Oi, pessoal, tudo bem? O ano começou e, com ele, as atividades de pista. Na segunda-feira passada, eu e meu novo companheiro de equipe, o Simon Pagenaud, fomos para Sebring fazer o primeiro teste do ano com o carro de IndyCar na Meyer Shank Racing. Foi um dia inteiro de trabalho, que só não foi mais produtivo porque tivemos um probleminha de freio e choveu no final da tarde. De todo modo, foi possível testar algumas coisas importantes e, principalmente, definir alguns pacotes técnicos que vamos usar durante o ano. Quando digo que o Simon é meu “novo companheiro de equipe”, obviamente que estou falando da parceria com o Jim Meyer e o Mike Shank. Esse ano será de estreia para todos nós. Enquanto o Simon vai fazer sua estreia na MSR, eu farei minha primeira temporada completa pela equipe. No mais, estivemos durante muitos anos na Penske, trabalhamos sempre muito bem juntos e essa sintonia já está acontecendo na MSR. Tenho certeza de que a nossa experiência acumulada, mais a maneira transparente e honesta, marcas de nosso trabalho conjunto durante tantos anos, representará um ganho de qualidade enorme para a equipe, principalmente pelo fato de ser essa a primeira temporada em que a MSR terá dois carros em todas as etapas da IndyCar. Trata-se de mais uma transformação qualitativa, dentre as muitas que ocorreram na equipe depois da vitória na Indy 500 de 2021. Agora, mudando a chavinha ... Depois do teste de Sebring, a equipe seguiu para Daytona e nosso trabalho a partir de agora é visando a Rolex 24 at Daytona. Meus compromissos fora da pista vão até terça-feira, pois na quarta que vem, dia 19, já seguirei para Daytona. De 21 a 23, vamos participar do teste coletivo para a prova, o Roar. Sobre isso, nosso time está completo, para o teste e prova. O foco de Helio Castroneves até o final do mês está todo voltado para as 24 Horas de Daytona. Para 2022, a MSR terá como pilotos titulares na temporada da IMSA o Oliver Jarvin e o Tom Blomqvist. Eu e o Simon, titulares da IndyCar, vamos reforçar o time nas provas longas, como essa Daytona. Quando a prova exigir um trio, serei eu o reforço. Quando precisar de um quarteto, Simon vem para a festa também. O bom de fazer tudo isso na Flórida é que, nessa época do ano, o frio não é grande. Até lá, como vou rodar o país nos próximos dias, vou enfrentar um frio danado! Eita! Forte abraço e até semana que vem! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, Acho que eu já falei que sou natural da Califórnia e moro em Long Beach. Nesta semana tivemos a grande notícia da extensão do contrato da nossa corrida da IndyCar Series até 2028 após o nosso conselho municipal, após várias sessões de debate, aprovou a continuidade desta corrida que já é uma tradição em nosso país e em nossa cidade. Até começar a escrever no meu antigo blog, eu apenas gostava de assistir as corridas. Só depois fui procurar conhecer a história da corrida nas ruas e avenidas da minha cidade. A corrida foi uma criação do empresário Chris Pook e do piloto de Fórmula 1, Dan Gurney, em 1975. Inicialmente era um evento de menor tamanho em relação ao automobilismo, sendo parte do calendário do SCCA (Sport Car Club od América) que promovia algumas corridas de carros de turismo e a Formula 5000, categoria de monopostos que tentava se rivalizar com a Fórmula 1. O GP de Long Beach Grand cresceu e em 1976 recebeu a Fórmula 1 pela primeira vez, corrida que aconteceu por oito anos seguidos, até 1983 e como curiosidade, foram oito vencedores diferentes. Entre eles o brasileiro Nelson Piquet, em 1980. Mario Andretti, quando corria pela Lotus-Ford, foi o vencedor em 1977. Entre as equipes da categoria, a Ferrari foi a que mais venceu, com três conquistas. Durante oito anos Long Beach foi local para uma etapa da Fórmula 1. Depois disso, passou a receber a IndyCar. A corrida se tornou um dos grandes eventos de automobilismo nos Estados Unidos e, mesmo depois que a Fórmula 1 não mais retornou, a IndyCar Series (que na época era a Cart) passou a fazer uma corrida anualmente, desde 1984 até o ano passado, deixando apenas de realizar a prova em 2020 devido às restrições impostas pela pandemia do Covid 19. O maior vencedor das corridas em Long Beach foi Al Unser Jr. com seis vitórias, quatro delas consecutivas. Entre os pilotos do Brasil, apenas Helio Castroneves conseguiu uma vitória em Long Beach, no ano de 2001, quando corrida pela Penske, equipe mais vencedora em nossas ruas, apesar de haver um bom equilíbrio entre os vencedores por equipes com a Andretti e a Ganassi. O traçado atual da corrida sofreu várias mudanças em relação ao primeiro desenho para a corrida em 1975. Apesar disso, uma coisa que não mudou foi a curva fechada que antecede o trecho principal ao longo da Shoreline Drive e trecho traseiro ao longo da Seaside Way. O primeiro layout do circuito media 2,02 milhas e contou com dois grampos, um em cada extremidade da Shoreline Drive. Como curiosidade, em seus primeiros anos, a linha de partida e a linha de chegada estavam localizadas em lados diferentes do percurso. Desde o tempo da Cart até os dias atuais, Al Unser Jr. foi o maior vencedor em Long Beach com 6 vitórias. O circuito de corrida atual é um pouco menor que o primeiro traçado, com 3.167 km (1,968 milhas). Para quem um dia decidir vir até Long Beach passear e conhecer nossa cidade, é fácil percorrer a pé os trechos por onde passam os carros, passando pelo Centro de Convenções, pela antiga zona de diversões histórica de The Pike, e – claro – ao longo da extensão da Shoreline Drive, estando boa parte do traçado à beira mar e ladeado por palmeiras. Long Beach é um lugar para qualquer um que vier à Califórnia colocar no seu roteiro de viagem como uma parada obrigatória, não apenas para quem gosta de corridas de automóveis (Long Beach recebe outros eventos como as provas da IMSA), mas para aproveitar tudo o que a cidade oferece de bom. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |