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E agora, 2022... / Alex Palou corre para o título em mais um show de Colton Herta PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 29 September 2021 18:21

Pois é, amigos, no último domingo, naquele lugar tão emblemático para o automobilismo que é Long Beach, foi encerrada a temporada 2021 da IndyCar e quero começar a coluna mandando os parabéns para o jovem campeão Alex Palou e sua equipe, a Ganassi. Foi uma conquista muito merecida e quero cumprimentar também o Josef Newgarden (Penske) e o Pato O’Ward (McLaren), que chegaram na última etapa com chances de título.

 

Fiquei feliz no Qualifying, pois conseguimos melhorar o equilíbrio do carro e conquistei o P3 para o grid de largada. Aliás, dentre todas as seis provas desta temporada em que estive na pista, essa foi minha melhor posição de largada. Nem na Indy 500, que venci no dia 30 de maio, foi tão bom. Naquela ocasião, larguei em 8º.

 

Na corrida de 85 voltas, nosso início foi muito bom. Mantive a posição de largada nas 18 primeiras voltas e liderei entre a 19 e 33, quando fiz meu primeiro pit. Se a gente comparar com outros pilotos, eu fui o último do bloco dianteiro a parar porque nossa estratégia era esticar o stint e parar em bandeira amarela. Até aquele momento, a prova já somava três amarelas.

 

 Helio Castroneves andou no pelotão da frente e chegou a liderar no primeiro terço da corrida, mas a MSR "arriscou na estratégia".

 

A estratégia até funcionou parcialmente no início, pois antes da segunda parada já tinha voltado ao bloco da frente, mas aí nossa estratégia não se confirmou. Na segunda parte da prova só houve uma amarela e eu acabei tendo de parar com a prova em andamento. Obviamente que fiquei desapontado, mas foi uma prova muito útil para a nossa preparação para a temporada 2022.

 

Por falar nisso, novamente terei a honra de contar com o Simon Pagenaud como companheiro de equipe, cuja contratação pela Meyer Shank Racing foi confirmada na segunda-feira, 27. Já corremos juntos na Penske e posso afirmar que o Simon é uma grande aquisição para a equipe.

 

Com o encerramento do calendário, todo o nosso esforço a partir de agora será voltado para 2022 e estou muito ansioso para poder contar a vocês todas as novidades que teremos. Mas tudo isso vou contar mais para a frente.

 

Forte abraço a todos e até semana que vem!  

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

A corrida deste último final de semana da IndyCar Series, na minha querida Long Beach fechou um ano da IndyCar Series com chave de ouro... e não apenas pela corrida, que foi sensacional, mas pelas coisas que aconteceram durante a temporada.

 

Tivemos a volta de mais inscritos do que vagas na Indy500, tivemos a vinda de um grande piloto como Romain Grosjean ter sucesso como teve em seu primeiro ano e se sentiu tão a vontade a ponto de decidir correr em um oval este ano e fazer a temporada completa em 2022, sem falar no fato de ter sido contratado pela Andretti.

 

O Grid cresceu ao longo da temporada e temos 28 carros para o início da temporada 2022, que ainda tem possibilidades de reunir mais pilotos de grande nível vindos da Europa, com passagens na Fórmula 1 para deixar as corridas ainda mais competitivas.

 

Mas vamos falar da corrida de encerramento da temporada, a minha primeira usando uma camisa do Nobres do Grid, apesar de não ter sido feito o pedido de credenciamento oficial pela direção por causa da Covid19. Tudo estava perfeito. O clima seco, a temperatura não muito quente, o controle de acesso reduzindo a quantidade de pessoas, o que nos deu mais facilidade para transitar atrás dos pits...

 

Palou estava controlando a corrida, mas quando O'Ward abandonou, o título só seria perdido com uma tragédia na pista. 

 

Alex Palou veio para o fim de semana precisando de pouco mais do que passar a corrida sem surpresas desagradáveis e assim garantir o título, e seu desejo foi atendido. A coisa mais próxima que ele teve de um susto veio logo no início, e não apenas ele escapou ileso, mas o incidente neutralizou sua maior ameaça.

 

Depois de uma largada onde os três primeiros mantiveram suas posições, com Newgarden na Liderança e precisando vencer para manter as esperanças num título improvável, segido por Scott Dixon e pelo nosso colunista a quem rendo homenagens, Helio Castroneves, a corrida estava tranquila para Palou e ficou ainda mais quando, na volta 11, Ed Jones tentou uma manobra suicida e acabou acertando a McLaren de Pato O’Ward, fazendo o mexicano rodar e cair para o fundo do pelotão. O Safety Car entrou e reorganizou a corrida que, na relargada, os pilotos da frente continuaram nas suas posições. Palou vinha confortável, arriscando pouco e evitando problemas.

 

 Colton Herta largou em 14° e escalou o pelotão até chegar à liderança da corrida, superando Newgarden e ajudando Palou.

 

Problemas que Pato O’Ward acabou colhendo como efeito da batida que sofreu. Passadas 16 voltas e o carro do mexicano perdeu velocidade na reta dos pits. Pelo rádio ele informava que não estava conseguindo passar marchas e acabou parando seu carro junto ao muro interno. Isso levou Newgarden e Dixon para os pits. Castroneves ficou na pista, apostando numa estratégia com duas paradas para as 85 voltas. Palou e a Chip Ganassi não inventaram e o espanhol também parou. Quando a corrida recomeçou, mesmo com o abandono de O’Ward, isso não significava que Palou pudesse relaxar completamente – Josef Newgarden, ainda estava na pista e era o único outro piloto na disputa (matemática) pelo título.

 

Correndo na frente e ainda podendo acreditar em um milagre se a tarde de Palou saísse completamente dos trilhos. Mas Palou fez a sua parte ao evitar problemas e conseguiu uma ajuda na segunda metade da corrida, quando Colton Herta, que voava na pista depois de largar numa 14ª posição que não mostrava como ele estava rápido, assumiu o lugar de Newgarden na liderança. Palou foi negociando de forma segura as ultrapassagens até assumir o quarto lugar atrás do companheiro de equipe Scott Dixon foi mais do que suficiente para consolidar a sua posição até o final da prova para sagrar-se o primeiro campeão espanhol da IndyCar.

 

 Romain Grosjean conquistou a categoria, o público, a família Andretti e deu nova nova direção à sua carreira. 

 

Romain Grosjean fez uma grande corrida e nesta etapa final, esforço agressivo para terminar com o “título de Estreante do Ano”, mesmo sem correr na grande maioria dos ovais. O franco-suiço foi bastante combativo nos primeiros dois terços da corrida, mas seu dia foi desfeito quando ele bateu no muro da Curva 8 e causou danos suficientes para ter que abandonar a corrida. Sentado na mureta, sem capacete e um tanto desapontado, Grosjean foi muito aplaudido pela torcida presente.

 

Alex Palou fez por merecer o título deste ano e, uma das cenas que eu vi – por estar bem perto – foi o abraço de Scott Dixon no seu companheiro de equipe e novo campeão da categoria. Não consegui ouvir o que ele disse, mas perguntei ao neozelandês o que ele tinha falado. Ele disse que parabenizou o colega pelo título, que foi merecido. Um grande reconhecimento.

 

  

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

    
Last Updated ( Wednesday, 29 September 2021 19:32 )