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Resgate da Copa HB20 e GT Sprint Race em Cascavel e a etapa do Mercedes Benz Challenge no Velocittà PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 26 July 2021 22:32

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana teve apenas a rodada dupla do Mercedes Challenge no Velocittà, o autódromo mais estiloso do Brasil. Por isso, para não deixar a galera que lê a coluna do Ogro do Cerrado e para dar uma atenção maior a essas duas grandes categorias – a Copa HB20 e a GT Sprint Race – que tiveram suas corridas no final de semana passado, vou cumprir o combinado e fazer “uma coluna porreta”, como fala a minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia.

 

Mas antes de falar de corrida, essa semana o Brasil perdeu um dos grandes pilotos de sua história. Arthur Bragantini, fera das pistas, multi campeão nas categorias de monopostos e turismo nos anos 70 e 80 e que nos últimos anos vinha fazendo as “voltas rápidas” com os convidados no finais de semana da Stock Car. Piloto Raiz, que sempre me representou e sempre me representará. Agora vamos para as corridas.

 

A quarta rodada dupla da temporada 2021 foi aberta no sábado, dia 17 de julho, com a primeira corrida do final de semana no Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel. A corrida foi disputada com pista seca, depois de a categoria ter feito o último treino livre e a classificação com com a pista molhada. Raphael Abbate conquistou a pole position na Pro, Daniel Nino fez a pole na Elite e Enzo Gianfratti largou em primeiro da Super. Apesar de termos sempre muitas disputas na categoria, que voltou a contar com 40 carros no grid, os poles não deram chance para seus adversários diretos (é bom lembrar que tem três categorias no grid), vencendo as suas corridas nas respectivas categorias.

 

 A Copa HB20 fez duas corridaças em Cascavel, com 40 carros no grid e muita disputa. (Reprodução: youtube)

 

Na categoria PRO, o pole position, Raphael Abbate não teve vida fácil, com Gustavo Magnabosco tentando tomar a liderança, mas não deu para o catarinense, que teve que se contentar com 2º lugar. Bruno Testa foi terceiro, com Kleber Eletric em quarto e Rafael Reis em quinto. Líder do campeonato na categoria ELITE, Daniel Nino venceu pela quarta vez na temporada (ficando em 10° na classificação geral), mas também não teve vida fácil nas 19 voltas. Breno Borges fechou em segundo menos de meio segundo atrás. Juba Giarreta terminou em terceiro, Keka Teixeira em quarto e Romulo Molinari em quinto. Na categoria SUPER, Enzo Gianfratti segue sendo o cara da categoria e o homem a ser batido. Tendo estreado este ano, o piloto continuou ignorando a concorrência e venceu pela sexta vez na temporada, o único com alguma folga para seu mais próximo perseguidor, Leandro Parizotto, o segundo, 3,1s atrás. Leo Rufino chegou em terceiro, Luan Lopes em quarto e Thaline Chicoski em quinto.

 

No domingo, com muito frio, os 40 carros (com algumas trocas de pilotos). A temperatura baixa pode ter deixado Gustavo Magnabosco mais à vontade e o catarinense fez uma grande largada e, após perder a segunda posição para Raphael Abbate, saiu de terceiro para primeiro com uma manobra sensacional, por fora, no ‘Bacião’, superando Abbate e o pole position no grid invertido, Bruno Testa, para assumir a liderança. Mesmo com a corrida sendo marcada por quatro intervenções do safety car e tendo sido encerrada em bandeira amarela, Magnabosco foi bem nas relargadas que antecederam a última bandeira amarela. Bruno Testa terminou em segundo, com Raphael Abbate em terceiro, Rafael Reis em quarto e Chris Bornemann em quinto, todos da categoria PRO. Na categoria ELITE, Juba Giarreta liderou boa parte da prova, mas enfrentou problemas no final e caiu para a terceira posição. Aquela chamada “sorte de campeão” sorriu para Daniel Nino, que ficou novamente com a vitória depois de largar na terceira posição e assumiu a ponta restando três minutos para o final, pouco antes da última bandeira amarela, que definiu a disputa. Odair dos Santos teve que se contentar com o segundo lugar, Juba terminou em terceiro, com Keka Teixeira em quarto e Marcus Índio em quinto. Na categoria SUPER, o praticamente imbatível Enzo Gianfratti se envolveu em uma confusão no início da prova e acabou ficando na grama ainda no início da primeira volta. Melhor para os outros competidoes e mais ainda para Diego Vallini, que fez uma grande prova de recuperação. Depois de largar em 14º, foi pra cima, escalou o pelotão, e venceu conseguiu sua segunda vitória na temporada. Leandro Parizotto repetiu o desempenho de sábado e terminou novamente em segundo. Marcelo Zebra foi o terceiro, Thiago Sansana o quarto e Thiago Rizzo completou o pódio.

 

 Na antiga reta dos boxes, a "serpente" formada pelos carros em Cascavel. (Reprodução: youtube).

 

A GT Sprint Race tem suas duas corridas no domingo e na primeira corrida os pilotos mais experientes foram surpreendidos por Pedro Aizza, de apenas 16 anos, na sua temporada de estreia e sendo piloto da categoria PROAM, fazendo uma corrida de gente grande. Depois de largar em quinto, ele já ocupava a terceira colocação ainda na primeira volta. Com cinco voltas, ele superou o pole Beto Cavaleiro, da PRO, assumindo a ponta instantes antes da entrada do carro de segurança. A partir daí, ele soube manter o foco e o bom ritmo, garantindo o topo do pódio no geral e na categoria de uma das principais categorias do automobilismo nacional. E não foi só isso, o pódio da geral foi completo dos PROAM. O primeiro colocado da categoria PRO foi apenas o 4° colocado. Apesar disso, a briga pela vitória na PRO também foi empolgante. Faltando poucas voltas do final, Alex Seid, que largou em 12º, assumiu a liderança e parecia certa sua conquista, mas Weldes Campos não desistiu da disputa e partiu para cima, superando o adversário e assegurando mais um resultado positivo na temporada. Na AM, o melhor foi Luis Debes e em grande estilo. O piloto, que não teve uma classificação satisfatória e largou na última posição do grid, fez uma bela prova de recuperação, terminando em primeiro na categoria e 13ª no geral.

 

 A galera da PROAM não tomou conhecimento dos pilotos da PRO e fez o pódio da corrida 1 na GT Sprint Race (Foto: Sig Comunicação)

 

Na segunda corrida, poucas horas depois, o pessoal mais experiente resolveu colocar ordem na casa e Thiago Camilo, da categoria PRO, também piloto da Stock Car, voltou a vencer no campeonato. Depois de fazer uma grande largada, saindo de 10° para 5° lugar já na segunda curva, o piloto paulista foi avançando sobre os adversários até tomar a liderança e deixar todo o pelotão para trás, abrindo quase 10 segundos para o 2° colocado, Rafael Dias, piloto da PROAM, vencedor nesta categoria. Ainda pela categoria PRO, Sérgio Ramalho terminou em segundo, enquanto Marcelo Henriques completou o pódio em terceiro. Na PROAM, como já disse, o vencedor foi Rafael Dias. O piloto, que terminou a prova da manhã em terceiro, mas em razão de uma punição largou em 11ª lugar, conseguiu fazer uma grande corrida de recuperação para terminar em primeiro na categoria e em segundo na geral. Adalberto Baptista e Pedro Aizza, respectivamente, completaram o pódio na categoria. A história só não mudou para Luis Debes, que voltou a vencer na categoria AM da corrida 2. Caê Coelho e Walter Lester completaram o pódio da AM.

 

 Na segunda corrida, Thiago Camilo colocou ordem nas coisas e, piloto PRO, venceu a corrida 2. (Foto: Sig Comunicação).

 

E neste final de semana – na verdade, no domingo – tivemos no Velocittà, o autódromo chique do Brasil, mais uma etapa de uma categoria estilosa, o Mercedes Challenge. A Narração foi celestial, com o Filho do Deus do Egito e os comentários vieram com o rascunho do inferno, o meu assessor de imprensa favorito, o Chuck, o brinquedo assassino, que manda melhor nos comentários do que na assessoria.

 

Pela manhã a primeira corrida foi disputada pela manhã, com 32 carros no grid, um convidado especial – Vitor Genz – e homenagens a Arthur Bragantini, grande fera, piloto, coach e lenda viva que nos deixou na semana. Seu irmão e seu sobrinho estavam nos boxes e na pista para continuar representando o nome da família no automobilismo brasileiro. 

 

 Na largada da Corrida 1, Adriano Rabelo atravessou a pista e quase faz um big one no MBC. (Reprodução: youtube)

 

Logo na largada, enquanto o convidado puxava a fila, um dos principais pilotos da categoria, o cearense Adriano Rabelo parecia ter comido tapioca estragada. Tentou ganhar posições pela grama, atravessou a pista, acertou outros carros – entre eles o de André Bragantini – indo da esquerda para a direita e indo parar no guard rail interno. Foi o único incidente da largada e isso trouxe o Safety Car pra pista. Mas antes disso, Edson Coelho tomou a ponta. O serviço foi rápido e os carros foram reposicionados, o que devolveu Vitor Genz à liderança. Na relargada o convidado não deu mole como na laergada, mas Edson Coelho tentou tomar a ponta e os dois se tocaram na chamada “curva da mata”... e o Coelho foi pro mato! Mesmo avariado, Genz continuou líder. Apesar de larga, padrão FIA 3, muito piloto estava achando a pista estreita e estava indo na grama (bem seca com a falta de chuva) nas curvas. César Fonseca, líder do campeonato, veio escalando o pelotão enquanto na 300S André Navarro liderava, quebrando o domínio de Witold Ramasauskas, mas o paraense Vini Azevedo não demorou a conseguir tomar a ponta.

 

Circuitos como o Velocittà, muito sinuoso e sem retas longas como Interlagos, exigiram mais habilidade dos pilotos da categoria, que via de regra são “gentleman drivers” e isso acaba fazendo com que errem mais, fiquem mais juntos e aumentem as disputas. Enquanto Vitor Genz ia tranqüilo num passeio de domingo, a briga pelo segundo lugar envolvia Fernando Jr, César Fonseca e Roger Sandoval, enquanto na 300S, André Navarro tentava retomar a ponta de Vini Azevedo, mas fo Witold Ramasauskas quem foi pra cima no terço final da corrida e tomou a ponta. Como Genz era convidado, sua vitória não contou pra pontuação e, com isso, os pontos do vencedor ficaram para César Fonseca. Na 300S, vitória de Witold Ramasauskas.

 

 Sem confusões na segunda largada, Cesar Fonseca largou na pole e foi pra vitória. (Reprodução: youtube)

 

Pouco depois do meio dia tivemos a segunda corrida com o grid definido pela corrida da manhã. O grid da CLA teve 19 carros e o da 300S outros 13, sem contar as ‘baixas’ da primeira corrida, que deixou 5 carros fora da prova 2. Sendo a última corrida do dia, o pessoal foi mais atirado e César Fonseca, o Pole, segurou bem a ponta, mas vinha com Roger Sandoval colado no seu parachoque. Quem fez uma primeira volta impressionante (o adjetivo não era bem esse...) foi Betão Fonseca, que saiu do meio do grid, na P13 para fechar a primeira volta em 3°. Sandoval foi perdendo rendimento e ficando longe do líder, até que no minuto 15 da prova foi superado por Betão Fonseca, que é irmão de César Fonseca e são os donos da Sambaíba, empresa de pesados revendedora da Mercedes.

 

Na categoria 300S, Witold Ramasauskas, vencedor da primeira corrida também veio liderando a segunda com uma certa tranquilidade até a metade da corrida, onde Vini Azevedo foi pra cima e colou no líder do campeonato dessa categoria. Foi a melhor disputa da prova, mas o Ramasauskas soube como segurar a posição, mesmo com Azevedo virando voltas mais rápidas, e garantir a vitória. Os irmãos Fonseca fizeram uma “dobradinha familiar” e faturaram a segunda corrida, com César em primeiro e Betão em segundo, deixando Roger Sandoval em terceiro. Tanto César Fonseca bem como Witold Ramasauskas chegaram líderes e saíra ainda mais líderes depois de encerrada esta etapa.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Aqui na sessão Rivotril a gente faz uma brincadeira com o pessoal que trabalha na TV e nos bastidores, fala das escorregadas que os caras dão, coloca uns apelidos e tal, mas agora o papo é reto e a coisa é séria. O despreparado e incompetente do Nhonho (escrevi um, mas a lista de adjetivos impublicáveis é grande...) teve o mal caratismo de dizer na transmissão da F. Black&Decker de sábado que os “comissários adoram punir os pilotos”. Esse palhaço (o adjetivo não era bem esse...) então adora falar bobagens (o advérbio não era bem esse...)? Não. Ele fala por ser sua natureza, por ser incompetente para estar onde está. É por essas e outras que ninguém o leva a sério. Seus colegas de profissão devem ter vergonha de você, Nhonho!

- No domingo assisti a corrida pela TV Cultura e o apresentador de convenções do Grupo Hinode mostrou que o ser humano (desde que tenha neurônios e humildade) é capaz de aprender a fazer qualquer coisa, até a narrar corridas de forma decente.

- A Audi tentou dar uma de “João sem braço” pra cima da direção de prova e dos ‘comissacos’ na corrida do domingo da Fórmula Black&Decker, mas os caras não são bobos como o Nhonho e puniram o brasileiro. Se for pra dar “jeitinho”, tinham que chamar o Piquet ou o Moreno pra coisa dar certo.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Monday, 26 July 2021 15:07 )