Oi pessoal, tudo bem? Se há uma coisa que adoro é testar. Passar o dia fazendo experimentações e procurando as combinações que resultem no melhor acerto do carro é comigo mesmo. E é justamente isso que estou fazendo nos últimos dias. Nesta semana, estou na pista novamente, mas dessa vez com o Protótipo Acura da Meyer Shank Racing, que pilotarei na última etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship deste ano, a tradicional Petit Le Mans, prova de 10 horas de duração em Road Atlanta. Será no dia 13 de novembro e dividirei o carro com Juan Pablo Montoya e o Dane Cameron. Está sendo muito legal essa retomada com um carro do qual sou muito íntimo. Passei três temporadas, entre 2018 a 2020, tendo como atividade principal o programa de Endurance da Penske, em parceria com a Acura. Tínhamos dois carros e fechamos o programa de três anos com dois títulos. Em 2019, foram campeões o JP e o Dane. No ano seguinte, foi a vez da dupla formada por mim e pelo Ricky Taylor. Ao término do programa com a Penske, a Acura entregou um dos carros para a equipe do Mike Shank e o outro para a Wayne Taylor Racing. E foi justamente na equipe do pai do Rick que vencemos a Rolex 24 at Daytona, em janeiro último, numa formação composta por nós dois, o Filipe Albuquerque e o Alexander Rossi. Depois de uma semana testando em Indianpolis, Helio Castroneves vira a chave e se prepara para o IMSA. Depois daquela vitória maravilhosa, estreei na Meyer Shank Racing com aquela vitória histórica em Indianapolis e o restante dessa história vocês já sabem. Firmei com a equipe para correr a temporada completa em 2022 e nosso acordo cresceu também para o Endurance. Como já expliquei, a Petit Le Mans terá significação dupla para nós. Além de ajudar a MSR para terminar da melhor forma possível o campeonato deste ano, já será uma preparação para a Rolex 24 at Daytona do ano que vem, para a qual também estou escalado. O Jim Meyer e o Mike Shank ainda não definiram os pilotos titulares para a temporada regular do ano que vem, mas já escolheram aquele carinha que vai aparecer apenas nas provas longas para ajudar na condução: um tal de Castroneves. Pois é, além de Daytona, vou ajudar o time em Sebring, Watkins Glen e Petit Le Mans em 2022, enquanto estarei em tempo integral na temporada da IndyCar. É por isso que estou alternando testes nos dois carros. E temos de aproveitar agora, antes que a neve caia por aqui. É isso, amigos, abração e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A temporada (de corridas) 2021 da IndyCar Series já terminou, Alex Palou levantou o título, as equipes retornaram (em grande parte dos seus efetivos) às suas sedes, mas a chamada “Silly Season” continua acelerando com o pé no fundo, animada como há muito tempo não se via. Algumas mudanças ou confirmações de cockpit já estão definidas, como é o caso de Romain Grosjean na Andretti e de Simon Pagenaud na MSR, Callum Ilott fazendo a temporada completa de 2022 pela Juncos, Rinus Veekay continuando na Ed Carpenter Racing e a mudança de Jack Harvey para a RLL, mas a roda da fortuna continua girando loucamente nos bastidores da categoria e muita coisa deve acontecer até a abertura do campeonato do próximo ano em St. Petersburg no final de fevereiro. A Dale Coyne estava com duas vagas abertas e certamente o telefone não parou de tocar. Mas pouco antes de eu concluir o texto recebi a informação quente que Takuma Sato já ocupou um dos lugares disponíveis. Só que mais uma vaga pode surgir caso saia um acordo com a equipe HMD Motorsports Indy Lights para se alinhar com DCR. Caso isso se confirme e um terceiro carro seja montado, o candidato mais forte é o vice campeão da categoria base, David Malukas. Romain Grosjean já está de macacão novo e andou testando em Indianapolis para fazer a temporada completa em 2022. O outro carro pode ser ocupado por um piloto europeu vindo da Fórmula 2, mas as possibilidades de parcerias envolve também Jimmy Vasser e James Sullivan, com quem a Dale Coyne e certamente a melhor proposta financeira deve definir com quem a DCR vai se associar. Quem ficar de fora nesse casamento pode encontrar conforto nos braços de AJ Foyt, que também está pensando em se associar para fortalecer sua estrutura para o próximo ano, que pretende manter Sebastien Bourdais para ficar à frente do desenvolvimento. Além da Juncos, que já confirmou a participação da temporada em tempo integral para 2022, a inglesa Carlin também está com os planos bem ajustados para 2022, infelizmente na direção contrária. A intenção é de se desligar de vez na IndyCar Series e com isso, seus equipamentos estão “no mercado”, inclusive os da Indy Lights. A confirmação da saída da Carlin deixa Max Chilton a pé. Uma opção seria a RLL, mas além de Graham Rahal e Jack Harvey, quem aparece com mais chances de ocupar o terceiro carro da equipe é Christian Lundgaard, piloto da Fórmula 2 e que foi muito bem na corrida que participou este ano. Além de Max Chilton, Conor Daly ainda continua esperando para ver se ele dividirá o carro com seu proprietário/piloto pela terceira temporada consecutiva. Apesar do ponto de interrogação pairando sobre o futuro de Carlin (seu equipamento, na verdade), o interesse da equipe Dale Coyne em trabalhar com Daly em tempo integral é bem conhecido, mas exige do piloto um investimento (patrocínio) para fechar a conta. Michael Andretti não pretende deixar o campeão da Indy Lights escapar e aposta no sucesso de Kyle Kirkwood. Com as grandes mudanças na Andretti, Ryan Hunter-Reay e James Hinchcliffe, que perderam seus lugares estão em busca de novas oportunidades. O nome de Hunter-Reay continua a ser mencionado em todos os lugares, da Ed Carpenter Racing a Foyt, mas não há notícias a relatar, apenas rumores. O nome de James Hinchcliffe também tem soado nas últimas semanas , mas fora da categoria. O prefeito de Hinchtown pode se juntar ao campeonato IMSA WeatherTech SportsCar no próximo ano em uma de suas classes GT. Na Andretti, o campeão da Indy Lights Kyle Kirkwood e seu companheiro de equipe Devlin DeFrancesco deverão testar carros da equipe no final deste mês – provavelmente em Sebring. A equipe conta com três pilotos com os quais já tem contrato em tempo integral (Alexander Rossi, Colton Herta, Romain Grosjean) e já deixou claro que manter o campeão da Indy Lights é uma prioridade. Mas além desses pilotos, a equipe deu suporte a outras equipes, o que pode somar outros carros em algumas etapas, especialmente na Indy500, onde Stefan Wilson correu e fez um bom papel. Envolto nos rumores sobre a chegada da Andretti à Fórmula 1, Colton Herta está na expectativa dobre o que vai acontecer. Ainda teremos muitas coisas para falar nas próximas semanas e eu já vou dar um spoiler sobre a coluna da semana que vem, que será publicada às vésperas do GP dos Estados Unidos de Fórmula 1, no COTA, que pode ser o local onde Michael Andretti pode anunciar o fechamento do negócio para retornar à categoria como proprietário de equipe, levando sua expertise vencedora e Colton Herta para ser o companheiro de Valtteri Bottas em 2022. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |