Olá pessoal, tudo bem? Vocês não vão acreditar, mas só ontem (Terça, 22) eu consegui para ver a Indy 500 completa pela televisão. Foi muito gostoso acompanhar as 200 voltas e lembrar de cada milha percorrida, de acordo com a estratégia que traçamos e como tudo funcionou como um relógio. Agora, uma coisa que me surpreendeu foi a comemoração da vitória. Na hora, estava tão eufórico que saí do carro, escalei o alambrado, corri pela pista, abracei um monte de gente. Mas como tudo aconteceu de forma tão espontânea e em curto espaço de tempo, eu nem não lembrava de alguns detalhes. Vocês me conhecem, eu sou muito intenso nas minhas comemorações, mas essa vitória, em particular, foi realmente especial. Foi uma luta aos moldes de Davi contra Golias, uma equipe pequena enfrentando as consagradas. Esse é um sentimento muito forte e prazeroso. E diria até de alguma mudança de comportamento. Teve uma coisa engraçada que aconteceu na segunda-feira, 31 de maio, na festa de premiação. Apesar de a pandemia estar perdendo força nos Estados Unidos, há ainda um rígido protocolo. Por causa disso, a solenidade aconteceu ao ar livre, com um número reduzido de convidados, e eu achei que não combinava bem com a situação eu aparecer de terno e gravata. Eu já estava de macacão e achei que seria legal continuar assim. Nos tempos de Penske, sempre foi norma da equipe seguir um protocolo rígido de como os pilotos devem se vestir nas mais diversas ocasiões, então, liguei para o meu chefe de equipe, o Mike Shank, e a gente travou mais ou menos esse diálogo: - “Mike, como a gente vai ter a solenidade de premiação na pista mesmo, estava pensando em ir de macacão, ficaria mais legal nas fotos”, disse para ele. - “Legal a ideia, mas por que você está me perguntando?” - “Ué, para saber se você autoriza...” - “Helio, você é VENCEDOR DA INDY 500! Vai do jeito que você quiser. Pode ir até pelado se quiser!” Dei muita risada com a situação e, apesar da autorização, decidi que não pegaria bem eu aparecer pelado hehehe Fui de macacão e talvez tenha sido o único piloto a vencer a Indy 500 e receber a premiação dessa forma. São tantas as histórias que rolaram nos últimos dias, em torno de minha quarta vitória em Indianapolis, que aos poucos vou contando aqui. Forte abraço e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, Quando chega o final de semana das corridas em Road América eu sempre fico muito excitado. Nós, norte americanos, temos uma tradição e uma cultura muito forte das corridas nos circuitos ovais, ou mesmo nos “rovals”, como o traçado usado para as 24 Horas de Daytona, por exemplo. Mas Road América tem algo que simplesmente mexe comigo. Para minha felicidade tivemos uma grande corrida, com emoções diversas entre alegrias e frustrações. A grande frustrada deste final de semana certamente foi a equipe Penske. Esta foi a terceira corrida em sequência onde, quando parecia estar tudo sob controle e a vitória, esta escapou entre os dedos dos seus pilotos. Nas duas corridas de Detroit, a inacreditável situação do carro de Will Power não conseguir religar o motor após a parada da bandeira vermelha no sábado. No domingo, a estratégia de Josef Newgarden ir por água abaixo faltando apenas duas voltas para o final. Josef Newgarden parecia que ia "tirar a Penske da fila" na temporada 2021 e conquistar a primeira vitória. Depois de largar na pole position e ter a corrida sob controle, liderando-a por 32 voltas, um problema de câmbio deixou o campeão de 2019 impotente para continuar à frente do pelotão na reladgada de uma bandeira amarela e Alex Palou tomou a ponta. Embora os problemas mecânicos de Newgarden tenham claramente desempenhado um papel na forma como a corrida foi decidida, não seria justo dizer que Palou não teria chances de fazer isso sem contar com o problema de Newgarden depois, de frequentemente, correr a um segundo ou menos de distância do bicampeão nos estágios finais do competição de 55 voltas. Uma coisa estava clara, porém, como sem o problema no seu carro, Newgarden não teria perdido fácil a liderança e teríamos uma corrida ainda mais emocionante. Mesmo tendo assumido a liderança, Alex Palou não podia se descuidar dos seus perseguidores. Colton Herta fez uma grande corrida para chegar no 2° lugar, assim como Will Power, o 3° colocado. Mais ainda fez Scott Dixon, que mesmo sem conseguir uma boa posição de largada – 13° – fez uma grande prova para terminas em 4° lugar, distante apenas 3,9 segundos do vencedor. Alex Palou assumiu a ponta, mas teve que se defender dos ataques de Colton Herta A seguir vieram Romain Grosjean e Marcus Ericsson, dois Ex-F1, muito ambientados a circuitos mistos como Road América. Um mérito especial para a Chip Ganassi, que colocou três dos seus carros entre os seis primeiros. Quem veio da F1 e também vinha fazendo uma boa corrida, com uma estratégia diferente e que chegou a andar na frente foi Kevin Magnussen, mas sua estreia na IndyCar foi interrompida por um problema elétrico que desligou seu Arrow McLaren SP Chevy após 33 voltas. Palou retomou a liderança do campeonato após a vitória e o mal resultado de Pato O’Ward e é – ao menos até o momento – o melhor piloto da Chip Ganassi no campeonato em termos de consistência em corrida e de resultados finais. Contudo, ainda temos muitas corridas no campeonato e no dia da independência, 4 de julho, em Mid-Ohio, certamente teremos um novo capítulo neste campeonato onde us pilotos mais jovens estão mostrando um enorme apetite pelas vitórias e por protagonismo. Em todo caso, eu não tiraria os olhos de Scott Dixon. Novo líder do campeonato, Alex Palou tem sido o nome de destaque na Chip Ganassi e vem ofuscando Scott Dixon e Jimmie Johnson. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |