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Nashville em dose dupla / Uma homenagem a ‘’nosso Hamilton” PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 14 July 2021 18:34

Olá amigos, tudo bem?

 

Todo mundo aqui já ouviu falar em Nashville, ou até mesmo alguns a tenha visitado, a famosa cidade da música no estado norte-americano do Tennessee. Pois minhas próximas duas corridas serão em Nashville. 

 

A primeira será neste sábado, 17, na última etapa do Superstar Racing Experience. A outra será na IndyCar, no dia 8 de agosto, na minha segunda prova pela Meyer Shank Racing.

 

Obviamente que estou falando de traçados e características de pista totalmente diferentes, embora um esteja bem pertinho do outro. A disputa da SRX, no mesmo formato de duas baterias classificatórias e a final, será no oval curto (menos de 1.000 metros) do Nashville Fairgrounds Speedway.

 

Para vocês terem uma ideia, essa pista foi inaugurada em 1904! É isso mesmo, não é erro de digitação, é mais antiga do que o Indianapolis Motor Speedway, a casa da Indy 500, que foi criado cinco anos depois, em 1909. No início, o piso era de terra e levou 50 anos para receber asfalto. Até a NASCAR já correu lá.

 

 Coisa diferentes esperam Helio Castroneves em Nashville. Um carro azul e um traçado misto com uma ponte no meio da reta. 

 

O parque onde está o oval fica distante uns 8 km do centro de Nashville, local da prova da IndyCar em circuito de rua, o Big Machine Music City Grand Prix. O grande destaque da corrida é que, pela primeira vez, uma ponte fará parte de um traçado de corrida. Não vou dizer que nunca aconteceu, pois posso correr o risco de estar errado, mas para mim é inédito.

 

A grande reta será na Korean War Veterans Memorial Bridge, a ponte que atravessa o Rio Cumberland. Estou muito curioso para saber como será essa experiência e vou descobrir detalhes para contar aqui. Mas, seguramente, atravessar uma ponte com um carro de corrida será algo realmente novo.

 

Toda essa atmosfera vai marcar outra estreia minha na MSR, pois será minha primeira corrida com o Mike Shank em traçado misto. Esse clima de começar de novo, principalmente depois daquele 30 de maio mágico, é só motivação para mim. Na semana que vem vou contar mais sobre essa Bridge/River Race!

 

Forte abraço, espero que estejam todos vacinados ou bem próximo de receber as doses que, além de segurança, representam esperança.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Lewis Hamilton se tornou ao longo dos anos um dos maiores ídolos do esporte mundial, não apenas do automobilismo. Como todos sabem, ele é negro (aqui nos Estados Unidos usar esta palavra assim, de forma direta, pode gerar implicações, mas em outros países como no Brasil ou na Inglaterra, pesquisei e não há o hábito ou a força para que seja usado o “afrodescendente” que usa-se por aqui.

 

Em alguns esportes “não existe a tradição” de atletas de cor negra, mas paradigmas estão sendo quebrados em tantos seguimentos, e Lewis Hamilton mostrou ser um fora de série na categoria mais conhecida e renomada no mundo. O Capitão Roger Penske está fazendo um trabalho sobre o qual já escrevi aqui, com pilotos, engenheiros e técnicos negros em competições de automobilismo. Tendo oportunidade, certamente outros surgirão como já surgiram no passado.

 

Aqui nos Estados Unidos a IndyCar Series em parceria com a fabricante de pneus Firestone, fornecedora da categoria, assinaram contrato para apoiar a produção de um novo projeto de filme intitulado ‘Eraced’, que contará a história do pioneiro afro-americano Charlie Wiggins.

 

 Charles Wiggins, piloto negro dos anos 20 e 30 do século passado terá um filme para contar a sua história nos EUA.

 

A incrível e inspiradora história verdadeira de Charles ‘Charlie’ Wiggins, o maior piloto de carros de corrida afro-americano das décadas de 1920 e 1930, está sendo desenvolvida para ser um longa-metragem, produzido por Ed Welburn e Madisun Leigh por meio do banner da Welburn Media Productions e está contando com a colaboração inédita de parceiros de primeira linha, incluindo IndyCar e Firestone. A IndyCar prometeu apoio para a produção física, oportunidades de marketing e promocionais durante a produção e recursos de marketing adicionais, incluindo mídia, no momento do lançamento e a Firestone será parceira de produção do filme.

 

Os fãs e historiadores da IndyCar podem conhecer a história de Wiggins a partir do livro exemplar e do subsequente documentário da PBS ‘For Gold and Glory: Charlie Wiggins e o circuito de carros de corrida afro-americano’ de Todd Gould.

 

O documentário sobre Charlie é empolgante e ao mesmo tempo triste. É um registro único e incrível da história afro-americana, da história americana, da história do carro e é quase que completamente desconhecida para muitos dos fãs do esporte a motor e entusiastas das corridas de automóveis. Até mesmo especialistas no assunto desconhecem esta página do automobilismo norte americano. Por isso os produtores decidiram que precisavam dar vida à história de Charlie de uma forma mais ampla.

 

 Poucas pessoas, mesmo no meio, conheciam algo sobre a vida do piloto, que terá sua produção no próximo ano.

 

Essa é mais uma peça que falta no quebra-cabeça que é a contribuição da engenhosidade e gênio afro-americano para a rica história dos Estados Unidos da América. Charlie era um homem humilde, mas ousado, que, apesar do impedimento sufocante das leis de Jim Crow e da inimaginável tragédia pessoal, levantou-se repetidamente para enfrentar esses desafios e obstáculos.

 

A produção de ‘Eraced’ deve começar em 2022.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

 

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.