Olá, amigos, tudo bom? Eu já tinha escrito essa coluna, mas precisei modificá-la porque recebi uma notícia triste nesta quarta-feira. O jornalista Robin Miller, um dos mais famosos dos Estados Unidos em coberturas de automobilismo, faleceu aos 71 em decorrência de um câncer. Com a mesma doença, faleceu no início do mês “A voz de Indianapolis”, o jornalista Bob Jenkins. Como não corri em Madison, tinha pensado em dedicar a coluna de hoje para contar detalhes de uma das homenagens que recebi após a quarta vitória na Indy 500. E justamente nessa, o Robin estava presente e, assim como eu, homenageado. Fui designado para compor a 34ª turma do Motorsports Hall of Fame of America. O anúncio foi feito na sexta-feira que antecedeu a prova do misto de Indianapolis. Já a cerimônia de introdução ao Hall of Fame será em março no ano que vem, em Daytona. Cada turma é formada por um grupo de personalidades do automobilismo dos Estados Unidos e essa, da qual faço parte, comporá um grupo total de 278 agraciados ao longo dos últimos 35 anos. Cerimônia no Hall da Fama em Indianapolis: Uma justa homenagem e um posterior triste adeus à Robin Miller. Só para lembrar alguns nomes que já foram distinguidos por essa homenagem, posso citar Mario Andretti, Derek Bell, Tony Bettenhausen, Colin Chapman, Louis Chevrolet, Richard Childress, Jim Clark, Mark Donohue, Dale Earnhardt, Emerson Fittipaldi, Henry Ford, Chip Ganassi, Jeff Gordon, Bruce McLaren e Roger Penske, entre outros. Além, é claro, dos meus colegas do clube de quatros vitórias em Indianapolis: Rick Mears, AJ Foyt e Al Unser. No anúncio, realizado em Indianapolis, Robin Miller foi homenageado por sua carreira de mais de 50 anos no jornalismo. Hoje, ele se foi. Meus sentimentos à família e minha admiração por ele. É isso, amigos. Vou ficando por aqui. Forte abraço e até semana que vem, Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, A exceção de Chip Ganassi e seus pilotos, torcedores, fãs e todo o grid da IndyCar Series adorou o resultado dos “embalos de sábado à noite” em Gateway, que virou de pernas (ou rodas) para o ar a classificação do campeonato, fazendo Josef Newgarden renascer em possibilidades de título e recolocando Pato O’Ward de volta à liderança da tabela de pontos. Graças ao movimento estúpido de Rinus VeeKay, a temporada mais animada da IndyCar Series em muitos anos conseguiu ficar ainda mais indefinida. O'Ward assumiu o controle do campeonato graças aos dois revezes consecutivos sofridos por Alex Palou e, para “completar o serviço”, como Scott Dixon também foi vítima da trapalhada do holandês, o hexa campeão ficou distante o suficiente na classificação para precisar de muita ajuda para voltar à disputa do título deste ano. Apesar do triste ocorrido com os pilotos da Ganassi, há uma coisa a se considerar: Quando foi a última vez que Chip Ganassi Racing liderou um evento em alta velocidade com Alex Palou ou Scott Dixon? Já faz um tempo, não é? Marcus Ericsson foi rápido em Nashville em seu caminho para a vitória, mas dos outros dois, Palou principalmente, que liderava o campeonato, faz tempo. Ok, havia um conforto em acumular segundos, terceiros e quartos. Pelo menos para Palou, não havia uma necessidade genuína de vencer por um longo tempo. Agora, com perda da liderança da classificação, a pressão subiu e elevou o tom da conversa. Rinus Veekay errou, tirou dois carros da Ganassi da corrida e mudou o equilíbrio de forcas na reta final do campeonato. Rinus Veekay saiu de Gateway com o rótulo de vilão, até de braço duro, mas a verdade é que trata-se de um jovem piloto incrivelmente talentoso, mas se ele quiser ter uma carreira longa e de sucesso na IndyCar Series, precisava ter assumido o erro e pedido desculpas pelo acidente por ele provocado na volta 64 ca corrida. Ele não apenas não o fez como se declarou “inocente” do ocorrido. O vôo do Pato. Pato O’Ward e a McLaren conseguiram um desempenho notável. O campeão da Indy Lights 2018 não atacou todos os pilotos em todas as voltas, mas correu com a cabeça no lugar e avançou com inteligência e autoridade. Se a corrida em Gateway tivesse acontecido nos primeiros estágios da temporada, O'Ward teria que pilotar naquela linha fina de perigo/segurança que ele adora visitar, mas com um campeonato ao seu alcance, os ataques de alto risco foram contidos nesta etapa. O’Ward é um “Pato selvagem” por natureza e é de sua natureza a pilotagem agressiva e uma ação quase obcecada de “obliterar” todos os pilotos em seu caminho, e isso não mudará, mas ele vem aprendendo a enjaular este animal interno quando necessário. Esse “Pato Light” tem a mão do presidente da equipe, Taylor Kiel, que vem trabalhando um “treinamento de baixa energia” em seu ouvido para que garantir que eles – piloto e equipe – tirem o máximo proveito de suas corridas, o crescimento mostrado está aparecendo e se for coroado com o título vai ser um grande reconhecimento. Josef Newgarden segurou Pato O'Ward, venceu a corrida e voltou para a briga pelo título da temporada de 2021. O campeonato pegou fogo nessa reta final, com um máximo de 162 pontos podem ser ganhos nas últimas três corridas, portanto, com Colton Herta em sexto lugar na classificação com um déficit de 111 pontos para O’Ward, não há razão real para se concentrar em ninguém além dos cinco primeiros. O’Ward agora tem 10 pontos de vantagem sobre Palou e 22 sobre Newgarden, que voltou para a disputa com a vitória em Gateway. Dixon está a 43 pontos do líder e Ericsson a 60. Ambos tem chances matemáticas, mas a prática mostra a necessidade de uma mudança tão grande quanto a provocada nas últimas etapas. Destaques extras Romain Grosjean quebrou o gelo e fez sua estreia em uma corrida nos ovais, que inicialmente ele disse não estar disposto a enfrentar. A beleza do caminho que ele vem percorrendo após o incêndio e a experiência de quase morte em novembro passado, sua história de retorno, em uma nova terra, em um novo tipo de carro, com uma equipe pequena, em pistas desconhecidas, é tudo o que amamos na América. Com isso o francês vem conquistando fãs e, quem sabe, fazendo a temporada completa em 2022, possa se tornar um nome ainda maior na IndyCar Series. Vitima do erro de Rinus Veekay, Scott Dixon viu o título de 2021 ficar mais longe faltando apenas três corridas em 2021. Com uma coluna escrita para o Brasil, não posso deixar de falar da corrida de Tony Kanaan, que assume o carro #48 nas corridas dos ovais em lugar de Jimmie Johnson, que faz as etapas nos circuitos mistos e urbanos. Foi uma corrida honesta. O brasileiro andou em um ritmo consistente, mas o tráfego no ar sujo não é fácil em Gateway e se o resultado não foi o melhor, a performance não foi decepcionante. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |