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VICAR faz a festa no Velocittà com Stock Car e Stock Light, com prévia do calendário 2022 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 25 October 2021 20:45

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana de velocidade na República Sebastianista de Banânia – descrição do nosso país feita pelo meu parceiro aqui no site, Alexandre Gargamel – aconteceu no autódromo Gourmet do país, o Velocittà, que fica na fazenda de um dos grandes milionários do país e que, ao contrário do AIC, não corre o menor risco de se tornar um bairro planejado, cheio de edifícios.

 

 O final de semana começou interessante com o meu assessor de imprensa favorito, Chuck, o brinquedo assassino e coçador de saco oficial da imprensa nacional, durante os comentários da Stock Light no sábado, informou que o campeonato da categoria já tinha as datas do ano que vem, 2022, faltando definir os locais das provas. O campeonato vai começar dia 13 de fevereiro e terminar dia 20 de novembro. Tudo planejado em função da copa do mundo de futebol no Qatar, que vai começar logo em seguida. A categoria principal seguirá a mesma data, mas neste caso, com 12 etapas, sendo duas rodadas duplas, e a Stock Light continua no formato de 8 rodadas duplas.

 

Durante o treino classificatório da Fórmula 1, o Matuzaleme mandou a “bomba” de que a VICAR, sob a nova direção do D. Corleone, negociou com a FIA, a CBA e vai trazer a Fórmula 4 para o Brasil. Categoria homologada, contando pontos para a superlicença, com carros modelo 2022 e fazer finalmente uma categoria de fórmula com capacidade produtiva para nossos moleques poderem ir com alguma milhagem para a Europa. O Carcamano está botando pra quebrar (o verbo não era bem esse...) e a gente tem que aplaudir a iniciativa da nova direção e a aposta em preparar melhor nossos pilotos antes deles encararem as categorias europeias. Espero que com o dólar (e o euro) na estratosfera, eles consigam manter a categoria, manter o grid e fazer da Fórmula 4 Brasil uma referência para o continente, atraindo pilotos dos países vizinhos.

 

Agora vamos falar das corridas no Velocittà, o circuito mais chique do Brasil. Como espetáculo principal tivemos a Stock Car, com duas corridas no domingo. Havia uma expectativa de chuva depois do tanto de água que caiu na madrugada. Quando os carros foram pra pista, o asfalto ainda não estava seco e o céu carregado. Ia ser divertido ver uma chuva no meio da corrida e a confusão nos boxes do autódromo gourmet, projetado para track days e festinhas com champagne e caviar. Felizmente os deuses da velocidade tiveram piedade dos pilotos e das equipes e adiaram a diversão para outra oportunidade, mas exceção feita a Interlagos, e ao moribundo AIC, em qualquer outro vão passar aperto.

 

Quem não passou aperto foi Guilherme Salas. Em nenhuma das duas vezes. Sim, porque a primeira tentativa de largada foi abortada pelo diretor de prova (ele mesmo, o PIROCA), que não apagou as luzes vermelhas. A informação que chegou para o público em geral foi que a velocidade dos carros estava acima da programada. O Safety Car voltou para arrumar as coisas até que na segunda valeu, mas os pilotos perderam quase 4 minutos de tempo de corrida. Depois de surpreender com a pole position no sábado, o garoto pilotou muito e sua equipe, a KTF, foi precisa na estratégia e na parada obrigatória para mantê-lo na frente do experiente Ricardo Zonta e de todo o pelotão que se seguiu.

 

 Guilherme Salas fez uma corrida de veterano, controlou a prova e seguiu para a vitória (Reprodução: youtube)

 

Largando com segurança e posicionando bem o carro no contorno da cura 1, Guilherme Salas se defendeu muito bem dos ataques iniciais e conseguiu segurar Ricardo Zonta, Cesar Ramos e Thiago Camilo. Diego Nunes superou Gabriel Casagrande, que – líder do campeonato, evitou entrar em uma dividida. As estratégias apareceram na parada obrigatória, com alguns pilotos trocando apenas o pneu obrigatório, sem reabastecer. Depois de todos pararem, Zonta tentou brigar pela liderança, mas como o Velocittà não tem reta, o tal do push “não pusha como em outras pistas”, tanto que alguns pilotos usaram o recurso em outros lugares do circuito para tentar surpreender seus adversários. Alguns, inclusive, tiveram sucesso. Outros, como Daniel Serra, não. Cesar Ramos fechou o pódio da corrida 1, que teve para o Grid invertido, uma primeira fila com Gabriel Casagrande (beneficiado pela punição sofrida por Julio Campos) e Ricardo Maurício.

 

Se na primeira corrida os 31 pilotos foram relativamente bem comedidos, na segunda não teve conversa e a galera entrou matando! Depois do “balé do bebum perneta” pra inverter os 10 primeiros do grid, logo na curva 1 Ricardo Maurício, que vacilou na largada, encarou um three wide (por fora) com Thiago Camilo e Gaetano Di Mauro, e se deu mal. Nas três primeiras curvas, não faltaram carros amassados e com suspensões avariadas, forçando o Piroca (é, o diretor de prova se chama PIROCA) bater o pau na mesa e acionar rapidamente o Safety Car para evitar mais problemas e retirar os carros avariados.

 

A relargada veio na abertura da quarta volta, com Allam Khodair pressionando Di Mauro pelo segundo lugar. Pedro Cardoso, por sua vez, tomou um toque e viu a lataria de seu carro raspar em um dos pneus. Na frente, Casagrande passou a abrir vantagem se distanciando 1s5 em relação ao piloto da KTF. No quinto giro, Bruno Baptista teve a suspensão traseira do carro danificada, abandonando a disputa. O lance obrigou nova entrada do Safety Car. Tres voltas depois tivemos novamente bandeira verde, com Gabriel Casagrande ainda na ponta. O cenário virou quando vieram as paradas nos boxes e as estratégias combinadas da primeira e da segunda corrida iriam fazer efeito. De cara pararam Gaetano Di Mauro e Thiago Camilo, que tomou a posição do piloto da KTF na parada.

 

 A linha de 3 na curva 1 foi complicada pra Ricardo Maurício, mas Thiago Camilo se deu bem e venceu a corrida (Reprodução: youtube)

 

Casagrande, Salas e Diego Nunes entraram nos boxes no complemento do nono giro, retornando à pista atrás de Camilo. Daniel Serra, Ricardo Zonta e Marcos Gomes visitaram os pits na volta 10. Allam Khodair e Rubens Barrichello pararam na volta seguinte. Após a parada de rodadas nos boxes, a tática da equipe de Andreas Mattheis se mostrou a mais acertada e Camilo assumiu a liderança da corrida, seguido por Casagrande, Serra, Khodair e Denis Navarro, que avançou graças a estratégia de boxes. A corrida 2 teve seu momento de tensão quando o carro de Beto Monteiro pegou fogo e o piloto precisou deixar o carro rapidamente , tirando-o para a área gramada do circuito. Até o final, Thiago Camili não foi mais perturbado, sendo seguido por Gabriel Casagrande e Allam Khodair.

 

A Stock Light também teve duas corridas, uma no sábado e uma no domingo. No sábado, tivemos uma corrida bem disputada. O pole, Gabriel Robe, mostrou que é o “leão de treino” da categoria, cravando a 5ª pole em 6 corridas. Depois da volta de apresentação ele puxou a fila do minguado grid de 13 carros, com Rafael Reis em segundo e Felipe Baptista, o líder do campeonato, em terceiro. Meu piloto, o Zezinho, fez uma largada, dando um passadão em Lucas Kohl enquanto Matheus Iório e Arthur Leist acabaram batendo.

 

 Gabriel Robe fez a 5ª pole em 6 corridas. Largou na frente, mas não conseguiu segurar Felipe Baptista (Reprodução: youtube)

 

Enquanto Felipe Baptista brigava pra passar Rafael Reis, Gabriel Robe agradecia e ia escapado na ponta. Na volta 8 o líder do campeonato tomou a P2 enquanto os “comissacos” puniram o Zezinho num puro lance de corrida. Felipe Baptista levou pouco mais de 7 minutos para tirar os quase 3 segundos de vantagem que Guilherme Robe tinha na liderança e quando chegou, não demorou muito a tomar a ponta. Robe tentou dar o troco no misto, mas não conseguiu e Felipe Baptista começou a abrir a vantagem que garantiu mais uma vitoria. Gabriel Robe e Rafael Reis completaram o pódio. Zezinho caiu pra P6 com a punição.

 

No domingo, na corrida 2, com 10 dos 13 carros fazendo o grid invertido, meu piloto, o Zezinho fez uma largada fantástica (o advérbio não era bem esse...), saindo da terceira fila e tomou a ponta, deixando Pietro Rimbano para trás, mas a briga estava boa. Lá trás, um toque e Lucas Kohl viu tudo ao contrário, mas foram 4 pra grama na curva 1. Na volta seguinte, o pessoal da rabeira se enrolou de novo na curva 1 enquanto Zezinho ia me enchendo de alegria, abrindo vantagem na frente. Na briga pela P2, Arthur Leist tomou a posição de Rimbano na volta 4. Enquanto Gabriel Roge e Rafael Reis vinham ganhando posições, Felipe Baptista não conseguia passar os dois como fez no sábado.

 

 Zezinho Mugiati fez uma grande largada e tomou a ponta, mas não conseguiu segurar Rafael Reis (Reprodução: youtube)

 

Leist foi se aproximando do Zezinho e os dois tinham 3 segundos de vantagem para Rafael Reis que já era o P3. Na abertura da volta 9 o líder do campeonato se seu mal ao tentar passar Rafael Teixeira. Caiu pra P12, teve um pneu furado e o carro bem avariado. Leist virava mais rápido que Zezinho, que defendeu bem a posição, mas na direção defensiva, os doi permitiram a chegada de Rafael Reis, que na volta 11 aproveitou um erro de Arthur Leist para tomar a P2 e acionando o “push” na reta oposta, passou o Zezinho e tomou a ponta pra não mais perder. Os três continuaram andando relativamente juntos, com Arthur Leist atacando o Zezinho, mas sem sucesso. Eles fecharam o pódio nessas mesmas posições.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Entre 12:45 e 13:00 do domingo foram longos 15 minutos. Na Band, Arrelia Jr. e a Chapolim Colorada rindo um do outro (única explicação lógica possível) e no canal globêstico *a segunda vogal não era bem essa...) o Nhonho comentando um desfile de carros antigos, referindo-se ao início da Stock Car (as imagens não mostraram nenhum Opala) e falando que teve um Puma... fui obrigado a por a TV no mudo.

- Transmissão da Stock Light do céu ao inferno: narração poderosa do Filho do Deus do Egito e comentários do Chuck, o brinquedo assassino e coçador de saco, que comenta melhor do que assessora a Copa Truck.

- A VICAR, através da sua assessoria de imprensa, informou que as corridas seriam transmitidas em TV aberta pela Rede TV. Não sei como foi em outros estados, mas aqui em Palmas passaram programação local e nada de corrida. Se liguem nas paradas.

- Preciso parabenizar o diretor de imagem da transmissão da Stock Light, que depois da corrida, na hora que o Chuck, o brinquedo assassino, foi fazer as entrevistas após as corridas e o diretor cuidou para que a imagem do coçador de saco só aparecesse da metade superior do tórax para cima. A família brasileira agradece.

- Minha filha foi assistir a corrida das mulheres no sábado e saiu do quarto gargalhando e falando: “Pai, barraram o Nhonho na transmissão!” Moleca inteligente... saiu ao pai! A transmissão foi com o entregador de pizza de e a volta do piloto tradutor ao canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...).

- Na F1, foi divertido ver a Cadeiruda ensinando o Caprichoso e o Goleiro de Pebolim o que é estratégia durante as corridas.

- Esse negócio de corrida na parte da tarde pode ser um problema pro Matuzaleme. Ele deu uns cochilos bem longos durante a transmissão... voltas e voltas de total silêncio.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.