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Minha coleção de ingressos da Indy 500 / As apostas no futuro... em 3 partes PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 15 December 2021 19:42

Oi, amigos, tudo bem? 

 

Não sei se vocês sabem, mas é tradição em Indianapolis, desde 1948, ilustrar todos os ingressos para a Indy 500 com a foto do vencedor do ano anterior. Ou seja, além de toda a exposição que a gente tem ao vencer a etapa mais importante no calendário, o piloto que conquista essa honraria passa a ser uma espécie de “rei de Indianapolis” por um ano inteiro.

 

No meu caso, tinha Castroneves em tudo quanto é canto, inclusive nos ingressos de 2002, 2003 e 2010. Ao longo desses anos todos, muitos fãs pediram para que eu autografasse esses ingressos antigos, que são uma parte da história incrível de Indianapolis. 

 

Uma coisa emocionante que acontece muito por aqui é ver várias gerações de uma mesma família acumulando a assistência de Indy 500 ao longo de décadas e passando de pai para filho a coleção de ingressos. Sim, porque o fã da Indy 500 não joga fora o ingresso, ele guarda como uma relíquia. 

 

Obviamente, estarei novamente com minha imagem nos ingressos para 2022, isso já estava previsto. Acontece que dessa vez a IndyCar fez algo realmente diferente e me fez uma grande surpresa. Estive em Indianápolis na semana passada, justamente para esse lançamento, e fui presenteado com ingressos tamanho grande, promocional, de cada um dos três anos anteriores que venci, além do de 2022. 

 

 

Isso porque eu não tinha nenhum ingresso comigo de recordação, mas agora tenho todos e fiquei muito feliz. Ou seja, vou precisar de bastante espaço em casa para pendurar essa homenagem na parede.

 

Antigamente, essa cerimônia acontecia no Museu de Indianapolis, mas agora o local foi o gigantesco e maravilhoso Lucas Oil Stadium, durante a Performance Racing Industry, a PRI Show, que a maior feira mundial de negócios e serviços para o setor de motorsport. 

 

Cada vez que o fã olhar para o ticket da 106ª edição da Indy 500, vai se lembrar de que fizemos algo notável, um verdadeiro roteiro de Hollywood. Quando muita gente não acreditava mais no Castroneves aqui, eis que o sonho de quatro vitórias foi conquistado. 

 

Os ingressos com a imagem histórica serão enviados em breve para fãs em todos os 50 estados e países em todo o mundo, que já compraram e continuam comprando para o próximo mês de maio, quando o Indianapolis Motor Speedway terá novamente casa cheia.

 

É isso, amigos, semana que vem eu volto e já adianto o assunto: mais histórias da Indy 500.

 

Abração e até lá!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Gostaria e esclarecer que eu envio meus textos para esta coluna nas terças-feiras, normalmente a noite, para publicação no dia seguinte, dependendo do horário do recebimento do texto do grande tetracampeão, Helio Castroneves. Por isso e só por isso não escrevi nada sobre a enorme perda que foi para todos nos a morte de Al Unser na última quinta-feira.

 

Esta semana está sendo bem agitada nos bastidores da grande categoria de monopostos norte americana. Projetos, testes e anúncios agitaram o noticiário local e também internacional. Em um momento de poucas atividades em pista para os pilotos que devem competir em 2022, a novidade (que faltava apenas ser oficializada) foi a assinatura do contrato entre David Malukas com a Dale Coyne Racing através da parceria com a HMD Motorsports.

 

Um interessante anúncio foi o de que Jimmie Johnson pretende fazer a temporada completa em 2022, não apenas as corridas em circuitos mistos e traçados urbanos, além da Indy500. O plano agora é correr em todos os ovais, algo que não parecia estar nos planos iniciais do 7 vezes campeão da NASCAR, mas que poderia acontecer em pouco tempo. Essa intenção pode comprometer a participação de Tony Kanaan nas provas em ovais, mas não descarta um 5° carro na Indy500 para o piloto brasileiro.

 

 

Apesar de todas estas notícias na América, boa parte da nossa mídia e dos nossos olhos estavam voltados para o Emirado Árabe de Abu Dhabi, mais especificamente para o autódromo de Yas Marina onde Pato O’Ward, piloto da McLaren na IndyCar Series teve a oportunidade de pilotar um carro da equipe McLaren de Fórmula 1 logo após o confuso encerramento da temporada 2021.

 

Vencedor de duas corridas com a equipe IndyCar da McLaren, O’Ward teve seu momento ao sentar no cockpit do carro de Lando Norris na terça-feira. Aos 22 anos ele pilotou um carro com a mesma configuração do carro que terminou a temporada enquanto os pilotos titulares da equipe, Daniel Ricciardo e Lando Norris, usaram um “carro mula” com algumas adaptações, para testar os pneus de 18 polegadas que serão usados na próxima temporada.

 

Após meses de expectativa por sua primeira saída, O’Ward tinha apenas um objetivo principal em mente: Perceber o limite, atingi-lo e absorver tudo que for possível para melhorar como piloto e sentir se estaria pronto para se integrar no futuro, algo que é um sonho para qualquer piloto que senta em um kart quando criança; poder chegar à Fórmula 1. Este teste foi um prêmio dado por Zak Brown após o mexicano ter conquistado duas vitórias na temporada 2021 da IndyCar Series e ter terminado a temporada em 3° lugar.

 

 

Na pista, pela manhã o estreante mostrou-se muito à vontade com o carro. Foi rápido e consistente, sendo o mais rápido entre os pilotos pela manhã. Na parte da tarde, ele melhorou seu tempo de volta em 6 décimos de segundo, mas não ficou satisfeito com o resultado por não conseguir atingir suas metas e admitiu, com humildade, qual teria sido a principal razão para isso: o pescoço!

 

O’Ward relatou que ao final do dia que seu pescoço estava “destruído”. As velocidades em curva que um Fórmula 1 atinge são muito maiores que as atingidas que DW12, modelo da IndyCar Series e com curvas para ambos os lados, uma musculatura na região precisa de um trabalho muito especial para suportar a força G aplicada. Segundo o piloto, “tinha a sensação de que iria perder a cabeça”.

 

Apesar das dificuldades enfrentadas e de ter reconhecido que pilotar um Fórmula 1 é algo completamente diferente de tudo que tinha feito, Pato O’Ward declarou ter sido a melhor experiência ao volante de um carro de corridas em sua vida, assim como demonstrou que ele – e certamente outros pilotos da IndyCar Series – tem totais condições de disputar em alto nível o campeonato mundial de Fórmula 1.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.