Olá, pessoal, tudo bem? Não sei se vocês já viram, mas meu carro terá cores totalmente diferentes na minha próxima corrida pela Meyer Shank Racing, que será no dia 8 de agosto, em Nashville. A tradicional combinação de rosa e preto dará lugar para dois tons de azul. Realmente, ficou muito bonito. A mudança é por causa do apoio que teremos da empresa norte-americana Transcard, que atua no ramo de soluções de pagamentos. A corrida no Tennessee marcará o início de um período praticamente consecutivo de cinco provas, formado também por Indy GP (14 de agosto), Portland (12 de setembro), Laguna Seca (19) e Long Beach (26). Essas competições fazem parte do meu acordo inicial com o Mike Shank, de correr seis provas pelo time em 2021. Depois da vitória na Indy 500, tem muita gente falando da possibilidade de andarmos juntos novamente no ano que vem, mas aí numa temporada completa. Não vou mentir, essa opção existe, mas ainda não tem nada certo. O legal na MSR é a forma organizada que a equipe adotou para crescer. Começo na IndyCar disputando apenas algumas provas, depois foi para a temporada completa com o Jack Harvey e a primeira experiência com dois carros está acontecendo justamente agora. Dessa forma, cada etapa está sendo analisada dentro de um planejamento, o que é ótimo. Em Nashville o carro de Helio Castroneves virá com novas cores, mas a disposição do piloto pelas vitórias será a mesma. Enquanto isso não acontece, meu foco atual é para a segunda etapa do Camping World Superstar Racing Experience, que será disputada neste sábado em Knoxville, Iowa. Gostei muito da abertura do campeonato no sábado passado no estado norte-americano de Connecticut. O carro é totalmente diferente e projetado para esse tipo de pista, que é a marca do SRX, ou seja, ovais curtos e diferentes pisos. Fui 3º na primeira bateria e 4º na final. Já estou pegando as manhas e, apesar de ser algo novo para mim, quero ir para as cabeças. O Knoxville Raceway é uma pista de terra batida, medindo 800 metros. É um tipo de pista muito popular nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, 16, a AutoNation promove um encontro para comemorar a nossa vitória em Indianapolis, então, vou parando por aqui. Abraço grande e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, Uma corrida da IndyCar Series num circuito de rua costuma ter sempre duas variantes que podem mudar tudo que se projeta antes do fiscal da linha de partida e chegada agitar as bandeiras verdes pela primeira vez: a estratégia das paradas e uso dos dois tipos e as eventuais bandeiras amarelas, muito mais comuns que em circuitos permanentes uma vez que os circuitos urbanos não tem grandes áreas de escape e os acidentes costumam chamar à pista o Safety Car. Na primeira fila, Pato O’Ward largou bem, deixando pra trás Alexander Rossi e passar na 1ª volta com 1s de vantagem, mas o piloto da Andretti reduziu isso pela metade na volta 3. Todos que largaram com os pneus option (vermelhos) não demoraram a ir para os boxes, deixando no ar uma possibilidade de 3 paradas como estratégia. Melhor para Scott Dixon, o único entre os 12 primeiros a largar com os prime (negros). Rossi, herdou a ponta enquanto Dixon, largando na P11, subia para 6º com uma mistura de ultrapassagens e carros à frente parando. Josef Newgarden parou na 5ª volta com Colton Herta, mas teve um problema com a falta de uma porca da roda traseira esquerda; Rossi parou na volta seguinte enquanto Hunter-Reay voltou aos boxes com a suspensão traseira esquerda quebrada depois de bater num muro. Newgarden foi para o pit lane, para resolver o problema na sua roda traseira esquerda afastada do carro. Com um novo pneu instalado, ele voltou em 24°, uma volta atrás, mas à frente do Hunter-Reay. Ed Jones foi o próximo a assumir a liderança, mas na volta 9, ele caiu pra P4, com Will Power, Takuma Sato e Dixon entre os três primeiros. Os antigos ponteiros, O’Ward e Rossi, primeiros a parar, sofriam no tráfego e eram P14 e P15. A estratégia de Dixon era correta para subir na classificação, mas (e na Indy o "mas" costuma aparecer)... Dixon tirou a P2 de Sato na volta 11, entrando na Curva 1. Jimmie Johnson parou na mesma volta com um problema de diteção. Rossi ultrapassou O’Ward na volta 12 para levar a P13, e antes do final da volta, Dixon tomou a liderança de Will Power. Rossi continuou sua marcha para agarrar a P11 antes da 12ª volta terminar. Alex Palou, que começou em último e também começou com os pneus prime, subiu para o P12 enquanto O’Ward não se acertava com os pneus novos e caia para P14. Na volta 16 Dixon estava com 7,7s de vantagem sobre o Power, já que aqueles que ficaram de fora e com pneus vermelhos estavam começando a sofrer. Jones parou na mesma volta depois de cair de P4 para P13. Felix Rosenqvist era um P4 sólido atrás de Dixon, Power e Sato. Na volta 17, Dixon aumentou a vantagem para 8,9s. James Hinchcliffe era P5, 12,4s atrás de Dixon. A diferença entre Dixon e Power era de 12,0s na volta 20; Rossi foi até P6 e O’Ward foi P8, atrás de Graham Rahal. Os pneus de Dixon começaram a perder sua eficácia conforme seus tempos de volta caíam quase meio segundo para aqueles que o perseguiam com pneus em estado semelhante. Estava perto de parar e estabelecer uma estratégia de duas paradas, passando por poucas voltas em pneus vermelhos e depois retornar aos pretos quando tudo o que Dixon não precisava aconteceu: na volta 25, Felix Rosenqvist bateu forte na saída da Curva 6 e ele foi lançado através da barreira de pneus, que se desmanchou. Seu carro bateu com o nariz na barreira de concreto e subiu, quase passando por cima da cerca. A coisa for séria e o piloto não conseguia sair do carro. A direção de prova acionou a bandeira vermelha e paralisou a corrida de forma correta na volta 28 e entre o tempo de resgate das equipes de socorro para a retirada do piloto e o posterior reparo para colocar a pista em condições tivemos quase uma hora e meia com os carros recolhidos ao pit lane. Com isso a estratégia de Dixon foi completamente por água abaixo. O então líder só pode parar para trocar pneus e abastecer com a volta da corrida e isso o jogou para o fundo do pelotão. Com pneus vermelhos, o seis vezes campeão usou a performance diferenciada, mesmo que por poucas voltas, para tentar recuperar terreno. Will Power voltou à liderança com Marcus Ericsson em 2°. Depois de Ericsson vinham Sato, Pagenaud, VeeKay e Jones no top6. Herta e Palou se tocaram e isso deixou o carro de Herta com um ligeiro desalinhamento na direção. A bandeira verde foi acenada na volta 32 e Dixon rapidamente subiu da P11 para P8 no final da volta. O’Ward passou por Rahal para P12. Na volta 34, O'Ward estava voando e já na P9 enquanto Ericsson pressionava Power na frente. Dixon tirou a P7 de Pagenaud enquanto Grosjean lutava para trocar um pneu dianteiro direito furado. Ele estava na P7 antes do problema e voltou na P20. A adversidade promoveu Dixon para P6 e O’Ward para P7. O Controle da Corrida julgou que Sato bloqueou VeeKay no reinício e instruiu Sato a devolver a P3. No início da volta 38, Power, Ericsson, VeeKay, Sato, Jones, Dixon, O’Ward, Pagenaud, Harvey e Rahal formavam o top 10. Co um ritmo consistente e sempre andando entre os primeiros, Ericsson apostou no "quem planta, colhe... e colheu! Logo os pneus vermelhos de Dixon começaram a perder rendimento e na volta 40 O’Ward tomou P6. Pagenaud foi o próximo a passar por Dixon, que desceu para o P8 enquanto segurava o carro na pista para fazer sua última parada, o que veio na volta 44 junto com Harvey e Herta. Eles retornariam em P16-P18. Jones e Rossi estavam na volta 46; A parada de Jones foi retardada por um problema de reabastecimento. Na rodada dos pits VeeKay parou, mas a equipe não puxou a pistola da roda dianteira esquerda a tempo e o holandês passou por cima da mangueira. Power e Ericsson pararam da liderança na volta 48 com Power recebendo serviço rápido. Na volta 50, O’Ward estava na liderança, na frente de Rahal, Ferrucci e Newgarden, que precisavam fazer suas últimas paradas. Power e Ericsson estavam em P5-P6. McLaughlin bateu na parede e faria o pit com uma suspensão traseira esquerda torta e sem condições de prosseguir. Na volta 54, todos os líderes haviam parado e Will Power estava de volta à P1, com Ericsson apenas 0,6s atrás no P2 e VeeKay 1,3s atrás no P3. Nas 10 voltas finais a disputa pela ponta parecia estar restrita aos 3 primeiros. Com a corrida a caminho do fim, os líderes foram Power, Ericsson, VeeKay, Sato, O’Ward, Pagenaud, Jones, Rahal, Ferrucci e Rossi. Mas na IndyCar Series tudo sempre pode acontecer. Sato superou Veekay e na volta 65 das 70, Romain Grosjean foi contra a parede sozinho e tivemos logo em sequência a bandeira amarela, seguida da bandeira vermelha, forçando todos a irem para ao pits e a corrida ser retomada para ter seu final em bandeira verde após removerem o carro do suíço. Will Power tinha a vitória nas mãos faltando 5 voltas para o fim... mas o resultado final foi bem longe disso. E aconteceu uma daquelas coisas que só acontecem com Will Power, tipo a bigorna do desenho animado cair sobre seu carro. O motor do líder simplesmente não dava partida. o líder Will Power ficou parado enquanto todos voltavam para a disputa, que teve o reinício à três voltas do fim. Ericsson largou bem, enquanto VeeKay e O’Ward passarem por Sato, que largou mal. Um grupo de pilotos atrás deles disputava posições enquanto Dixon melhorava para P8, Jones caía para P9. Com força – e sorte – Marcus Ericsson foi o vencedor da IndyCar pela primeira vez. No domingo, com Oliver Askew substituindo Felix Rosenqvist e contando com equipamentos emprestados (macacão de Montoya e sapatilhas de Palou), tivemos a segunda corrida do final de semana, mas o personagem da corrida foi mesmo o vencedor, Pato O’Ward, depois de largar em 16° e assumir a ponta a duas voltas do final, o mexicano voltou a mostrar que é um dos candidatos ao título e um dos grandes nomes desta renovação de talentos que a categoria está vivendo. Largando no meio final do pelotão, Pato O'Ward e a McLaren fizeram a estratégia perfeita e o mexicano venceu no domingo. A vitória alçou O’Ward para a liderança na classificação do campeonato, já que a estratégia de corrida da equipe McLaren superou uma aposta feita pela equipe Penske com o polesitter Josef Newgarden, que dominou as primeiras 67 voltas. Começando com os pneus prime, mais duráveis, da Firestone, Newgarden teve uma vantagem inicial, já que a maioria de seus adversários sofreram com a diminuição do ritmo com os pneus options, de faixa vermelha, após o pico de performance durante suas voltas iniciais. Com os rivais de Newgarden mudando para os prime na primeira parada, sua equipe escolheu manter o bicampeão nas prime para a segunda passagem, o que significa que ele seria exposto durante a terceira e última passagem quando, por regra, ele teria que fazer uso dos compostos macios da Firestone no final da corrida. Foi neste momento que a corrida – juntamente com uma advertência tardia na volta 54 para o giro e estol de solo de Jimmie Johnson – transformou a decisão da McLaren de iniciar O'Ward com pneus options novos, instalar primárias usadas no meio da corrida e fechar a prova com pneus prime novos, foi transformado em arma. Lutando contra os pneus vermelhos usados, Newgarden inicialmente construiu uma folga confortável para Colton Herta e Alex Palou quando a corrida foi retomada na volta 58, mas O’Ward estava atacando. A Penske arriscou... e quase deu certo. Newgarden liderou 67 das 70 voltas da corrida, mas foi superado no final. O mexicano de 22 anos tirou P5 de Scott Dixon no reinício, mas outra advertência interromperia a corrida na volta 59, quando Romain Grosjean parou e teve seus freios dianteiros pegando fogo. Com o princípio de incêndio extinto e o carro removido, a ação recomeçou na volta 63, e era a mesma rotina quando Newgarden se afastou e O'Ward assumiu a P4, superando Graham Rahal para a Curva 1 e P3 de Palou na Curva 3 com uma relargada sensacional. Herta cairia para O’Ward na volta 65 e um Newgarden, sem forças, foi impotente para parar o ataque de O’Ward para tomar a ponta na volta 68. Em duas voltas abriu uma diferença para a vitória de 6,7s. Questionado se ele podia acreditar que estava liderando o campeonato, O’Ward disse: “Sim, eu posso. Os caras têm feito um ótimo trabalho. Ainda há muito para fazer. Precisamos permanecer nisso e continuar pressionando.” Um Newgarden cabisbaixo teve pouco consolo em deixar Detroit Round 2 com um P2, já que a seqüência sem vitórias da Equipe Penske nesta temporada se estende a oito corridas. Alex Palou, da Chip Ganassi Racing, cedeu a liderança do campeonato para O’Ward depois de chegar ao evento com 36 pontos de vantagem sobre o companheiro de equipe Scott Dixon e o piloto da AMSP. Uma má corrida no sábado foi resolvida no domingo, no entanto, quando ele levou o número 10 da Honda para casa para seu quarto pódio do ano. Com a vitória e o 3° lugar no sábado, Pato O'Ward alcançou a liderança do campeonato, superando Alex Palou. Herta parecia capaz de ultrapassar Newgarden nas duas relargadas no final da corrida. Na última tentativa, uma perda de velocidade na Curva 3 permitiu que Palou atacasse e tomasse a P3, o que contribuiu para um final insatisfatório do P3. A vitória da McLaren – a segunda este ano – é um alerta para as equipes mais experientes da categoria para a próxima rodada, no circuito misto de Road America em poucos dias. A IndyCar teve seu primeiro vencedor repetido da temporada em O’Ward, que possui vitórias em um oval e em um circuito de rua. Com o amado curso de estrada de terreno natural no horizonte, O’Ward pode perfeitamente adicionar uma terceira vitória à sua coleção em um terceiro e diferente estilo de pista. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |