Oi amigos, tudo bom?

É com muita alegria que informo a vocês que assinei contrato com a Meyer Shank Racing e disputarei a temporada completa da Fórmula Indy em 2022. Como todos sabem, o meu grande objetivo sempre foi voltar para a categoria, mesmo depois da ótima experiência de três anos no Endurance com a Acura Team Penske. E o primeiro passo para o retorno foi dado ainda no ano passado, quando firmamos o acordo para correr seis provas, em 2021, pela equipe do Jim Meyer e do Mike Shank.

Até agora estou com tudo. Só fiz uma dessas provas, justamente a Indy 500 e estou invicto: uma corrida, uma vitória. Isso sem falar da Rolex 24 at Daytona, em janeiro, quando integrei o time vencedor da Wayne Taylor Racing, ao lado do Rick Taylor, Alexander Rossi e o Filipe Albuquerque. 

Para o restante do ano, vamos cumprir o acerto inicial e tenho pela frente as provas de Nashville (agora no dia 8 de agosto), Indy GP, Portland, Laguna Seca e Long Beach.

O legal é que já estamos trabalhando também para a próxima temporada. Estamos conversando bastante e estudando alternativas para tornar a equipe mais eficiente ainda. Como 2022 será o primeiro campeonato em que a MSR terá dois pilotos em todas as provas, obviamente que a estrutura precisa crescer, mas tudo tem de ser feita com muito planejamento e critério.

 Helio Castroneves vai fazer a temporada completa pela Meyer Shank Racing em 2022. Que venham muitas vitórias.

Nesse aspecto, Jim e Mike são grandes estrategistas. O Jim é o responsável pela gerência comercial da equipe, enquanto o Mike cuida mais da parte técnica. Apesar dessa separação de funções, o entrosamento é muito grande e há sempre uma decisão conjunta entre eles.

Eu estou participando intensamente de tudo isso. Eles pediram e estou dando sugestões e apresentando alternativas para algumas coisas que temos de fazer. Enquanto não me mandarem ficar quieto, estou super tagarela, dando um monte de “parpite”, como se diz lá em Ribeirão Preto.

Estou muito feliz com a união de todos no time a aprendendo a cada dia a maneira como o time trabalha. A gente não pode esquecer que até agora só fiz uma corrida pela equipe, mas estou me sentindo em casa, como se fizesse parte há muito tempo. 

E para aprimorar mais ainda, na sexta-feira treinarei em Portland, no Oregon. Será a primeira vez que estarei no carro desde o dia 30 de maio, ou seja, exatos dois meses. 

É isso, pessoal, volto na semana que vem.

Abração!

Helio Castroneves

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

Olá Amigos,

A IndyCar Series está vivendo uma parada forçada de verão por conta das olimpíadas, que tem uma grande audiência na TV aqui nos Estados Unidos, mas não acreditem que as coisas andam paradas por aqui e estão todos na praia aproveitando o sol e o calor que está fazendo este ano em todos os estados, até no Alaska.

Além dos testes que andaram acontecendo na semana passada, os bastidores sobre o que vai acontecer na temporada de 2022 está repleta de rumores que tem deixado os fãs em estado de grande animação. Os maiores tem sido em torno do francês Romail Grosjean, que muitos apontam como futuro integrante da equipe Andretti na próxima temporada, inclusive com uma possibilidade dele vir a disputar provas nos ovais, além de participar de corridas do IMSA como piloto da Honda.

Se alguém entra, alguém tem que sair e o nome que tem sido falado é o de Ryan Hunter-Reay, mas outras novidades podem surgir, com os novos talentos da Indy Lights, Kile Kirkwood e Delvin De Francesco buscando espaço na categoria de cima. Como Colton Herta e Alexander Rossi tem contratos que não terminam em 2021, isso seria um problema para os novos e para outra possibilidade estudada na Andretti, que seria a vinda de Alexander Albon para a IndyCar Series.

 Romain Grosjean está sendo um nome cobiçado por outras equipes e pode deixar a Dale Coyne ao fim da temporada.

A equipe de Chip Ganassi navega em águas tranqüilas com 3 dos seus 4 pilotos bem colocados (Jimmie Johnson não conta e Tony Kanaan corre apenas nos ovais), apenas Marcus Ericsson tem contrato para ser renovado no final da temporada, mas estando em 5° no campeonato e continuando a andar bem, só um problema de ordem financeiro (patrocinadores) seriam um impedimento para a sua continuidade na equipe.

A situação dos pilotos do Team Penske parece ter apenas uma questão a ser definida: a continuação ou não do francês Simon Pagenaud está bem mais para o “não”. Pagenaud busca oportunidades para permanecer na IndyCar e se ele ou Roger Penske decidirem se separar assim que seu contrato expirar no final da temporada, nada será de todo surpreendente.

O francês não tem tido uma boa temporada desde o ano passado, mas é um grande valor na parte relativa a acerto e desenvolvimento e isso pode ser interessante não só para a Penske como também para outras equipes, apesar disso, suas opções parecem ser extremamente limitadas. Josef Newgarden e Will Power tem contratos que não terminam este ano e como a Penske disse que pretende ficar com quatro carros em 2022, uma questão ainda mais profunda é levantada:

 Simon Pagenaud deve deixar a Penske no final da temporada e as possibilidades na categoria não são muitas.

Se Pagenaud sair, uma mudança de cenário e estrelas jovens ou em meio de carreira como VeeKay e Rossi ficando presos por mais um ano, onde a Penske vai encontrar um piloto que se encaixe em sua lista e com isso termos uma nova cara com alto potencial para vir a fazer parte da tripulação do Capitão fica em aberto. Pagenaud ainda pode continuar na Penske, mas no próximo programa Porsche Penske Motorsports IMSA LMDh.

Na próxima semana eu falo sobre as outras equipes e o que podemos ter (ou não) de novidades para a temporada de 2022.

Vamos acelerar!

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.