horas de Daytona, onde boa parte dos pilotos da IndyCar Series estarão fazendo parte das equipes e alguns deles já conquistaram vitórias na icônica corrida de longa duração. Uma vez que estamos entrando na reta final de preparativos para o início da temporada 2022 a organização da categoria vem trabalhando sobre os pontos vistos e outros projetados para fazer as corridas serem melhores e mais competitivas. A disputa de qualquer corrida começa pelos treinos e pela definição do grid nos dias que antecedem o agitar das bandeiras verdes. No final da temporada 2021, havia uma possibilidade de crescimento do grid regular das corridas para até 30 carros. Essa perspectiva não se concretizou, apesar de ter havido um aumento do número de inscritos. Essa possibilidade levou as cabeças pensantes da IRL a estudar alterações no formato dos treinos. Após os estudos feitos, ficou decidido que não serão feitas – inicialmente – alterações no formato dos treinos da categoria. Com um grid em tempo integral esperado para de 25 carros (Exceto nas 500 Milhas de Indianápolis) ao invés dos 26-28 que pareciam possíveis, a preocupação de acontecer “engarrafamentos” na pista e nos pits se dissipou. Em todo caso, em alguns eventos, poderão acontecer entradas extras podem levar o grid para 28 ou mais carros, mas essas instâncias selecionadas foram consideradas insuficientes para garantir uma revisão do processo de qualificação familiar que equipes, pilotos e fãs conheceram. O atual sistema tem 75 minutos para todas as sessões de treinos de mata-mata e o tempo entre essas sessões vai continuar o mesmo... mais ou menos. O CEO Jay Frye e o diretor de corrida Kyle Novak ainda analisam possibilidades para fazer modificações no procedimento de qualificação de várias etapas que pode ser ratificado antes do Grande Prêmio de São Petersburgo. O desafio que tem sido discutido é garantir que os 75 minutos de treino, que eles consideram um tempo efetivamente suficiente. O desafio passa por tentar evitar as interrupções, especialmente com bandeiras vermelhas, que tiram um tempo precioso nas sessões de treino. Embora o plano aguarde a confirmação final sobre se será implementado em algumas ou todas as corridas do calendário (exceto a Indy 500), a mudança envolve uma abordagem de bom senso que merece uma tentativa nas rodadas de abertura. O plano é aumentar o tempo dos treinos para 60 minutos e isso será a “janela” para um treino originalmente marcado para tem 45 minutos. Esses 15 minutos de “crédito” pode ser usado ou não, dependendo da necessidade e das intercorrências. O processo funciona assim: Os treinos terão “janelas” de 60 minutos para uma prática de 45 minutos. Então, havendo uma bandeira vermelha de oito minutos, digamos, esses oito minutos serão acrescidos para se obter os 45 minutos do treino. É como a F1 faz, parando a contagem regressiva nos treinos oficiais. A idéia inicial é essa e, caso não seja necessário usar esses 15 minutos do “banco de horas”, dar um intervalo para pilotos e equipes. O plano inclui, principalmente, os circuitos de rua e mistos. É a IndyCar se mexendo para ficar cada vez melhor! Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |