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Buscar perfeição e caminho para vitória / A caravana rumo ao oeste e contra a Covid PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 01 September 2021 20:20

Oi, pessoal, tudo bom?

 

Ainda bem que esse próximo final de semana será o último sem corrida para mim na Indy, antes das três provas consecutivas que marcarão o final da temporada. Depois da corrida no misto de Indianapolis, no dia 14 de agosto, não andei em Madison, pois não fazia parte do meu acordo, e agora volto para as provas de Portland (12 de setembro), Laguna Seca (19) e Laguna Seca (26).

 

Como estou retornando agora à categoria, um mês sem acelerar faz muita diferença. Cada vez que a gente fica fora do carro, dá um passo atrás, perde um pouco do ritmo. Só para vocês terem uma ideia, vou dar o exemplo das provas de Nashville e Indy GP, que foram seguidas. 

 

Tem todo um processo de adaptação para você se acostumar com a posição dos pedais, dos botões no volante e outras coisinhas mais. Assim, com duas corridas, uma atrás da outra, eu já tinha memorizado muitos detalhes e nem olhava mais para o volante na hora de acionar alguns comandos. A continuidade promove um avanço brutal.

 

Sexta-feira agora, depois de amanhã, vou para o simulador da Honda, em Indianapolis. Uma das atividades será usar o banco novo, que fui fazer lá na sede da Meyer Shank Racing, em Ohio. Em corrida, mesmo, só vou estreá-lo em Portland, mas no simulador dá para verificar se o banco está perfeito, mesmo sendo uma experiência estática. E posso garantir, depois de cinco ou seis horas direto sentado ali no simulador, nenhum detalhe do banco passa despercebido da gente. 

 

Em Nashville, para melhorar a posição de pilotagem, colocamos um pouco de espuma no banco e repetimos a dose em Indianapolis. Mas esse negócio de colocar espuma é só para quebrar o galho. O correto é fazer um banco completamente novo, partindo do zero. E foi o que fizemos. Em termos de comparação, nos protótipos o piloto dirige numa posição menos inclinada do que no monoposto, justamente porque o carro é fechado e a posição do piloto não interfere na aerodinâmica. Em certa medida, o Aeroscreen permitiu que o piloto tivesse uma flexibilidade maior na hora de fazer o banco, sem aquela obrigatoriedade de ficar enfiado no cockpit e pilotar quase deitado. 

 

 Helio Castroneves não vê a hora de voltar a acelerar, mas antes disso, foi fazer um novo banco para as 3 últimas etapas de 2021. 

 

Mas aí você pode perguntar:

- Não é muita frescura ficar tão preocupado com um banco, Castroneves?

 

Não é exagero, não. Vou explicar. Durante uma prova, obviamente, a concentração tem de ter total. O piloto precisa estar extremamente ligado para sentir o carro com precisão, memorizar onde está uma falha da pista para evitá-la, ouvidos atentos a todos os barulhos. Agora, fica difícil manter a concentração se você está batendo o joelho no painel, o cotovelo na parede do cockpit ou alguma outra coisa que atrapalhe no conforto que o piloto precisa para tirar o máximo do carro. E se passa do estágio do desconforto para dor, aí, meu amigo, a coisa fica feia. 

 

Numa categoria tão competitiva como a nossa, quando todos os concorrentes têm acesso às mesmas ferramentas, a preocupação com detalhes tem de ser em máximo grau. Imagine perder uma pole por um milésimo decisivo foi perdido porque uma dor na “poupança” tirou sua concentração de hora de atacar uma zebra? 

 

Então, nada de deixar passar os detalhes. Se quisermos vencer mais – e queremos!!! – a busca pela perfeição não pode parar.

 

É isso, pessoal. Abraço grande, cuidem-se e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

A história do meu país foi, durante algum tempo, retratada em filmes e séries de televisão com os pioneiros que partiram da costa leste em direção à costa oeste, até chegarem ao oceano pacífico em suas carroças na direção do desconhecido.

 

Há décadas, claro, isso não é mais uma aventura desbravadora, com caravanas e carroças, mas a IndyCar Series está avançando rumo ao oeste, conforme planejado, para realizar as três corridas finais da temporada 2021 e eu, finalmente, devo ir para o autódromo pela primeira vez com uma credencial de imprensa pelo site Nobres do Grid... pelo menos essa é a minha expectativa.

 

Em meio a restrições cada vez mais severas em torno do COVID-19 e suas novas variantes, o destino da mudança da IndyCar na costa oeste programado para o Portland International Raceway em 10-12 de setembro, o WeatherTech Raceway Laguna Seca em 17-19 de setembro e o Grande Prêmio de Long Beach de setembro 24-26 oassassem a ser questionados quanto à sua realização e – em acontecendo – que grau de restrições seriam (serão) impostos.

 

 A IndyCar Series entra na reta final da temporada de 2021 e Long Beach vai ser a última corrida do ano.

 

Como Oregon e Califórnia – e as cidades ou condados onde as três corridas estão contidas – estão aumentando os protocolos em resposta ao aumento de casos COVID, a categoria informou, por sua assessoria de imprensa, que vai se ajustar e aderir a quaisquer requisitos que sejam colocados em prática no próximo mês.

 

Para o Presidente da IndyCar, Jay Frye, é totalmente compreensível que, quando você vai a qualquer município ou área local, eles têm regras e regulamentos diferentes e eles tem que ser cumpidos. Um exemplo disso foi o ocorrido no final de semana de Gateway, quando a maior parte das pessoas ficou no Missouri. A pista de corrida era do outro lado do rio, em Illinois, e Illinois tinha um conjunto diferente de regras.

 

 Jay Frye, presidente da IndyCar Series, deixou claro que está atento e que a categoria cumprirá os protocolos do Covid.

 

Embora as políticas estejam sujeitas a alterações, os três circuitos atualmente têm diferentes diretrizes a seguir. Portland estará sujeita a uma nova política estadual onde as máscaras serão exigidas o tempo todo, estejam os fãs ou membros do programa itinerante dentro ou fora de casa, e manterá o distanciamento social. Em Laguna Seca, a instalação de propriedade do condado de Monterey atualmente não exige o uso de máscaras, mas seus gerentes de pista continuam a encorajar seus participantes não vacinados a usá-las.

 

E Long Beach – que tem sido a maior fonte de preocupação dentro do paddock – vai impor um novo conjunto de demandas por parte da cidade. Como em Portland, as máscaras serão exigidas o tempo todo, mas para obter acesso rápido ao circuito, deve ser apresentado o comprovante de vacinação ou um teste COVID negativo feito 72 horas antes da chegada. Para os não vacinados e aqueles que não foram testados, uma oportunidade de acesso mais lento estará disponível por meio do teste rápido de COVID no local que será fornecido nos principais pontos de entrada. Eu já estou vacinado com duas doses!

 

 Entre as etapas deste fim de temporada na costa oeste, Laguna Seca e sua famosa curva do 'saca rolha' promete emoções.

 

Treze corridas da IndyCar foram concluídas este ano, com várias datas de eventos sendo embaralhadas, duplicadas ou canceladas como resultado do COVID-19. Frye espera passar por todos os 16, mas também sabe que se um ou mais forem perdidos devido a mudanças regionais em relação ao coronavírus, a categoria precisará se adaptar ao que for tratado, ciente de que as coisas podem mudar mesmo no transcorrer dos próximos dias e essas decisões estão fora das mãos dos dirigentes. É torcer para tudo dar certo e termos três grandes corridas!

 

Um dia depois de ter entregue meu texto para as editoras, recebi a triste notícia da morte de Robin Miller, um dos maiores especialistas em automobilismo na América. Para mim, ele se mostrou uma inspiração – e vai continuar sendo – quando comecei meu blog e depois escrevendo neste site. Tive oportunidade de conhecê-lo há alguns anos, em Long Beach e confesso ter ficado muito abalado com sua partida. Godspeed, Robin. Que Deus o guarde em bom lugar.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.