Olá, tudo bem? Faltando menos de um mês para a Petit Le Mans, estou ansioso por voltar ao IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Estarei ao lado do Juan Pablo Montoya e do Dan Cameron pilotando o Acura ARX-05 da Meyer Shank Racing. Na verdade, voltarei a utilizar o equipamento que me foi tão familiar nos anos de 2018, 2019 e 2020. Parte da história vocês já conhecem. A equipe Penske e a Acura fizeram um programa de três anos para competir no IMSA. Foi, sem dúvida, uma parceria de sucesso porque, desses três anos, fomos campeões em dois. O Juan Pablo e o Dan foram campeões em 2019 e, no ano seguinte, o título foi conquistado por mim e pelo Ricky Taylor. Apesar desse sucesso todo, o programa não foi renovado e aqui há uma curiosidade que talvez não seja de conhecimento por parte da maioria. A Acura, que era dona do equipamento, pegou o carro #7, que era meu e do Ricky, e entregou para a Wayne Taylor Racing. O outro, o #6, passou para a Meyer Shank Racing, que já era parceira da Honda e da Acura muito tempo antes de a Penske fazer parte do programa. No início do ano, integrei o quarteto da WTR que venceu a Rolex 24 at Daytona ao lado do Ricky, Alexander Rossi e o Filipe Albuquerque. Foi uma prova sensacional, a realização de um sonho, mas nosso acordo ficou restrito àquela prova, pois já estava compromissado com a MSR para disputar seis provas na IndyCar. Os protótipos Acura sofrearam algumas evoluções e Helio Castroneves está animado. Foto: MSR Divulgação. Agora, fecharei o ano como comecei, ou seja, competindo nos protótipos. A Petit Le Mans tem 10 horas de duração e fica muito pesado para dois pilotos apenas. Por causa disso, na semana passada fomos treinar em Daytona. Obviamente quer fomos para trabalhar no carro, mas também serviu para que o Juan Pablo e eu recuperássemos o ritmo. Isso é necessário porque o fato de eu ter andado pela última vez de protótipo em janeiro, exige uma readaptação. Foi uma experiência muito boa, pois pudemos simular uma corrida e em pouco tempo voltamos ao ritmo, como se nunca estivéssemos longe desse carro. Mas apesar de toda a familiaridade, dois pontos me chamaram a atenção. Nesse carro específico, o freio é um pouco diferente, mas sem problemas. Só que a coisa pegou mesmo foi no banco. Como todos sabem, nos protótipos precisamos ter um banco que seja confortável para todos os pilotos do time. Numa prova curta, um ou outro desconforto não causa tanto problema, mas realmente começa a virar problema numa prova longa. E nossa busca é encontrar um meio termo eficiente, pois queremos a todo custo evitar a troca de banco durante os pits, por roubar um tempo precioso na parada. Eu senti que, na posição em que estava, o Hans pressionava o meu ombro direito. Aparentemente, não era um problema, mas com o passar das voltas passou a incomodar. O jeito foi improvisar com a colocação de espuma no banco. Eu não gosto de utilizar esses artifícios, mas no meio do teste foi necessário. Por causa disso, até o início das atividades oficiais, vamos ter de trabalhar nesse ponto. É isso, grande abraço a todos e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A coluna desta semana vai ser bem diferente. Assuntos para falar não faltam e se eu fosse me concentrar como costumo fazer nos assuntos da categoria, teria muito para falar sobre quem deve testar em Barber para a temporada de 2022 ou mais um pouco sobre as movimentações de bastidores para o preenchimento de vagas no grid. Só que é impossível ignorar que, nesta semana, olhos, corações e mentes de muitos que fazem parte do universo da IndyCar Series estarão em Austin, no Circuit Of The Americas para o evento da Fórmula 1 nos Estados Unidos. Especialmente com o que deve ser oficializado durante esta semana, em algum dos dias, que é a chegada de Michael Andretti como sócio/proprietário de uma equipe da categoria. A Fórmula 1 é a Fórmula 1 e isso já dis tudo. Pato O’Ward foi direto ao dizer que “qualquer piloto que diga que não cresceu querendo correr no campeonato mundial está mentindo”. Bom, Pato é mexicano e acredito que no México e em vários outros países isso seja 100% verdade. Não sei se isso seria tão grande entre os pilotos norte americanos, mas após o período dos “anos Fittipaldi” aqui na IndyCar, depois de Nigel Mansell e mais recentemente de Fernando Alonso, e agora com Romain Grosjean, os ares da categoria anda circulando com mais força por aqui. O nome Andretti deve voltar a circular com intensidade no paddock da Fórmula 1 já neste final de semana em Austin. A Fórmula 1 é uma categoria diferente de tudo que estamos acostumados a ver por aqui. Confesso que acho algumas coisas bastante previsíveis e algumas corridas não tem a emoção que vejo nas nossas corridas, seja da IndyCar Series ou de outras categorias americanas, mas ela tem uma visibilidade que talvez nenhuma outra tenha e com tanta exposição, com o que um piloto pode ganhar em um contrato e o envolvimento de grandes montadoras de veículos de todo o mundo. Isso faz diferença. Muito tem se falado na ida de Colton Herta para a equipe de seu chefe na IndyCar Series, mas há um impedimento técnico que são os chamados “pontos da Super Licença”. Colton tem 32 pontos nos últimos três anos e seriam necessários 40 ponto para ele poder correr na categoria e eu não sei se haveria meios para ser aberta uma exceção e ele vir a ser companheiro de equipe de Valtteri Bottas na equipe, que não sabemos se seguirá com o mesmo nome. Colton Herta fez algumas grandes corridas na IndyCar Series este ano e tem tido seu nome falado para mudar de categoria. Fiz uma pequena pesquisa antes de escrever a coluna. A propriedade da equipe é do grupo suíço Sauber, que usa o nome Alfa Romeo e tem os carros equipados com motores Ferrari. As duas fabricantes de carro fazem parte do mesmo grupo (Fiat) na Itália. Mas em 2021 a equipe usará motores Mercedes e com Andretti como sócio, não faz muito sentido a equipe manter o nome da Alfa Romeo. Será que teremos a “Andretti F1” ou algo parecido? Espero que sim. Outro que vai estar imerso no ambiente da Fórmula 1 em Austin é Pato O’Ward. Ele corre para a McLaren na IndyCar Series e a McLaren é uma das principais equipes da Fórmula 1. Assim como Colton Herta, Pato O’Ward não tem os pontos necessários para disputar o campeonato. Ele tem 30 pontos, mas Zak Brown, CEO da McLaren vai levar o seu piloto da IndyCar Series para os testes pós-temporada que acontecem em Abu Dhabi após a última corrida do ano. Piloto da McLaren na IndyCar Series, Pato O'Ward vai ter a coance de tesstar os carros da equipe na F1 nos testes em Abu Dhabi. Um fator joga a favor de Colton Herta e Pato O’Ward em 2022: ambos podem atingir o número de pontos necessários para ter a “Super Licença” e eles são muito jovens – Herta tem 21 anos e O’Ward 22 – e estão competindo em alto nível na IndyCar Series, algo que nem todos conseguem fazer na Fórmula 1. Lá as equipes menores não tem muitas chances de grande resultados e vitórias. A garantia é que quando vocês estiverem lendo esta coluna, a história vai estar acontecendo em tempo real e isso pode até ser assunto para a semana que vem. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |