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A chique Porsche na preliminar em Interlagos e a Copa HB20 no Velocittà PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 November 2021 21:39

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana de GP São Paulo de Fórmula 1 não parou o calendário nacional (devia ser como no futebol da Europa, que quando tem “data FIFA” o calendário dos países para). Como aqui na República Sebastianista de Banânia (definição dada pelo meu camadara Gargamel, colunista das segundas no nosso site) o calendário do futebol não para, porque o do automobilismo iria parar?

 

Há muito tempo a Porsche Cup, a categoria gourmet do automobilismo brasileiro, faz uma das corridas preliminares no final de semana da Fórmula 1. Tudo bem, é assim na Europa também, onde rola um campeonato de alto nível. E pra deixar ainda mais chique a categoria mais chique, eles vão fazer uma “corrida de duplas” no domingo, com um “elenco de estrelas” nacionais e internacionais. Promotor inteligente é outro nível!

 

A surpresa fica por conta da Copa HB20, que decidiu antecipar a 7ª etapa e penúltima etapa de seu campeonato para este sábado, véspera do GP São Paulo de Fórmula 1, para o autódromo gourmet do Brasil, o Velocittà. As duas corridas foram no sábado com a celestial e poderosa narração do Filho do Deus do Egito e os comentários mais picantes do automobilismo brasileiro com Pedro Pimenta.

 

Vou começar a coluna pela Copa HB20, a transmissão foi pelo youtube, com 39 carros no grid para as três subcategorias, com direito a um “público” nos morros verdinhos que circundam o circuito, formado por familiares e convidados que sempre aparecem nas corridas de categorias como a HB20, que sempre tem corridas equilibradas com os carros equalizados.

 

 Bruno Testa largou na pole, segurou a ponta na curva 1 e liderou de ponta a ponta (Reprodução: youtube).

 

Como teria mais uma corrida no mesmo dia, o pessoal foi mais comportado na largada e salvo alguns “esfregas” leves, ninguém ficou fora da corrida depois do contorno da curva 1. O pole, Bruno Testa, fez a lição de casa, defendeu, contornou certinho a curva 1 pra manter a ponta e aproveitar as brigas pelas posições seguintes pra abrir uma pequena e confortável vantagem. Enquanto isso, no meião do pelotão iam acontecendo as disputas mais selvagens. Isso deu uma folga para os três primeiros na classificação geral. Luis Sena Jr. e Alberto Catucci tentaram buscar o líder Bruno, que seguia na Testa (não podia deixar passar essa) da classificação. E Bruno Testa conseguiu segurar a ponta, com Luis Sena Jr. em segundo e Alberto Catucci em terceiro, dando um calor no segundo, e com esse resultado assumiu provisoriamente a liderança do campeonato na categoria PRO. Breno Borges venceu na categoria Elite e Enzo Gianfratti venceu mais uma na categoria Super.

 

A corrida 2 foi no final da tarde, na hora da corrida ‘sprint’ da F1 e eu agradeço ao recurso do youtube para poder assistir depois da Fórmula 1 e com calma a corrida 2 da Copa HB20. O grid teve todos os 39 carros no grid uma vez que não houve nenhum acidente grave na corrida 1 e o grid foi invertido nas 8 primeiras posições, mas a coisa já estava nervosa na volta de apresentação, tanto que não tivemos largada na primeira tentativa por má formação do grid em movimento, só que isso disparou o cronômetro na regressiva dos 25 minutos. Se os pilotos da frente andassem mais rápido do que devem como foi na primeira tentativa, podia dar punição por queima de largada, mas tirando a panca da Penélope Thaline Cor de Rosa, o grid passou bem pela curva 1.

 

 Kleber Eletric atacou na largada. Thiago Riberi defendeu a ponta, mas não segurou o ataque seguinte (Reprodução: youtube).

 

Thiago Riberi que estava por dentro segurou a ponta, mas no meio da volta teve enrosco e três carros ficando fora da pista. O líder não estava tendo sossego, com Kleber Eletric querendo eletrucutá-lo e Alberto Catucci vindo na balada para tentar sair do Velocittà como líder do campeonato. Na ELITE, Macus Indio vinha na liderança, mas errou feio no saca rolha. Como num dos toques de meião de pelotão ele perdeu o parachoque, pelo regulamento do campeonato ele teve que ir para os boxes recolocar a peça. Melhor para par Lucas Bornemann, que herdou a liderança. Na SUPER, Leandro Parizotto vinha na frente até errar, rodar e perder a ponta para Leo Rufino. Na curva da caipirinha, Kleber Eletric deu show e fez uma manobra sensacional para tomar a ponta. Raphael Abbate, o antigo líder da PRO, que teve problemas nos treinos e não conseguiu uma boa posição no final da corrida 1, na Corrida 2 veio voando, escalou o pelotão até chegar ma P4 e ir pra uma briga direta com Alberto Catucci, o P3. Abbate provocou o erro de Catucci e tomou a P3 na curva 1, na última volta, mas isso não devolvia a liderança do campeonato. Kleber Eletric foi o vencedor e Thiago Riberi o P2. Na ELITE,  Lucas Bornemann foi o vencedor e mudando o script da SUPER, Leo Rufino venceu e Enzo Gianfratti, que vinha ganhando tudo, abandonou na última volta, mas continua muito líder no campeonato.

 

Em Interlagos, pouco antes da “corrida sprint” da Fórmula 1, tivemos as primeiras corridas da última etapa do campeonato ‘sprint’ da Porsche GT3 Carrera Cup (as corridas decisivas ficaram para o domingo pela manhã, para irem “aquecendo os motores” dos torcedores que foram para Interlagos para o GP São Paulo de Fórmula 1  que, depois de decidido o campeonato das categorias da categoria gourmet do Brasil ainda ganharam de presente uma corrida de duplas em tiro curto com vários pilotos convidados, com nomes de peso indo para a pista, tudo com a narração do melhor do país, meu camarada, o inimigo do Lanterna Verde, o Sinestro, que tem nos comentários o bem apadrinhado Prosdócimo.

 

 Na corrida do Sábado da Carrera Cup, Miguel Paludo tomou a ponta e se colocou bem para a final no domingo (Reprodução: youtube).

 

A tarde de sábado começou com a corrida da categoria principal, a Carrera Cup, que teve um nome: Miguel Paludo! Depois dos problemas enfrentados na última etapa, o piloto que já correu na Truck Series (categoria de pickups) da NASCAR precisava se recuperar para retomar a liderança do campeonato e conquistar o título de 2021. A corrida começou com um problema para Fran Lara, que não conseguiu alinhar com o pelotão e saiu dos boxes com meia de atraso e os carros bem à frente para a largada. No grid, com a largada lançada, Miquel Paludo superou o pole position, Marçal Müller – que chegou em Interlagos na liderança do campeonato – pra tomar a ponta, sendo seguido por Werner Neugebauer enquanto Müller levava vários ‘esfregas’ na descida do ‘S’ da Sadia e um pegou de jeito, quebrando a suspensão traseira do então líder do campeonato. Neugebauer bem que tentou, mas não conseguiu tomar a liderança. Em seguida vinham Alceu Feldman, Pedro Boesel e Pedro Aguiar. Depois do sufoco inicial, Miguel Paludo foi abrindo vantagem para Werner Neugebauer, que tinha que se defender dos ataques de Alceu Feldmann enquanto os Pedros brigavam pela P4, mas Enzo Elias, que não tinha feito uma boa classificação estava com um bom ritmo de prova e veio escalando o pelotão, passando por Renan Pizii e Cristiano Piquet. Pedro Aguiar deixou o xará Boesel pra trás, que também foi superado por Enzo Elias, que viria a passar o outro Pedro para tomar a P4, mas faltou tempo para entrar na briga pela P2 com Neugebauer e Feldmann. Miguel Paludo recebeu a quadriculada com 6,7s de vantagem e fechar o sábado 3 pontos atrás do novo líder do campeonato, Werner Neugebauer (172x169). Com Alceu Feldmann na cola com 163. Marçal Müller(156) e Enzo Elias (150) ainda teriam chances de título no domingo.

 

 Nelson Monteiro e Lucas Salles - lado a lado: o primeiro precisando vencer, o segundo correr com a cabeça (Reprodução: youtube).

 

Na GT3, com narração de Ivan, o terrível, mas com o Prosdócimo sem largar o osso do T-Bone Angus Prime dos comentários. Nelson Monteiro, o pole Position, corria atrás do prejuízo enquanto tinha, ao seu lado o líder do campeonato – Lucas Salles – correndo com o regulamento embaixo do braço e com a matemática a seu favor. Monteiro fez o que tinha que fazer, largando bem e contornando o ‘S’ da Sadia na frente enquanto Lucas Salles também usava de sua vantagem para assumir a segunda posição não se meter em problemas. Na abertura da volta 4 o Faraó Ayman Darwich atacou o ator globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) Caio Castro, mas não conseguiu fazer o ‘S’ da Sadia. Deixou o carro morrer e o Safety Car foi acionado pelo Gomalina, o diretor de prova. Na relargada, Nelson Monteiro manteve a ponta com tranquilidade enquanto Lucas Salles teve que se preocupar com Ricardo Fontanari. Quem veio babando foi Raijan Mascarello com sua colheitadeira de soja, que deixou o globêstico pra trás e superou Fontanari pra assumir a P3. Nelson Monteiro resistiu aos ataques “pra inglês ver” de Lucas Sales, que mesmo ficando 2 pontos atrás na classificação (169x167), contava com os descartes a seu favor para a corrida do domingo.

 

 Na GT3 no domingo, Nelson Monteiro fez o que tinha que fazer... e Lucas Salles também (Reprodução: youtube).

 

No domingo a corrida foi na ordem invertida, com a GT3 dando início aos trabalhos em Interlagos. Logo na largada, o Pole Position Lucas Salles evitou divididas no ‘S’ da Sadia e com isso foi superado por Nelson Monteiro – que precisava vencer e contar com algum problema no carro de Salles – e pela colheitadeira turbinada de Raijan Mascarello. Os dois líderes começaram a fazer uma corrida à parte, trocando voltas mais rápidas, mas com Monteiro sempre na frente enquanto Lucas Salles abriu vantagem em terceiro e fez uma corrida tranquila, deixando Nelson Monteiro com aquele gosto de quem ganharia a batalha, mas perderia a guerra. A colheitadeira bem azeitada com óleo de soja de Raijan Mascarello caçou o líder do apagar das luzes à bandeira quadriculada, mas teve que se contentar com a P2. Lucas Salles chegou em terceiro e garantiu o título da temporada com 8 pontos de vantagem (180x172) após os descartes sobre Nelson Monteiro.

 

 Na Carrera Cup Marçal Müler cumpriu a sua parte, mas Miguel Paludo soube se defender (Reprodução: youtube).

 

Logo em seguida veio a corrida da Carrera Cup e a disputa mais apertada, com três pilotos na briga pelo título (Marçal Müller, Miguel Paludo e Alceu Feldmann) com Müller largando novamente na pole Position, com Paludo e Feldmann fazendo a 2ª fila. Desta vez o pole não deu moleza no ‘S’ da Sadia, contornou e sauí na frente. Quem largou muito bem foi Alceu Feldmann, que numa tomada por fora saiu de 4° para 2°. Miguel Paludo ficou encaixotado por Marçal Müller e Pedro Aguiar, chegou a superar este último na segunda perna do ‘S’ da Sadia, mas levou o troco no final da reta oposta. Miguel Paludo podia chegar até na P5 que garantiria o título, mas tinha Werner Neugebauer colado nele e os dois fizeram uma grande disputa e a briga entre eles chegou na briga entre Pedro Aguiar e Alceu Feldmann, que acabou perdendo as posições para os dois enquanto Enzo Elias entrava na briga e superava Neugebauer. Isso favoreceu Marçal Müller, que abriu vantagem na ponta. Miguel Paludo estava evitando situações de risco e Alceu recuperou a posição jogando Paludo para a P4 e com Neugebauer em cima. Do 2° ao 6° o pelotão veio junto por quase toda a prova, Paludo só “respirou” nas duas voltas finais e com a P4 garantiu o título da temporada por 4 pontos. Na corrida os 3 primeiros foram Marçal Müller, Pedro Aguiar e Alceu Feldmann.

 

 A corrida dos convidados foi muito divertida, um show dw ultrapassagens para o público (Reprodução: youtube).

 

Decididos os títulos, a categoria Gourmet do Brasil presenteou o público com uma corrida de pilotos convidados e um regulamento bem interessante: quem largasse mais na frente carregava lastro e tinha pneus usados. Quem fosse ficando mais para trás ia ficando com menos lastro e recebendo pneus mais novos, o que deixou a corrida muito dinâmica, com várias disputas e ultrapassagens. Os pilotos da stock Car deram o show, com vitória de Ricardo Maurício (que largou em 13°), seguido de Cesar Ramos (que largou em 15°) e Rubens Barrichello (que largou em 10°). Alan Helmeister que foi o 4°, largou em último, na P21. A lamentar que, mesmo pelo youtube, tivemos na corrida (e também na Carrera) as mesmas imagens da TV e todas as entradas das entrevistas no Studio.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Apesar de umas ‘escorregadas no quiabo’, a cobertura feita pela Band foi como nunca se viu no Brasil. Além de informativa (e aí estavam os quiabos), foi interativa e humana, totalmente fora do ‘padrão globêstico’ (a segunda vogal não era bem essa...) e ter ficado em primeiro lugar na audiência da TV foi um grande prêmio.

- Vergonha! Além de uma “notinha de rodapé” no programa da noite de domingo, o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) foi patética. No canal de esportes por assinatura, assisti dois programas matinais (Redação e Sportv News) e nenhuma menção à corrida, mas pior foi o JN na TV aberta não mencionar o que aconteceu em Interlagos, mesmo com a homenagem do vencedor ao Presuntinho. Profissionalismo ZERO!

- Meu muito obrigado à família Saad (eles devem ler minhas colunas), que devem ter chamado o Arrelia Jr. e a Chapolim Colorada e dado um sabão daqueles para eles não ficarem falando merda e tentando serem engaçados (o que não são) e irritarem os telespectadores. Isso certamente contribuiu para a liderança na audiência.

- Em compensação, no canal por assinatura, colocaram um estagiário para apresentar o Supermotor do Celsinho ‘lá vão eles’ e o menino fala que a chuva pode afetar as MGU dos carros... imagino o que passou na cabeça do Sinestro, que estava lá nessa hora. Depois ele “chutou” um Zandvoort no lugar da Turquia. Faltou preparo.

- Pior foi o Prosdócimo, o comentarista melhor apadrinhado do esporte a motor nacional, falando que o “speed trap”, ponto de maior velocidade em Interlagos, ficava na reta oposta. O ‘Meu Jesus Cristo’ (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) que eu soltei nessa hora foi ouvido em metade da cidade de Palmas. Nem na sua “zona de conforto” ele nos poupou de bobagens (o advérbio não era bem esse...) errando na conta da disputa do título da GT3 na Porsche (Alguém foi lá no estúdio e passou a cola pra ele consertar o comentário 3 voltas depois).

- O Goleiro de Pebolim deu um show nas traduções dos rádios e das entrevistas, fazendo tradução simultânea (algumas “bem livres”, é verdade). Deixou o Dr. Smith caladinho, só saindo na foto. Espero que os Saad tenham percebido esse detalhe.

- Mas não se pode elogiar: o Goleiro de Pebolim chutou um pneu por cima do soft wall quando quis falar da carreira do Fugitivo da FEBEM e falou que o piloto da Red Bull tinha sido campeão mundial de kart (não foi), assim como não foi na F3. Tem que estudar, goleirinho...

- Falando em “traduções” minha gargalhada foi ouvida num raio de 3 km quando o Dr. Smith foi entrevistar o piloto do safety car com seu inglês de bordel de quinta. Cada vez mais eu me pergunto COMO esse cara conseguiu correr nos EUA por tanto tempo.

- E o governador ‘Calça Apertada’, quando foi entrevistado pela Band, vergonhosamente citou o nome de quase todos os pilotos brasileiros e excluiu o nome do Nelson Piquet, que andou fazendo um bico de chofer (ou seria piloto de fuga?) de um desafeto político. Nojo! Mas o Piquet pisou no tomate (a expressão idiomática não era bem essa...).

- Luis das Trancinhas (o apelido é outro, mas recebi censura prévia) fez, no mínimo, umas 100 viúvas enfartarem quando pegou aquela bandeira... corrida fantástica (o adjetivo não era bem esse...) em Interlagos.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Tuesday, 16 November 2021 12:00 )