Tudo bem, pessoal? Espero que sim! Como a temporada da IndyCar já terminou, aposto que tem gente pensando que eu estou de perna para o ar, descansando sem nada para fazer, né? Nada disso, o negócio é acelerar o tempo todo. Já tenho várias atividades marcadas, uma delas já nesta sexta-feira, 8. E também tem novidades! Vou começar contando as novidades ... Não, vamos pela ordem, até porque já estou de malas prontas para viajar nesta quinta. Em primeiro lugar, estou muito feliz em voltar ao oval do Indianapolis Motor Speedway e num teste muito especial da Firestone. A fornecedora de pneus já está trabalhando no novo pneu que equipará a categoria a partir de 2023, quando serão adotados os novos motores. Para falar a verdade, qualquer mudança no carro, quando é para todo mundo em razão de regulamento, exige um reestudo dos pneus. Agora, numa mudança grande como essa, a necessidade é maior ainda. Só serão dois pilotos, eu com Honda e o Pato O’Ward com Chevrolet. Em ocasiões como essa, nem sempre a velocidade é o fator principal. Não é que a gente vai andar devagar, não é isso, não me entendam mal. Mas como se trata de acumular dados para um pneu que ainda vai ser implantado, tudo o que a Firestone levar para a pista terá de ser experimentado e o projeto da construção do novo pneu será alimentado com o que a gente fizer na pista. Eu estou muito contente por participar dessas verificações porque, além de continuar acelerando e mantendo o ritmo, para nós da Meyer Shank Racing (MSR) é mais uma fase na nossa preparação para 2022. Enquanto não chega 2022, Helinho vai correr a Petit Le Mans pela MSR e esta semana. tertar o carro em Indianapolis. Vamos agora para a novidade? Vamos! Estou muito empolgado em poder anunciar que disputarei a Petit Le Mans, prova de encerramento do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, no circuito de Road Atlanta, entre os dias 11 e 13 de novembro. A MSR tem um ótimo programa na IMSA e vou correr com o Juan Pablo Montoya e o Dan Cameron. Mas não é só. Em 2022, além da temporada completa da IndyCar, vou pilotar para a MSR na Rolex 24 at Daytona, Twelve Hours of Sebring e na Petit Le Mans. Como essas provas são de longa duração, minha função será a de ajudar o time. E o legal é que será com o mesmo protótipo Acura do meu título e do Ricky Taylor no ano passado. Será muito legal. Por hoje é só, amigos. Forte abraço e até semana que vem! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A temporada de 2021 da IndyCar Series terminou deixando um enorme vazio para quem acelerou com as fortes emoções, especialmente proporcionadas nas 5 últimas corridas, onde o cenário do campeonato mudou e voltou a mudar, terminando com um final dramático em Long Beach. Mas as emoções da temporada de 2022 já começaram. Não apenas pelo calendário – assunto que vou falar em outra oportunidade – mas pela chegada de novas equipes e de equipes que pretendem ter mais carros na pista no que vem. Como vocês sabem, temos equipes na IndyCar Series com carros equipados com motores Chevy e outros com motores Honda. Durante a maioria das provas do ano tivemos 24 carros no grid, quase sempre com 11 Chevy e 13 Honda. No final do ano chegamos a ter 27 carros, com 12 Chevy e 15 Honda, e para 2022, se a tendência de crescimento continuar conforme o esperado, alguns locais podem ter até 30 carros inscritos para a corrida. Se formos olhar além do potencial de crescimento da categoria – que é algo muito bom, especialmente pela oportunidade para novos pilotos vindos da Indy Lights e da Europa – precisamos considerar a possibilidade de engarrafamentos nos boxes, além de haver “congestionamentos” para lidar com os percursos mais curtos de circuitos mistos ou te circuitos de rua, onde a qualificação é feita com o grupo dividido em duas partes para a rodada de mata-mata de abertura. O crescimento do grid na IndyCar Series é uma realidade e pode ser ainda maior para 2022... e isso gera desafios. Os dirigentes da categoria estão atentos a isso e para alguns circuitos já estudam dividir a classificação em três grupos ao invés de dois e – segundo Jay Frye – eles já estão estudando onde potencialmente podem haver problemas e estão buscando formas de como evitá-los. Gente mais nova, como eu, não viu que essa situação não é nova para muita gente que está na categoria há pelo menos 30 anos. A antiga CART IndyCar Series enfrentou o mesmo problema no início de 1990 e implementou um sistema de pré-qualificação – semelhante ao que era utilizado na Fórmula 1 – onde uma sessão especial era realizada na manhã das sextas-feiras e isso eliminava dos treinos classificatórios os carros e pilotos mais lentos. Essa é uma das possibilidades, mas a direção da categoria tem sido relutante em adotar esta opção. Tony Cotman, o responsável por projetar os circuitos urbanos e verificar as condições dos autódromos mistos tem quebrado a cabeça fazendo contas para ver como encaixar grids grandes nos circuitos onde a IndyCar Series vai correr em 2022. Para ele, se tiver de 35 a 40 pés de extensão para a posição de cada carro nos pits, isso é espaço suficiente para que vários carros façam paradas simultâneas sem que aconteçam colisões entre eles (isso é algo que teremos que ver na prática). Entre todas as etapas do calendário do próximo ano, Toronto talvez seja o maior desafio para conseguir colocar todo mundo. Apesar de todo esforço e planejamento, eles sabem que vão passar por apertos e já estão buscando soluções de como encaixar, por exemplo, casos como o do circuito de rua de Toronto, onde espaço livre já é valioso para o layout espremido entre um centro de exposições, o hotel e o estádio de futebol. Em vez de restringir o número de inscritos, eles podem sugerir um evento diferente como um melhor ajuste no calendário. O sucesso e o crescimento será um desafio interessante para a IndyCar Series administrar, mas para quem tem o Capitão Roger Penske à frente da categoria. Podermos ter certeza que soluções inteligentes serão encontradas. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |