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Automobilismo e política não combinam: abaixo o patrulhamento do pensamento PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 19 July 2021 16:05

Olá leitores.

 

Um final de semana com muita corrida emocionante, infelizmente estragado por decisões políticas da entidade máxima do automobilismo, que DEVERIA zelar pela imparcialidade das decisões tomadas na competição. Infelizmente a necessidade de agradar as minorias barulhentas e “engajadas” é maior que a justiça nas decisões; e como vivemos tempos sombrios de vigilância ao pensamento alheio, fui severamente criticado por expor nas redes sociais das quais faço parte a minha opinião pessoal a respeito dos infaustos acontecimentos de Silverstone. Afinal, na visão dos tempos atuais, um defensor da “comunidade alfabeto inteiro” e fã do Falecido Eterno não pode jamais ser criticado, e é claro que vai ter uma “tropa de choque” de defensores tão ferrenhos e cegos quanto os tabajaras quando se trata de defender suas facções políticas de preferência. Basta pesquisar o perfil mediano do fã incondicional do Escolhido da FIA... no mínimo, é simpatizante do regime cubano, fazendo vista grossa ao martírio pelo qual a população local passa diariamente. Enfim, resta apenas torcer para que a “Polícia do Pensamento” (se não sabem do que se trata, leiam “1984” do George Orwell, obra imprescindível para entender o Século XXI) seja alijada do meio esportivo.

 

Vitória do Escolhido da FIA (não, não escreverei o nome do piloto em questão nessa coluna), que com base em seu histórico recebeu uma punição mais branda do que seria a recebida por outro piloto que fizesse com ele o que ele fez com Max. Outro piloto receberia aquela punição de parada por 10 segundos nos pits, sem possibilidade de troca de pneus, tendo de parar novamente para efetuar a troca obrigatória. Entretanto, como se trata dO Escolhido, os 10 segundos foram diluídos na parada para a troca obrigatória de pneus. Como O Escolhido já tinha eliminado o único rival que poderia fazer frente a ele, aí a vitória ficou relativamente fácil de ser alcançada. Aliás, O Escolhido é tão fã do Falecido Eterno que repetiu o que o Falecido fez contra Prost no GP do Japão de 1990... mais honesto seria se a FIA já entregasse logo o título desse ano e o de todos os anos vindouros para os quais O Escolhido tem contrato assinado, já que na pista a FIA não deixa outros pilotos o ameaçarem. Basta lembrar do GP do Canadá, disputa entre Vettel e O Escolhido... aliás, curiosamente, uma corrida em que o comissário piloto convidado também foi o mais medíocre piloto a vencer em Le Mans, o Emanuelle ‘P##@’, digo, Pirro. Seu escudeiro Valtteri Bottas (3º) evidentemente abriu caminho, afinal ele é pago para isso. Descontando o momento em que abriu alas para ‘O Escolhido’, Bottas fez uma prova apagada.

 

Em 2º chegou Charles Leclerc, arrancando mãos uma vez todo o desempenho possível do seu Ferrari. Magistral nas duas largadas. Seu companheiro Carlos Sainz (6º) pagou o preço de uma classificação não exatamente brilhante, não foi brilhante, mas também não decepcionou.

 

Em 4º e 5º terminaram os pilotos da McLaren, pela ordem Lando Norris e Daniel Ricciardo, reforçando a boa fase pela qual passa a equipe. Ambos fizeram grande trabalho, com Norris tendo sofrido com um erro pouco comum da equipe na parada para troca de pneus e com Ricciardo segurando Sainz com grande competência.

 

Em 7º chegou Fernando Alonso, que fez grandes largadas seja na classificação Sprint do sábado, como na corrida domingo, e isso levou ao belo resultado na corrida. Seu companheiro Esteban Ocon (9º) conseguiu colocar a cabeça (ao menos momentaneamente) no lugar e voltou aos pontos, mostrando a velocidade que sabemos que ele tem e que estava obscurecida pelo trabalho de desestabilização psicológica no qual sabemos que Alonso é pós doc.

 

Em 8º terminou Lance Stroll, que teve um desempenho muito bom com o carro desse ano da Aston Martin, com destaque para as largadas, muito bem feitas. Seu companheiro Sebastian Vettel, por outro lado, não se encontrou com o carro neste domingo e acabou abandonando por ordem da equipe quando o carro começou a superaquecer.

 

Em 10º e 11º chegaram os carros da Alpha Tauri, com Yuki Tsunoda sendo o responsável pelo ponto conquistado. O ponto deveria ser do Gasly, mas um pneu furado no final da corrida atrapalhou as chances dele.

 

Agora é torcer para que Max Verstappen se recupere o melhor possível da friamente planejada manobra do Escolhido da FIA e não assistir mais as corridas da categoria com a expectativa de ver disputa justa entre O Escolhido e qualquer outro piloto, pois a FIA não vai permitir. Isso ficou mais uma vez claro e cristalino.

 

Isto posto, vamos a competição de verdade, não às cartas marcadas da Fórmula Barbie. O Mundial de Endurance foi até a histórica e maravilhosa pista de Monza para a última etapa antes das 24 Horas de Le Mans. E quem vê apenas o resultado final da prova não faz ideia do quanto a Toyota teve de batalhar para conquistar a vitória com seu Hypercar #7... primeiro por conta que os problemas que afligiram o carro #8 poderiam perfeitamente acontecer também no outro carro, e isso certamente deixou o pessoal no boxe do carro #7 com uma atenção extra a corrida toda. Depois por conta da repentina perda momentânea de velocidade que aconteceu pouco após a metade da corrida, quando Kamui Kobayashi, nosso querido “Kobamito”, pilotava. Aparentemente foi algo resolvido sem grandes problemas (sabem quando o computador ou o celular apresenta algum problema, você reinicia o sistema e o problema desaparece? Então, foi algo mais ou menos nessa linha o que aconteceu), já que pouco tempo depois o carro recuperou a velocidade normal, e a liderança momentaneamente perdida para o carro #709 da Glickenhaus lá por volta da 5ª hora da corrida foi recuperada com sucesso. Justiça seja feita, para uma equipe que estreia nesse ano a prova do trio Romain Dumas/Franck Mailleux/Richard Westbrook foi até que bem sucedida. Terminaram em 4º lugar na geral, 3º na Hypercar, 4 voltas atrás dos 2 primeiros colocados por conta de uma parada não programada para resolver um problema de freio – equipamento muito exigido em Monza, principalmente na primeira chicane. Sem contar que, dos Hypercar, o Glickenhaus 007 LMH é definitivamente aquele com o design mais agradável aos olhos até o momento. Os dois primeiros lugares na Geral e na Hypercar ficaram com o Toyota #7 de Mike Conway/Kamui Kobayashi/José Maria Lopez e com o Alpine A480 #36 de Nicolas Lapierre/André Negrão/Matthieu Vaxiviére, com o grande mérito de terem terminado na mesma volta do Toyota vencedor. O Toyota #8? Esse terminou a prova apesar de todos os problemas apresentados, mas na 33ª e última posição na classificação geral, a 43 voltas atrás dos líderes. Infelizmente o carro #708 no qual estava Pipo Derani não terminou a corrida, vitimado por diversos problemas, dos quais o golpe fatal foi o motor funcionando apenas com 7 cilindros. Na LMP2 deu a lógica, vitória da melhor equipe com o melhor trio de pilotos: o carro #22 do trio Filipe Albuquerque/Phil Hanson/Fabio Scherer se aproveitou do forte ritmo de corrida imposto e dos problemas apresentados por 3 dos 5 carros da categoria Hypercar para conquistar não apenas a vitória na LMP2 como o 3º lugar na Geral. Excelente performance. O 2º lugar na categoria (e 5º na Geral) ficou com o carro #31 do trio Robin Frijns/Ferdinand Von Habsburg/Charles Milesi; ressaltando que é a segunda vez consecutiva que esse trio termina em segundo na categoria, mesmo sendo apenas a 3ª participação deles no WEC. O degrau mais baixo do pódio da LMP2 ficou com o carro #29 do Team Nederland, pilotado por Paul-Loup Chatin/Frits Van Eerd/Nyck de Vries. Merecem destaque o desempenho de Montoya, fazendo parte do trio do carro #21, terminando a prova em 6º na categoria, e a dupla feminina Tatiana Calderón/Sophia Flörsch, que superaram algumas dificuldades na prova para terminar em 8º na categoria. O carro #82 da Risi Competizione no qual se encontrava Felipe Nasr acabou terminando em 10º na categoria; como o carro não participa do campeonato e estava em Monza como experiência para as 24 Horas de Le Mans, tudo bem. Entre os GTs, a LMGTE Pro teve apenas 4 carros competindo, 2 Porsche e 2 Ferrari, e os carros se alternaram na classificação: vitória do Porsche #92 de Kevin Estre/Neel Jani, em 2º ficou o Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi/James Calado, em 3º o Porsche #91 de Gimmi Bruni/Richard Lietz e o Ferrari #52 de Miguel Molina/Daniel Serra ficou em 4º e último lugar na categoria. Felizmente a LMGTE Am teve maior número de competidores e propiciou um melhor espetáculo ao público. E assim como na categoria principal, teve brasileiro no pódio: a vitória ficou com o Ferrari #83 da AF Corse pilotado pelo trio Nicklas Nielsen/Francois Perrodo/Alessio Rovera, mas o 2º lugar foi do Aston Martin #98 com Augusto Farfus e Marcos Gomes, acompanhados por Paul Dalla Lana, segundo lugar esse conquistado com uma ultrapassagem na última volta do Farfus sobre o outro Aston Martin, #777, pilotado por Tomonobu Fujii/Satoshi Hoshino/Andrew Watson. Infelizmente o Aston Martin #33 no qual estava Felipe Fraga teve problema com o estouro do pneu dianteiro esquerdo (aquele que mais sofre em Monza, por sinal) e acabou ficando lá para trás em uma categoria tão competitiva.

 

A Copa Truck foi até Cascavel para a realização de 4 corridas em 2 dias... e apesar do teórico “excesso” de corridas, como a duração das provas é curta até que o espetáculo esteve garantido sem grandes problemas. Curiosamente, os vencedores do sábado se repetiram no domingo. A 3ª etapa, disputada no sábado, teve na primeira corrida uma trifeta da Mercedes, com André Marques em 1º, Wellington Cirino em 2º e Danilo Dirani em 3º. As outras duas posições do pódio foram ocupadas pelos VW de Roberval Andrade em 4º e Beto Monteiro em 5º. Na segunda corrida outra vitória da Mercedes, dessa vez com Danilo Dirani ocupando o lugar mais alto do pódio; em 2º chegou Felipe Giaffone (Iveco), mostrando mais uma vez que é melhor piloto que tradutor de rádios nas transmissões da Fórmula Barbie, em 3º chegou Beto Monteiro (VW), em 4º Paulo Salustiano (VW) e fechando o pódio chegou Wellington Cirino. As duas corridas do domingo surpreendentemente tiveram os mesmos vencedores, ainda que o histórico das provas tenha sido diferente. Na primeira corrida do domingo André Marques venceu de maneira incontestável, largando na pole, liderando todas as voltas, obtendo a vitória e a volta mais rápida da corrida. Uma verdadeira aula ao volante. Foi escoltado por outro caminhão Mercedes, o de Wellington Cirino (repetindo o resultado da primeira corrida do sábado) em 2º, com Beto Monteiro em 3º lugar, Roberval Andrade em 4º e Danilo Dirani em 5º. Notem, os mesmos pilotos dos 5 primeiros lugares da primeira corrida do sábado com a inversão de posições entre o 3º e o 5º. A segunda corrida do domingo já foi mais disputada, afinal ninguém tinha que poupar caminhão para a corrida seguinte, e as cartas se embaralharam um pouco mais. A vitória pode ter ficado novamente com Danilo Dirani, mas dessa vez o 2º lugar do pódio foi ocupado por Leandro Totti, pilotando o único Volvo da categoria, com Roberval Andrade em 3º, Paulo Salustiano novamente em 4º lugar e com Felipe Giaffone ocupando o degrau mais baixo do pódio e mais uma vez sendo o melhor dentre os Iveco da corrida.

 

E a NASCAR foi até meu oval de uma milha favorito, Loudon, para um final de semana com muitas disputas, seja na XFinity Series (numa corrida com o fantástico nome de “Ambetter Get Vaccinated 200”) no sábado seja na Cup Series no domingo. Aliás, a prova do domingo merece entrar para os registros da categoria como uma das mais emocionantes: foi interrompida por conta da chuva que chegou repentinamente logo na 8ª volta e causou o abandono de Kyle Busch por conta do carro ter sofrido danos não passíveis de conserto com a derrapada e consequente batida no muro causada pela pista molhada. A direção da prova aguardou a chuva passar, secou a pista o mais rapidamente possível e colocou os carros na pista sabendo que provavelmente não daria para chegar ao número total de voltas, haja vista a pista não possuir iluminação para provas noturnas. No fim, até que a quantidade de voltas a menos não foi das maiores: estavam previstas 301 voltas, a corrida foi encerrada por falta de luz natural na volta 293. A coisa estava de tal jeito que, nas últimas voltas, dava para ver os discos de freio do carro vencedor incandescentes nas freadas... ou seja, as câmeras de transmissão estavam compensando bastante a falta de iluminação natural. Não devia estar nada fácil nas últimas 25 voltas para os pilotos ali na pista. Foi uma prova dominada pelos carros da Ford: primeiro segmento ficou com Ryan Blaney (Ford), com Brad Keselowski (Ford) em 2º. O segundo segmento teve a vitória de Keselowski, com os Fords de Kevin Harvick e Ryan Blaney em 2º e 3º. O segmento final teve uma demonstração de garra impressionante de Aric Almirola (que já tinha terminado o 2º segmento em quinto); ele foi para cima dos adversários, aproveitou a disputa fratricida entre Blaney e Keselowski para se aproximar deles, e nas voltas finais deu tudo o que tinha para impedir a aproximação de Christopher Bell, que já tinha vencido a corrida da XFinity no sábado e queria levar pra casa também o prêmio maior no domingo. Para o bem do campeonato, tivemos o 13º vencedor diferente na temporada: Almirola, que estava em uma desagradável 27ª posição no campeonato, conquistou o direito de ir para os playoffs ao vencer pela 3ª vez na carreira e pela primeira vez nessa temporada. Em 2º chegou Bell (Toyota), com o único carro não Ford entre os 6 primeiros lugares, lamentando o encurtamento da corrida em 8 voltas por achar que tinha ritmo de corrida para alcançar e ultrapassar Almirola. Em 3º, 4º e 5º chegaram os pilotos da Penske, pela ordem Brad Keselowski, Joey Logano e Ryan Blaney. O melhor dos Chevrolet chegou em 7º com Kyle Larson. Bons desempenhos também de Ross Chastain (8º) e Dibenedetto, que já foi informado que o carro dele ano que vem terá novo piloto e ainda não conseguiu nova vaga para pilotar na próxima temporada.

 

Até a próxima, espero que sem necessidade de fazer “textão”...

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Monday, 19 July 2021 16:48 )