Olá, amigos! Nesta semana estou em campo... mas de golfe! Sim, é isso mesmo que vocês leram. Estou aqui na Flórida por esses dias para participar de ações filantrópicas da Auto Nation, empresa patrocinadora da Meyer Shank Racing e que esteve conosco na conquista da quarta Indy 500, no dia 30 de maio último. A Auto Nation é a maior revendedora de carros novos e usados dos Estados Unidos, com mais de 300 lojas espalhadas por 18 estados. São mais de 13 milhões de carros vendidos. Com toda essa força, inclusive figurando na lista das 500 maiores empresas da revista Forbes, tem incrível ação filantrópica. Todas as atividades beneficentes da Auto Nation, que tem sede em Ford Lauderdale, são voltadas para a pesquisa e tratamento contra o câncer. Essas promoções já renderam quase US$ 30 milhões em doações. Na verdade, nada disso é novidade para mim, pois faz tempo que conheço essas iniciativas. De forma privada, tenho participado de algumas delas. E mais ainda agora, como membro da família Auto Nation. Helio Castroneves assumiu o volante de um carrinho elétrico de golfe para uma ação beneficiente (Reprodução: divulgação). O esporte e a paixão por carros unem milhões de pessoas, isso é inegável. Mas quando você consegue reunir toda essa paixão em torno de uma causa tão importante, como unir esforços contra uma doença tão cruel, aí o resultado só pode ser muito bom. Além disso, há uma transformação em nós mesmos. Estamos sempre correndo de um lado para o outro, envolvidos em nossos problemas e, às vezes, nem nos damos conta de que existem situações muito mais agudas do que aquelas que estamos acostumados a enfrentar. Quem já teve a oportunidade de visitar um hospital e vivenciar o drama de crianças com câncer, sabe bem do que estou falando. Por esse motivo que participo com muita alegria e entusiasmo dessas programações, pois é uma forma de retribuir todo o carinho e de agradecer a Deus pela saúde e por ser dada a nós essa oportunidade que temos de ajudar de alguma forma e, pelo menos, tentar minimizar tanta dor. Um piloto tem compromisso dentro e foras das pistas e Helinho se fez presente neste evento (Reprodução: Divulgação). Mas se nesses dias mais recentes estou tendo a chance de cumprir uma agenda fora das pistas, na semana que vem volto a acelerar. No próximo sábado, dia 13 de novembro, vou estar participando da última etapa da temporada 2021 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship no circuito de Road Atlanta. Será a prova Petit Le Mans, que tem esse nome por ter 10 horas e não as 24 da prova francesa. Vou acelerar o Acura ARX-05 da Meyer Shank Racing ao lado do Juan Pablo Montoya e o Dane Cameron. Além de tentar fechar o ano com chave de outro, será o início de nossa preparação para a Rolex 24 at Daytona de 2022. Mas sobre isso tudo falarei com mais detalhes na próxima semana. Até lá e ótimo final de semana para todos! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A Silly Season de 2021/2022 está sendo a mais agitada dos últimos anos. Confusa, cheia de alternativas e com um forte tempero europeu que vem deixar o automobilismo norte americano ainda mais interessante. Eu sei que temos muitos leitores pelo mundo, não apenas no Brasil e nos Estados Unidos e, fora dos Estados Unidos, há uma ideia de que a IndyCar Series não tem o mesmo nível que a Fórmula 1 e nem mesmo que a Fórmula 2, basta ver os pontos que a FIA, Federação Internacional, dá para a nossa categoria de monopostos. Eu não concordo e acredito que muita gente não concorda. A Fórmula 1 pode ter mais dinheiro envolvido, mas a IndyCar Series é mais competitiva. Eu vou nas corridas e ligo a TV para ver competitividade e não dinheiro. A Silly Season começou ainda em julho, com Romain Grosjean dominando o mercado de especulações, Takuma Sato e Ryan Hunter-Reay em movimento, a surpresa da saída de Jack Harvey da MSR e a ida de Simon Pagenaud, além dos pontos de interrogação sobre Sebastien Bourdais e James Hinchcliffe. Há 4 meses da abertura da temporada 2022, só 3 times estão fechados e a corrida pelos lugares está bem agitada com o novo epicentro: Kyle Kirkwood. Como a compra da Sauber pela Andretti foi parar na barreira de pneus, os planos de Michael mudaram radicalmente. Caso tudo tivesse seguido o script e Andretti assumido o controle da Sauber, Colton Herta – em qualquer posição – teria sido levado ao programa Andretti F1 e Kirkwood teria preenchido o carro 26 de Herta em 2022. Como isso não vai acontecer e a equipe já assinou com Delvin DeFrancesco para o carro 29, o campeão da Indy Lights e piloto da Andretti na categoria ficou sem lugar e está livre no mercado com 1,3 milhões de dólares para levar à qualquer equipe (o que na Fórmula 1 não significaria nada) e será muito bem vindo. Para onde o campeão pode ir? Campeão da Indy Lights, Kyle Kirkwood corre o risco de não ter um lugar na IndyCar Series em 2022. A colombiana Tatiana Calderon, afiliada ao ROKIT, que passou um tempo no Road To Indy com a Juncos Racing antes de voltar sua atenção para as corridas de monopostos europeias e japonesas, é candidata a um dos assentos disponíveis na AJ Foyt depois de ter testado em julho em Mid-Ohio. Enquanto Calderon, de 28 anos, está na lida, Kirkwood também emergiu como um forte candidato a um dos carros. Dalton Kellett está garantido com o carro #4. Além de Calderon, Ryan Hunter-Reay também pode ser um concorrente à vaga, apesar do seu recente teste com Ed Carpenter Racing, que parece ser onde ele está concentrando suas energias. Outra possibilidade em aberto é McLaren, que pretende colocar um terceiro carro no grid ao menos para uma temporada parcial, mas a definição de quem será o piloto teria como cláusula de contrato a exploração contínua. Nico Hulkenberg testou recentemente para a equipe, foi bem, mas nada ficou definido. O ex-piloto da McLaren F1, Stoffel Vandoorne, deve testar em algum momento no futuro próximo, mas ele está bem na Fórmula-E e esse interesse parece mais com uma sondagem do que com um verdadeiro objetivo. O teste seria a chance de se provar o contrário. As conversas de bastidores apontavam que Kirkwood estava perto de algo com a equipe para seu terceiro carro, mas há rumores de que as negociações fracassaram. Nico Hulkenberg acelerou em Barber na semana passada pela Mcaren, mas não tem seu lugar garantido para 2022. Zak Brown, tem sido consistente ao dizer que a equipe pretende trabalhar em tempo integral com o terceiro carro em 2023 e, embora devamos ter um ou mais pilotos avaliados na próxima temporada, me pergunto se é muito cedo – não até chegarmos ao winter break – para a equipe definir um grande nome. Algo que ainda joga a favor de Kirkwood é o fato da McLaren gostar de pilotos jovens ou em meio de carreira. A Juncos Racing vem com o plano de fazer a temporada completa com dois carros. Um já tem seu ocupante definido: Callum Ilott causou excelente impressão e vai fazer a temporada completa. O que não está claro ainda é como a Carlin Racing pode contribuir para a colocação de uma segunda entrada. Sabemos que eles estão falando, mas não podemos dizer como seria uma aliança. Ricardo Juncos quer um veterano da IndyCar para formar dupla com Ilott para tornar sua campanha de novato mais fácil e mais produtiva, então isso poderia caber em um arranjo com a Carlin e trazer Max Chilton pra o time. Mas no caso da Juncos, um piloto que traga dinheiro para a equipe é bem vindo. Em qualquer situação que se desenhe, vai ser um desperdício enorme de talento se Kyle Kirkwood, que foi vencedor em todos os estágios do Road to Indy não tiver um carro competitivo para fazer a temporada 2022 na IndyCar Series. Mas ainda tem muita coisa para acontecer. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |