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Da motoGP à Copa Truck, motores roncaram alto. O problema foi a chuva PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 04 October 2021 10:12

Olá leitores!

 

Mais um final de semana em que o fã de esporte a motor teve muito pouco a reclamar... talvez fosse ainda melhor se a chuva não tivesse atrapalhado a realização da corrida da Cup Series em Talladega, mas ainda assim não podemos dizer que “foi decepcionante”. Da agilidade das motos do Mundial de Motovelocidade aos pesos pesados da Copa Truck, os motores roncaram alto no fim de semana.

 

Comecemos pela Truck, que foi fazer sua penúltima etapa no mais recente autódromo brasileiro, o Potenza, na cidade mineira de Lima Duarte. Para meu gosto particular a pista é muito travada, mas o tapuia padrão prefere chamar isso de “pista técnica” e que “separa os homens dos meninos”... enfim, depois piloto brasileiro vai para o exterior, pega pista com curva de alta velocidade e fica mais perdido que cachorrinho que caiu do caminhão de mudanças... mas ao menos é uma pista que foi construída e não destruída como é o padrão na República Sebastianista da Banânia. Mas vamos ao que interessa: as disputas na pista. Infelizmente a primeira corrida do dia teve pouca ação devido à necessidade de reorganizar as coisas após o forte (e, felizmente, sem maiores consequências que o dano material) acidente entre Fabio Fogaça e Danilo Alamini. Com isso, o tempo restante de corrida foi reduzido e fez com que as disputas fossem acirradas. Ao final as posições de largada acabaram se fazendo prevalecer (lembremos, a pista é travada) e o pódio foi composto pelas mesmas posições em que os pilotos largaram: Felipe Giaffone (Iveco) em 1º, Beto Monteiro (VW) em 2º, André Marques (Mercedes) em 3º, Paulo Salustiano (VW) em 4º e Roberval Andrade (VW) em 5º. Com o grid invertido para a segunda etapa, Jaidson Zini (MAN) largou na pole e tinha tudo para confirmar a liderança até o final... mas uma punição por queima de radar o levou a um drive-through, fazendo a vitória cair no colo de Danilo Dirani (Mercedes), seguido por Paulo Salustiano em 2º, André Marques em 3º, Adalberto Jardim (Protótipo) em 4º e Beto Monteiro fechando o pódio da segunda corrida em 5º. Imagino que uma corrida de motos seja legal lá no Potenza... para a Truck, não funcionou.

 

O TCR South America foi para mais uma etapa uruguaia, dessa vez em El Pinar, uma pista construída nos anos 50, que ao contrário das pistas tapuias tem diversas opções de traçado, curvas de raio longo e velozes, enfim, em uma mesma pista você pode ter a opção de fazer algumas etapas seguidas sem repetir o traçado... ai, que inveja... bom, mas estou divagando: as duas corridas, em que pese o grid ainda reduzido (de um grid total de 12 carros, largaram apenas 10), tiveram boas disputas na pista, felizmente ambas com vitória brasileira: Rodrigo Baptista (Audi) conseguiu um desempenho impressionante e não deu chance para os adversários. No sábado ele foi acompanhado no pódio por Pepe Oriola (Honda) no 2º lugar e Manuel Sapag (Honda) em 3º lugar. No domingo, mesmo largando em 10º Rodrigo conseguiu alcançar a liderança novamente por volta da metade da corrida e lá permaneceu. O susto ficou por conta de Cyro Fontes (Lynk & Co), que foi de encontro ao guard rail e obrigou o safety car a entrar na pista para a retirada do carro. Dessa vez Rodrigo foi acompanhado no pódio por Pablo Otero (Lynk & Co) em 2º e novamente por Manuel Sapag na 3ª posição. Próxima etapa será em terras argentinas, em Rio Cuarto. Aguardemos...

 

E o Mundial de Motovelocidade foi até Austin para uma etapa repleta de reclamações dos pilotos a respeito da qualidade do asfalto, que segundo eles tornava “a pista perigosa”... esse povo corre no Red Bull Ring, corre em Sachsenring, corre em Portimão e não ficam reclamando de “falta de segurança”... impressionante como os parâmetros de segurança ficam “mais rígidos” quando se sai do continente europeu... enfim, houveram problemas de segurança, mas não relacionados ao asfalto. Na Moto3, uma decisão que eu não tinha visto ainda: tivemos a primeira bandeira vermelha por conta da queda do Filip Salač, e após a relargada o Deniz Öncü fez o favor de bater no Jeremy Alcoba em uma pista de 15 metros de largura, fazendo Alcoba cair... como na Moto3 todo mundo anda embolado, Andrea Migno e Pedro Acosta não conseguiram desviar e se envolveram no acidente. O estado do macacão do Migno no retorno aos boxes diz muito a respeito da qualidade e da importância dos atuais equipamentos de segurança da categoria. Foi com uma certa ajuda da sorte, reconheço, que nada de mais grave aconteceu. Após alguns minutos de reunião, a direção da prova (acertadamente, em minha modesta opinião) resolveu dar a prova da Moto3 por encerrada com as posições em que os pilotos estavam por ocasião da primeira bandeira vermelha. E o menino Öncü vai ficar na mão por duas etapas, no cantinho de castigo, pensando no tamanho da caca que fez durante as etapas em Misano e Portimão, já que simplesmente não tem justificativa para o movimento dele na reta mais veloz da pista. Os outros 3 pilotos envolvidos não se feriram com gravidade pois não era a hora. Assim sendo, o pódio ficou com Guevara na 1ª posição, Foggia em 2º e McPhee na 3ª posição. Na Moto2 o espanhol Raul Fernandez mostrou mais uma vez que é o nome a ser temido no futuro, quando chegar à categoria principal... com a vitória nesse domingo, se tornou o primeiro estreante a vencer 7 corridas em uma temporada desde um tal de Marc Márquez, que sabemos o que virou depois... bem que no final Fabio di Giannantonio tentou tirar mais essa vitória da revelação espanhola, mas teve que se contentar com o 2º lugar do pódio. O degrau mais baixo ficou com Marco Bezecchi, mais uma boa “cria” da academia de pilotos do Valentino Rossi. E para apimentar o campeonato, o líder Remy Gardner não terminou a prova, e agora apenas 9 pontos separam os companheiros de equipe Gardner e Fernandez... vai ser interessante. Na MotoGP, Marc Márquez confirmou que é o piloto que melhor se adapta à pista de Austin e conquistou mais uma vitória (a sétima) na pista texana. Largou muito bem, assumiu a liderança já na primeira curva, e dali pra frente foi só acelerar, aumentar a vantagem e administrar no final. #MM93 foi simplesmente soberbo em Austin. Quem fez uma ótima corrida também foi o virtual campeão da temporada, Fabio Quartararo, chegando em 2º lugar e ampliando ainda mais sua vantagem na pontuação (agora são 52 pontos de vantagem com 75 pontos ainda em jogo até o fim da temporada), em que pese todo o trabalho das equipes Ducati para dar uma chance de disputa para Francesco Bagnaia, que “with a little help from his mates” conseguiu minimizar os danos de uma largada não exatamente primorosa e chegar em 3º lugar. Menos mal que o Jorge Martin (Ducati Pramac) ainda deu uma disfarçada, pois o Jack Miller até fez sinal com a cabeça indicando por onde o Bagnaia deveria passar. No final da corrida o clima esquentou entre Miller e Mir, já que o atual campeão quis fazer uma ultrapassagem meio “kamikaze” sobre o Miller e o australiano não encarou aquilo de maneira exatamente esportiva... Mir que se cuide até o fim da temporada, se o Miller tiver uma chance de mandar ele passear na caixa de brita de alguma pista ele vai fazer sem o menor pudor.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.