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Resgate da GT Sprint Race e do Endurance, mas a Porsche teve emoção e confusão de sobra PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 14 September 2021 23:07

E aê Galera... agora é comigo!

 

O Final de semana em terras Tapuias como gosta de falar meu parça Alexandre Gargamel reservou pra nós apenas (como se fosse pouco) a Porsche GT3 Carrera Cup no AIC, onde “chicane da demolição” no final da reta dos boxes é garantia de confusão.

 

Mas eu fiquei devendo os comentários sobre a GT Sprint Race, que também correu no AIC na semana passada e os comentários sobre o Brasileiro de Endurance, que também correu na semana passada no exclusivíssimo Velocittà, o autódromo mais chique do Brasil. Agora que a foto aqui do Ogro do Cerrado já cabe no canto alto da coluna, vamos falar de velocidade.

 

Começando pela semana anterior, a categoria revelação desta temporada, a GT Sprint Race, realizou mais uma rodada dupla no AIC, que fica quase no quintal da sede da categoria, na cidade de Pinhais, onde os medalhões da Stock Car mostraram quem manda e não deram chances aos pilotos regulares da categoria no final de semana, vencendo as duas corridas disputadas no domingo. 

 

Na primeira, corrida do dia, com a pista úmida teve sua largada no “modo frustrante” (O advérbio não era bem esse...) atrás do Safety Car Julio Campos mostrou que o buraco é mais embaixo: chegou do Velocittà no dia da corrida, largou em último uma vez que não treinou e deu um show de pilotagem. A corrida começou com Rafael Dias, em sua primeira temporada na GT, dominando a prova e chegando a abrir mais de quatro segundos para o segundo colocado. O que ele não contava era com problema no seu carro na última volta, que o tirou da briga pela vitória e também com a fome de vencer do piloto paranaense. Julio Campos, depois de largar na última posição, veio ultrapassando os adversários até assumir a ponta e não deixar escapar a vitória. A segunda colocação ficou com Marcelo Henriques, quarto no geral, vindo em terceiro.

 

 Julio Campos saiu de Último para primeiro e receber a quadriculada na corrida 1 (Reprodução: Youtube)

 

Na Categoria PROAM, Pedro Aizza continuou mandando no asfalto e deu sequência a serie de bons resultados. Numa disputa com o parceiro de equipe, Rafael Dias, que acabou não propiciando uma dobradinha dominical. O segundo na categoria foi Franciosi, enquanto o terceiro foi Pedro Costa. Na Categoria AM, a vitória foi estrangeira. O paraguaio, que faz sua estreia na temporada, foi o vencedor em Curitiba e nono no geral. O segundo colocado foi Caê Coelho, e o terceiro Walter Lester.

 

Foi só parar pra tomar uma água, um café e um fôlego que os pilotos já estavam de volta aos carros para a disputa da segunda corrida do dia no AIC. A pista secou com o sol e com isso tivemos a largada “normal” e os carros que tem pilotagem compartilhada tiveram as devidas trocas e nisso foi a vez de Thiago Camilo vir para a pista, desta vez no sentido atual do circuito, o horário. Mesmo largando apenas em 10°, o piloto da Stock Car não tomou conhecimento dos adversários.

 

Logo na largada tivemos problemas: o pole Antônio Junqueira foi tocado por Sérgio Ramalho e acabou atravessando a pista e acertando Weldes Campos e envolvendo outros dois carros. Nem esperaram chegar na chicane da demolição para dar BO. O Safety Car teve que vir pra pista para tirarem os destroços e “abanarem a bandeira verde” (os entendedores entenderão). Ramalho foi para primeiro  e assim seguiu até receber bandeira preta em razão do toque na largada. Thiago, que soube escapar bem dos incidentes, passou a liderar a prova e, apesar da pressão de Leo Torres e Gabriel Casagrande, conseguiu manter a ponta e somar mais uma vitória na categoria.

 

 Confusão logo na largada da corrida 2, com Wedes atravessando na pista, batendo e tirando alguns PROAM (Reprodução: Youtube) 

 

Na Categoria PROAM, mais uma vez, Pedro Aizza não deixou escapar a chance de chegar ao topo do pódio. Rafael Dias – que desta vez conseguiu chegar no final da corrida – foi o segundo e só! Os outros carros da categoria não terminaram a prova, a maioria envolvida no acidente da largada. Na Categoria AM o vencedor foi Luis Debes, que escapou da confusão da largada e conseguiu chegar na frente dos adversários na bandeira quadriculada. Adriano Ramos e Marcos Índio completaram os três primeiros.

 

Ainda na semana passada, tivemos no Velocittà, aquele autódromo chique, bonito pra caramba (o adjetivo não era bem esse...), mas sem reta, mais uma etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance. Uma corrida onde um convidado “estragou a festa” dos habitués (pra quem não sabe, isso é francês! O Ogro também é cultura). Renan Guerra, que substituiu Lucas Kohl, voou na escaldante tarde do sábado 4 de setembro para levar o AJR numero 11 ao primeiro lugar ao fim das 4 horas de corrida. A performance do convidado era tamanha que ele chegou a ter duas voltas de vantagem sobre o 2° colocado em determinada altura. Como desta vez os protótipos – apesar do calor intenso – resistiram e não desandaram a quebrar, mas isso não serviu para David Muffato e Pedro Queirolo, que tiveram problemas antes mesmo da largada e do Finardi, que arou antes de completar a primeira volta. Exceção feita, isso não fez dos protótipos, que sempre largam na frente, os dominadores absolutos da corrida, com os GT3 dando muito trabalho e, exceção feita ao vencedor da corrida, a disputa entre protótipos e GT foi intensa. Ricardo Baptista e Cacá Bueno, vencedores na GT3 a bordo de uma Mercedes AMG, Oswaldo Scheer e Gustavo Martins, Marcelo Visconde e Ricardo Maurício, da Porsche, e Alexandre Auler e Guilherme Salas.

 

 Vicente Orige largou na ponta, mas foi Renan Guerra o grande nome da corrida no Velocittà (Reprodução: Youtube)

 

Na última meia hora de prova, a dupla do Mercedes número 8 (Guilherme Figueiroa / Júlio Campos) era a melhor da categoria, mas, com Figueroa ao volante não teve como segurar o avanço de Cacá Bueno, que corre com Ricardo Baptista ele não só foi o melhor da classe como cruzou em segundo lugar na geral, ficando à frente do AJR 46 de Oswaldo Scheer e Gustavo Martins. Na categoria GT4, quem levou a melhor também foi a Mercedes, com vitória do trio formado por André Moraes Jr, Cássio Homem de Mello e Flávio Abrunhoza. Já na GT4 Light, venceu a Ginetta de Guilherme Bottura, Pedro Burger e Gaetano di Mauro. Na GT3 Light Tom Filho, Marçal Muller e Ricardo Mendes colocaram a Ferrari no topo do pódio. Já na P2, Alan Hellmeister e Renato Turelli conquistaram o primeiro lugar na disputa de quatro horas realizada no interior de São Paulo. Na P3, vitória de Hugo Cebien, Leandro Totti, Luiz Cesar Jr e Eduardo Pimenta.

 

E neste final de semana a categoria gourmet do automobilismo brasileiro, a Porsche GT3 Carrera Cup foi para Curitiba e mesmo no inverno, enfrentou sol e uma onda de calor atípica para a cidade, ainda mais nesta época do ano.

 

Na corrida do sábado, Alceu Feldmann fez uma grande largada e saltou de terceiro para a liderança. Werner Neugebauer forçou por fora, mas o pole Pedro Aguiar se defendeu bem e contornou a “chicane da demolição” em segundo. Renan Pizii também se posicionou bem, para assumir o quarto lugar, à frente de Miguel Paludo. Depois disso, claro, teve demolição, com a grama do lado interno e a brita do lado externo virando extensões da curva. Enzo Elias, que não fez um bom treino, vinha escalando o pelotão e buscando recuperar o prejuízo. Na abertura da volta 8, Pedro Aguiar encostou em Alceu Feldmann no fim da reta e um pouco atrás, Miguel Paludo tentou o mesmo sobre Renan Pizii. Apesar da tentativa, ninguém fez besteira (o advérbio não era bem esse...) na tomada e contorno da “chicane da demolição”. Pizii escapou do primeiro ataque, mas não escapou do segundo e na 11ª volta Miguel Paludo surpreendeu Renan Pizii na curva do Pinheirinho. Marçal  Muller, nesta mesma volta, conseguiu deixar Cristiano Piquet para trás e se livrar momentaneamente do assédio de Enzo Elias, que também passou o Piquet genérico (ele não é parente dos famosos) no final da reta dos boxes. As posições na frente se estabilizaram, com Feldmann, Aguiar, Neugebauer e Paludo a distâncias que não ameaçavam uns aos outros parentemente tranquilos. Em quinto e liderando na Sport, Pizii era desafiado por Fran Lara tanto pelo pódio geral quanto pela vitória na divisão.

 

 Alceu Feldmann saiu da segunda fila para tomar a ponta logo no início da prova e não mais perdê-la (Reprodução: Youtube)

 

Mas o pega da prova àquela altura era pelo 12º lugar no geral e pela vitória na Trophy, entre Franco Giaffone, Francisco Horta, Urubatan Junior, Georgios Frangulis e Eduardo Menossi. Urubatan passou Horta na primeira perna do S de alta, em movimento bastante arrojado. Feldmann venceu com autoridade em sua casa. Aguiar completou a prova em segundo, Werner em terceiro e Paludo em quarto. Pizii suportou bem a pressão e garantiu o pódio no geral e a vitória na Sport. Em 12º, Giaffone assegurou a vitória na Trophy.

 

Na corrida da GT3, o pole Lucas Salles segurou bem a posição e viu seu companheiro de primeira fila Vina Neves perder ação. Daniel Correa então assumiu o segundo lugar, com Nelson Monteiro em terceiro, Guilherme Bottura em quarto e Ayman Darwich em quinto, mas o momento de tensão aconteceu na reta, logo após a largada, quando o carro de Leonardo Sanchez acabou no muro antes da primeira curva e voltou se arrastando aos boxes para abandonar. O pessoal estava “inspirado” e na abertura da 5ª volta contato entre a colheitadeira de soja de Raijan Mascarello com o carro de Andre Gaidzinski teve o lance de Davi e Golias, com o então líder do campeonato ficando atravessado no meio da “chicane da demolição”. Mascarello conseguiu voltar no fundo do pelotão, sem necessidade da intervenção do Safety Car. Faltando cinco minutos para o final, Caio Castro arriscou com muito arrojo uma manobra por fora sobre Marcio Mauro na curva da zero... e se deu mal. Faltou pista para o carro do ator globêstico (A segunda vogal não era bem essa...), mas ele teve braço para segurar o carro sem contato na barreira de pneus. O problema foi que perdeu distância para o carro da frente. Lineu Pires também se deu mal e acabou saindo da pista ao tentar atacar Fontanari pela posição final do pódio. Lucas Salles levou a vitória com tranquilidade, seguido por Correa. Darwich cruzou a linha em terceiro, vencendo na Sport. Nelson Monteiro foi quarto, enquanto Fontanari, heroico, conseguiu controlar a pressão de Vina Neves para ser quinto.

 

No domingo os pilotos voltaram à pista com as corridas da Carrera e da Cup. Na Carrera, onde estão os pilotos mais cascudos, o grid inverteu os 8 primeiro e com isso, Fran Lara e Renan Pizii faziam a primeira fila. Largada em movimento e com a “chicane da demolição esperando por eles no final da reta... mas os caras nem esperaram chegar lá. Um totozinho light de Urubatan Jr. em Rodrigo Melo ainda na reta e como diria o Celsinho, “lá foi ele!”. Melo saiu pela direita como o leão da montanha, encheu o guard rail e deu mais pirueta que ginasta na prova do solo da olimpíada. Como o carro é forte e seguro pra caramba (o adjetivo não era bem esse...) o piloto saiu inteiro. Tonto, mas inteiro. O Gomalina, diretor de provas da categoria decretou a bandeira vermelha, suspendendo a prova para arrumarem a pista. Nisso o pole e líder da corrida fez bobagem (o advérbio não era bem esse...) ao invés de seguir para o grid, como determinado, foi para os boxes. Com isso, perdeu a posição na frente e teve que relargar em último.

 

Depois de praticamente meia hora parados, os carros foram para a relargada atrás do Safety Car, em bandeira amarela e em fila indiana. Quando veio a bandeira verde, melhor para Renan Pizii, que segurou bem a ponta e evitou confusões, seguido por Miguel Paludo e Werner Neuguebauer. Pedro Aguiar, Alceu Feldmann e Enzo Elias vinham na balada.

 

Confusão na largada da corrida do domingo com direito a acidente espetacular. O piloto saiu inteiro (Reprodução: Youtube). 

 

Pizii foi estratégico. Tinha um rimo de corrida rápido suficiente para evitar ser ultrapassado, mas era mais lento que seus perseguidores. Só que contornava bem a curva da vitória e chegava seguro no final da reta. A estratégia do líder começou a formar uma fila atrás dele, primeiro com 5 carros, mas chegou a 7. Ele só teve sossego quando Neuguebauer atacou Paludo mais forte e Marçal Melo, que passou Enzo Elias (mas tomou o troco) e Alceu Feldmann. Elias atacou Pedro Aguiar. E as voltas finais prometiam muito... até que Chico Horta escapou na saída da curva da vitória, perdeu o controle e, seguindo Raul Seixas, foi de cara contra o muro dos boxes. A panca foi forte e o Gomalina encerrou a corrida com bandeira vermelha. Renan Pizii venceu, seguido de Paludo, Neugebauer, Aguiar e Elias.

 

Na GT3 (a coluna tá virando textão e a Chica da Silva, Rainha da Bahia e minha editora vai reclamar) a disputa pela vitória ficou entre Marcio Mauro e o ator globêstico (A segunda vogal não era bem essa...) Caio Castro, que está se mostrando um ótimo piloto. Ele tentou tomar a ponta na freada pra “chicane da demolição” – que na largada deixou 1/4 do grid avariado – mas acabou errando o texto, ops, a freada e passou direto, perdendo terreno, mas continuou em 2°, posição na qual terminou, atrás de Márcio Mauro. Nelson Monteiro, Daniel Correa e Raijan Mascarello fecharam o top-5.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- O comentarista do Brasileiro de Endurance devia saber que tem um vídeo na internet onde aparece o seu verdadeiro sobre nome. Será que ele sabe disso?

- Eu reclamei no domingo da não presença do meu camarada, Sinestro, na transmissão da Porsche Cup ao lado do Prosdócimo. Na corrida da F1 o Caprichoso contou que ele estava em Rivera, Uruguai, promovendo uma corrida. Mandou be, Sinestro!

- Sem o Prosdócimo nas transmissões da F2 o Mr. Burns comenta melhor. Agora só falta tirarem o Celsinho ‘la vão eles’... Deixem o Sinestro transmitir a F2, já que não deixam a F1.

- Aí o Dr. Smith fala depois do rádio do piloto: “esse eu não peguei”... quer enganar quem, Dr. Smith. Você não pega nenhum!

- Com dois pilotos que se inspiram no Presuntinho, vimos mais um episódio do que pode acontecer em breve: eles vão acabar se matando!

- Eu não tenho dúvidas: a direção de jornalismo da Band deu um freio de arrumação no Arrelia Jr. e na Chapolim Colorada para darem um tempo nas piadas sem graça e não tentarem fazer comentários sobre a F1, deixando isso para o pessoal da transmissão!

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Wednesday, 15 September 2021 09:46 )