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Baku para cardíacos e outras tantas emoções PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 07 June 2021 10:28

Olá leitores!

 

Final de semana do jeito que gostamos: muito esporte a motor, resultados imprevisíveis e pilotos fazendo coisas inesperadas. Acho que nada conseguiu ser mais imprevisível que o resultado da equipe Mercedes em Baku, já que ficar com ambos os carros fora da zona de pontuação era algo que há muito tempo não se via... do Bottas não se espera muita coisa, claro, mas o Hamilton... foi daqueles dias em que o próprio talento não conseguiu resolver e os comissários também não conseguiram ajudar. Segundo Lewis, ele regulou errado o botão de balanceamento do freio. Pra todo mundo, até os grandes campeões, tem um dia em que tudo dá errado; para Lewis Hamilton, esse dia foi 06/06/2021.

 

A vitória, merecidamente, ficou nas mãos de Sérgio Pérez, que em uma pista difícil, com um carro difícil (afinal, ele é praticamente projetado de acordo com o estilo de pilotagem do Verstappen, que já fez muitos companheiros de equipe sofrerem), fez com grande eficiência o papel de escudeiro do companheiro de equipe e, quando este teve o problema que causou o abandono e a bandeira vermelha (provavelmente excesso de zelo da direção de prova e dos comissários, mas... quando lembramos que no momento Hamilton estava em segundo e seria mais fácil ele assumir a liderança com uma largada parada do que numa relargada de safety-car, impossível não deixar de levantar teorias conspiratórias) estava com confortável margem para seu seguidor mais próximo. Seu companheiro de equipe Max Verstappen (18º) liderava confortavelmente quando o pneu traseiro esquerdo explodiu no ponto mais veloz da pista. A tentativa da Red Bull de “esticar” a vida do pneu o máximo que desse tirou uma vitória praticamente garantida para ele.

 

Em 2º lugar chegou Sebastian Vettel, que sorria no pódio como um iniciante. Definitivamente sair do ambiente da Ferrari fez bem para o alemão, que fez uma corrida segura, sem erros, e mereceu esse presente de estar novamente no pódio. Seu companheiro e filho do dono Lance Stroll (19º) teve o mesmo problema de Verstappen, algumas voltas antes, centenas de metros antes do lugar em que o Verstappen bateu, mas sem que a bandeira vermelha fosse exposta.

 

Em 3º terminou Pierre Gasly, outro que teve um final de semana estupendo (afinal, classificou-se em 4º para a largada) e nas últimas voltas após a bandeira vermelha não apenas largou bem como conseguiu resistir às fortes tentativas de ultrapassagem feitas por Leclerc. Mostra que merece uma chance em uma equipe boa fora do universo Red Bull (afinal, ser for pra equipe principal será para ser escudeiro do Verstappen). Seu companheiro Yuki Tsunoda (7º) fez uma grande corrida, embora após a prova não tenha ficado completamente satisfeito com o resultado. Levando em conta que ele deixou pilotos mais experientes e com melhores carros pra trás, creio que o jovem japonês está se cobrando muito.

 

Em 4º chegou Charles Leclerc, que tirou do carro o desempenho que o carro pôde e mais um pouco... entretanto a Ferrari já consegue ser rápida em uma única volta (tanto que ele fez a pole), mas ainda deve no ritmo de corrida Espero que estejam trabalhando direito no projeto do carro de 2022. Seu companheiro Carlos Sainz Jr. (8º) sofreu com o aquecimento dos pneus – ou dificuldade para os aquecer nas relargadas – e não teve como extrair mais do carro do que extraiu.

 

Em 5º terminou Lando Norris, extraindo do McLaren um desempenho que o carro não demonstrou nos treinos, em um grande resultado. Seu companheiro Daniel Ricciardo (9º) não se adaptou tão bem ao carro nessa pista e fez o que podia, com bons e maus momentos no decorrer da prova. Terminar nos pontos acabou sendo um prêmio.

 

Em 6º chegou Fernando Alonso, em sua primeira grande exibição neste seu retorno à categoria. Ainda falta um pouco de ritmo de corrida ao carro, mas o progresso do piloto no domínio dele é sensível. Seu companheiro Esteban Ocon (20º) teve que abandonar por problemas na “unidade de força” (qualquer uma daquelas partes do sistema híbrido), o que foi uma pena.

 

Encerrando a zona de pontuação (10º) apareceu Kimi Räikkönen, logo à frente do seu companheiro Antonio Giovinazzi (11º). A dupla da Alfa Romeo apresentou algumas dificuldades para ultrapassar adversários, e acabaram apostando em se manter longe das encrencas que fazem parte de um circuito de rua. Deu certo.

 

Próxima corrida, preparem uma garrafa térmica de 2 litros de café forte: GP da França, Paul Ricard com chicane no meio da Mistral... zzzzzzz...

 

O Mundial de Motovelocidade foi até a Catalunha para mais uma etapa, que teve desde quedas de grandes nomes do esporte (Marc Márquez e Valentino Rossi foram conferir de perto as áreas de escape da pista) até piloto terminando a corrida com o macacão aberto mostrando o tórax (sim, sem camiseta por baixo do macacão). Em uma pista exigente com os pneus, a vitória ficou com quem conseguiu escolher melhor os compostos e os gerenciar durante a prova toda: Miguel Oliveira (KTM) venceu e convenceu, mostrando estar apto a, no futuro, inscrever seu nome no rol dos campeões da categoria principal. Foi acompanhado no pódio por Johan Zarco (Ducati – Pramac) em 2º lugar, que está em grande forma e fazendo por merecer uma vaga na equipe principal, e Jack Miller (Ducati) em 3º lugar, que com esse resultado ultrapassou seu colega de equipe oficial da fábrica italiana e agora ocupa a 3ª posição na tabela de classificação, a 25 pontos do líder Quartararo... por falar em Quartararo, só aprontou no final da prova. Primeiro errou na primeira chicane do circuito, saiu dela corretamente usando a área para isso demarcada... mas ganhou tempo no procedimento. Depois, com a alegação que o protetor de tórax que fica por baixo do macacão estava incomodando, o retirou (ele alega que escapou) e fez as voltas finais de peito aberto – literalmente falando. Lembrando que essas peças de proteção costumam ser presas debaixo do macacão e que o próprio macacão tem uma presilha pra impedir que o zíper se abra, se corretamente utilizada, as desculpas do francês após a corrida foram... inconsistentes. A direção de prova também errou ao não dar uma bandeira preta com círculo laranja para ele ir aos boxes ao menos fechar o macacão pra continuar a corrida. No aguardo dos desdobramentos.

 

A NASCAR foi até a região vinícola da Califórnia para a prova de Sonoma, pista ótima pra ver corrida de Indy, mas nem tanto assim de NASCAR. Com o carro da próxima geração isso deve mudar pra melhor... e quem mereceu um brinde foi Kyle Larson, que fez a famosa “varrida”, vencendo todos os segmentos com autoridade.  Simplesmente soberbo. A equipe dele (Hendrick Motorsport) também está de parabéns, pois pela 4ª vez consecutiva fez os dois primeiros colocados em uma corrida na categoria principal. Em 2º ficou o atual campeão Chase Elliott, que tentou bravamente, mas não conseguiu fazer aquele movimento decisivo para ultrapassar Larson. Em 3º outro piloto que lutou com todas as forças que tinha para vencer e não conseguiu se sobrepor ao domínio de Larson, Martin Truex Jr. Principalmente nas relargadas do final, ele tentou com intensidade, mas não deu certo. Em 4º chegou Joey Logano, único Ford entre os 9 primeiros colocados, que contou com o competente trabalho de pit lane da Penske para ficar no Top-5, e em 5º terminou Kyle Busch, em mais um dia que preferiu garantir pontos no campeonato que brigar por uma vitória que não seria fácil de conquistar.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.