Amigas e Amigos! Cá estou na estrada novamente porque neste domingo, a partir das 16:00, no horário do Brasil, acontece o Firestone Grand Prix of Monterey no mais do que conhecido e festejado WeatherTech Raceway Laguna Seca, na Califórnia. Será a penúltima etapa do 2021 NTT IndyCar Series e as atividades de pista começam já na sexta-feira, com um treino livre (18:30 às 19:15). No sábado, 18, os carros voltarão para a pista de 3,6 km para o segundo treino livre (14:45 às 15:30) e o Qualifying, que terá início às 18:05. No domingo, enquanto a galera estiver almoçando aí no Brasil, teremos um treininho de aquecimento de meia hora (13:00 às 13:30), o chamado Warmup, antes da corrida de 90 voltas, quatro da tarde. Gosto muito dessa pista, onde tive oportunidade de correr algumas vezes, entre minhas temporadas de IndyCar e IMSA. Ainda na época da CART, em 2000, venci com pole. Aliás, o recorde de volta no Qualifying ainda é meu, com 1min07s722. Pela IndyCar, porém, será minha “estreia”, pois quando a categoria voltou a Laguna Seca, em 2019, eu já não estava em tempo integral na equipe Penske de Indy. Em compensação, nas minhas três temporadas de protótipos, o Ricky Taylor e eu fizemos a pole em 2019 e vencemos em 2020. Como vocês se lembram, estava muito empolgado com a corrida da semana passada, em Portland. Numa prova de 110 voltas, daria para elaborar uma estratégia muito consistente e buscar um bom resultado para a Meyer Shank Racing. Na classificação, confesso, não fomos bem, mas aprimoramos o acerto que tínhamos usado num dos treinos livres, no qual fui 2º, para entrar na corrida de forma bem competitiva. Mas não foi isso o que aconteceu, talvez porque nem todo mundo ouviu do seu Helio os mesmos ensinamentos que recebi. Desde os tempos do kart meu pai sempre disse: “Filho, uma corrida não pode ser vencida na primeira volta, mas pode perfeitamente ser perdida já na primeira curva”. Tirado da disputa antes da primeira curva, restou a Helio Castroneves usar a corrida como um treino para Laguna Seca. Ainda na primeira curva depois da largada, fui jogado para fora da pista porque, numa sequência de batidas iniciada atrás, seguramente alguém que não recebeu esse sábio conselho ou, sei lá, esqueceu. Para piorar, meu carro ficou preso numa elevação e não consegui sair. Se fosse só isso, tudo bem, ou melhor, menos ruim. O problema é que prejudicou a suspensão do carro e, quando voltei, não dava para continuar daquele jeito. Desistir? Jamais! Foi aí que transformamos nosso limão em limonada. Sem chances diretas de um bom resultado em Portland, aproveitamos para treinar e foi o que fizemos. Meus mecânicos botaram o #06 em ordem e fui até o final, mesmo com muitas voltas de atraso, realizando vários experimentos. Então, vamos nós para Laguna Seca e, realmente, espero estar aqui na próxima semana para falar de um bom resultado. O pacote de TV montado pelo Willy Hermann e Carlo Gancia para o Brasil está demais nessa temporada da IndyCar, o que permite ao fã da Fórmula Indy ver tudo ao vivo. Treinos livres, Qualifying e Warmup estão na tela da emissora por assinatura Com Brasil TV, assim como a reapresentação da corrida, que vai ao vivo pela TV Cultura. É só ficar atento à programação e ver esse show de velocidade. É isso, amigas e amigos, cuidem-se e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A corrida deste último final de semana da IndyCar Series tinha uma expectativa enorme em torno dela. Seria a primeira das três corridas que decidiriam o campeonato e os candidatos ao título, assim como suas respectivas equipes, não poderiam cometer erros. O acerto nas estratégias de pneus e a rapidez para decidir por alguma alteração, algo que faria a diferença entre vencer, chegar entre os primeiros ou por tudo a perder. O Grande Prêmio de Portland correspondeu às expectativas, com um início confuso na Curva 1 – e muito comum nas corridas neste circuito – que levou vários carros em um grande acidente e os líderes tiveram uma encruzilhada pela frente com as alternativas no terreno para estratégias de corrida. Depois de completadas as 110 voltas, Alex Palou transformou uma péssima largada da pole em uma grande vitória. A confusão na largada tirou competidores da prova, abriu espaço para novas estratégias e mudou a cara da corrida. A terceira vitória do espanhol no ano foi uma redenção e uma prova de força depois de duas corridas terríveis, em que a liderança do campeonato do piloto da Chip Ganassi passou para as mãos de Pato O’Ward da McLaren. Além disso, foi uma prova de força da Chip Ganassi depois da largada onde Felix Rosenqvist acertou Scott Dixon para entrar na curva 1 e forçou o neozelandês a bloquear o caminho de Palou. Outras vítimas também tiveram a corrida prejudicada. Romain Grosjean, Will Power, Oliver Askew e outros... entre eles Helio Castroneves, mas sobre sua corrida, deixo o texto com o protagonista. A equipe de Pato O'Ward errou feio na estratégia e o piloto mexicano, além do mal resultado, perdeu a liderança do campeonato. Pato O’Ward estava em ótima condição após o incidente inicial enquanto liderava ou corria em segundo lugar, mas uma mudança tardia para um plano de três paradas e a falta de aderência e equilíbrio do chassi diminuíram suas chances de obter um acabamento de qualidade. O McLaren número 5 perdia tempo volta a volta e a equipe não conseguiu reverter o erro de estratégia, tampouco foram ajudados por alguma bandeira amarela “na hora certa” para mudar o cenário e terminar em 14º lugar o fez devolver a liderança na classificação do campeonato para Alex Palou, com 25 pontos de vantagem sobre o mexicano. Scott Dixon fez uma grande corrida, chegou em 3°, mas precisará de "alguns milagres" pra ser campeão este ano. Scott Dixon também fez uma grande corrida e o terceiro lugar o fez aproximar-se de O’Ward, mas como Palou venceu a corrida a distância para a liderança e um ainda matematicamente possível 7° título em 2021 está a 49 pontos faltando duas corridas para o final do campeonato. Um desafio menor para Josef Newgarden, que teve a estratégia da Penske a seu favor para se recuperar de uma péssima posição de largada e terminar a corrida em 5° lugar, estando a 34 pontos do líder do campeonato. Por fim, não podemos deixar de aplaudir a grande corrida de Jack Harvey, que levou o carro da Meyer Shank Racing ao 4° lugar e nos fez lamentar mais ainda o fato de Helio Castroneves ter sido uma das vítimas do acidente no início da corrida. A corrida em Laguna Seca promete fortes emoções! Espantando a má sorte das últimas corridas, Alex Palou venceu, retomou a ponta da tabela e abriu 25 pontos de frente. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |