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Um sábado difícil e um grande domingo para Drugovich em Baku PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 06 June 2021 11:23

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos a volta da Fórmula 2 com a lamentável confirmação de que Gianluca Petecof estaria fora da etapa do Azerbaijão e – provavelmente, a menos que tenhamos uma daquelas reviravoltas de novela – do restante da temporada por falta de patrocínio.

 

Na corrida deste final de semana teremos a presença do italiano Matteo Nannini, sobrinho de Alessandro Nannini, ex-piloto da Benetton na Fórmula 1. Em uma entrevista há algumas semanas, quando Enzo Fittipaldi, ao anunciar seu retorno à FIA Fórmula 3, mas com “uma possibilidade de corridas na Fórmula 2”. Confesso que esperava ver o anúncio da troca de um brasileiro por outro, mas isso não aconteceu... pelo menos para esta etapa.

 

Mas vamos para a disputa da rodada tripla no Azerbaijão, o único evento das categorias de acesso neste final de semana. Os pilotos foram para a pista no início da tarde da sexta-feira para os 30 minutos de treino – sem divisão de grupos – e com os 22 competidores disputando espaço. Como costuma acontecer, foram todos para a pista para uma tentativa nos primeiros 15 minutos do treino que, apesar dos 6 km de comprimento, tivemos 14 pilotos no mesmo segundo.

 

 

 

Felipe Drugovich marcou o 7° lugar provisório, 46 milésimos distante do pole position, enquanto Guilherme Samaia ficou 3 segundos atrás do pole na P18. Todos voltaram para os boxes para fazer ajustes nos carros e, faltando 12 minutos para o fim, começaram a voltar para a pista. Faltando 5 minutos, uma bandeira amarela atrapalhou a volta de Felipe Drugovich, que precisou tirar o pé. Ele tinha caído para P11 e precisava melhorar seu tempo.

 

A bandeira verde voltou rápida, mas sem os pneus nas melhores condições ele só subiu para a P10, mas logo foi superado, voltando para a P11. Guilherme Samaia conseguiu melhorar um pouco seu tempo de volta, mas ficou a surpreendentes 3,5 segundos do pole na P20, à frente apenas de Alessio Deledda e de Roy Nissany, que não conseguiu marcar tempos de volta. Um resultado muito aquém do esperado para os dois brasileiros.

 

 

 

No final da manhã do sábado tivemos a primeira das três corridas no Azerbaijão e Felipe Drugovich teria todas as chances de melhorar da sua posição de largada, a P11, para ficar entre os 10 primeiros e aproveitar-se do grid invertido na segunda corrida, mas também tentar ficar entre os 8 primeiros e marcar pontos na corrida 1. Guilherme Samaia é que teria um desafio enorme, uma vez que não conseguiu um melhor acerto para seu carro e além da P20, estava virando tempos muito altos.

 

O dia estava bonito, ensolarado e sem perspectivas de chuva para a corrida 1 no final da manhã do sábado e isso talvez fosse a chance ideal para Felipe Drugovich ganhar posições saindo da P11 nas 21 voltas que teria pela frente, assim como ficava a esperança de que Guilherme Samaia pudesse fazer uma boa recuperação, mesmo largando numa incômoda P20.

 

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich largou bem, ganhou uma posição sobre Oscar Piastri e herdou outra com a batida de Lian Lawson, que provocou a entrada do safety car ainda na 1ª volta Piastri também abandonou. Com a rodada de Jack Aitken, Guilherme Samaia, que largou muito bem, fechou a 1ª volta na P15. O serviço de resgate em Baku, lento como de costume, demorou a liberar a pista.

 

A bandeira verde veio no final da volta 4 e Felipe Drugovich foi para o ataque, mas por pouco não perdeu a posição para David Beckman. Guilherme Samaia foi bem e ganhou uma posição, subindo para 14°. Com o andamento de voltas sem bandeiras amarelas, Felipe Drugovich perdeu terreno e não conseguia se manter próximo a Theo Pourchaire, mas conseguia alguma folga sobre David Beckmann, enquanto Guilherme Samaia era pressionado por Matteo Nannini.

 

 

 

Com o DRS ativado a partir da volta 7, era importante estar a menos de 1 segundo de quem estava à sua frente e foi assim que Nannini superou Samaia, que caiu para a P15. Drugoviche estava em um pelotão que ia do 2° ao 11°, mas estava no limite para poder abrir a asa móvel e atacar Vips, superado por Pourchaire uma na volta 8. A sorte de Drugovich estava sendo os ataques de Viscaal à Beckmann, enquanto Samaia era superado lor Lirim Zendeli e caia para 16°.

 

Entrando na metade final da corrida, o estado dos pneus certamente iam interferir na performance dos carros e Drugovich começava a se aproximar Vips, sem sofrer pressão de Beckmann. Samaia tinha uma vantagem confortável sobre Nissany na 16ª posição e, de forma surpreendente, tínhamos poucas ultrapassagens até a 15ª volta. Na volta 16, Samaia errou uma freada, foi reto numa área de escape e perdeu a posição para Sato, caindo para 17°. O problema foi que veio a notícia de que Felipe Drugovich estava punido em 10 segundos por ter provocado o acidente entre Pourchaire e Lawson (o que, sinceramente, eu não vi) e a transmissão não mostrou.

 

 

 

Nas voltas finais, Felipe Drugovich não conseguia uma aproximação que o permitisse atacar Júri Vips pela P8 e por tentar ganhar tempo em relação à sua punição, enquanto Guilherme Samaia corria sem pressão de Marino Sato, que teve um pneu furado. Shwartzman venceu a corrida e, caso a equipe não conseguisse reverter a inacreditável punição para Drugovich, ele ficou classificado na P14. Guilherme Samaia foi o 17°.

 

No final da tarde os pilotos voltaram para a disputa da segunda das três corridas em Baku e não teve jeito na punição de Felipe Drugovich, que foi obrigado a largar na 14ª posição, num prejuízo enorme para seus planos no campeonato e nesta segunda corrida, onde largaria na primeira fila. Guilherme Samaia estava largando em 17°, um progresso em relação a 1ª corrida, mas ainda com dificuldades na pista.

 

Apagadas as luzes vermelhas para as 21 voltas, tivemos uma bela confusão na curva 1. Felipe Drugovich se aproveitou da confusão, além de ter feito um boa largada e subiu para 9° antes do acionamento das bandeiras amarelas e da entrada do safety car. Guilherme Samaia também se beneficiou da confusão e subiu para 14° com os carros que ficaram parados nas primeiras curvas.

 

 

Duas voltas foram o suficiente para limpara a pista e áreas de escape. Acionada a bandeira verde, Felipe Drugovich superou Roy Nissany e tomou a P8 enquanto Guilherme Samaia conseguiu manter a 14ª posição. Enquanto Drugovich ia tentando ganhar posições, Samaia acabou superado por Ticktum e Aitkem, carros mais rápidos que o seu.

 

Na abertura da volta 5, sob pressão, Richard Vershoor errou a freada da curva 1 e Felipe Drugovich subiu para 7° e tudo isso sem o uso da asa móvel. Na volta seguinte, Vershoor foi acertado por Roy Nissany e jogado na proteção, levando o safety car de volta para a pista faltando 15 voltas para o final. Samaia ganhou duas posições com isso e Nissany, saindo da disputa também, tendo que trocar o bico do carro, além da punição que receberia.

 

Duas voltas depois, outra relargada e com a bandeira verde, Felipe Drugovich largou mal e se envolveu em outro problema onde poderia ser acusado de causar a saída de Christian Lundgaard da prova. Marcus Armstrong bateu algumas curvas depois e, desta vez, acionaram o safety car virtual. Felipe Drugovich aparecia em 8° e Guilherme Samaia ia colhendo os frutos dos abandonos, subindo para P12.

 

 

 

Duas voltas mais uma vez e acionaram a bandeira verde sem relargada na reta. Felipe Drugovich continuava em 8° e não aparecia mensagens sobre punições para ele por enquanto. Guilherme Samaia seguia na P12 com metade da corrida disputada. Drugovich não conseguia acompanhar Ticktum, à sua frente, e ia perdendo terreno para o pelotão que ia do 3° ao 7° colocado, enquanto era atacado por Oscar Piastri, que tomou a 8ª posição na volta 12. Pourchaire também superava Guilherme Samaia que caia para 13°.

 

A briga pela P7 envolvendo 4 carros abriu possibilidades para Drugovich, mas o pelotão não teve trocas na volta 14. Na volta 16, Guilherme Samaia errou novamente uma aproximação de curva, passou reto e caiu para 14°, superado por Marino Sato. O carro de Felipe Drugovich não parecia estar 100% e ele perdia terreno para o 8° colocado e passava a segurar todo um pelotão atrás de si na 9ª posição.

 

 

 

Não demorou muito para Theo Pourchaire superar Drugovich que caía para 10°, mas que tinha uma folga para o 11°, Matteo Nannini. Gulherme Samaia tinha também uma pequena vantagem sobre Alessio Deledda e segurava a 14ª posição. Nas últimas voltas não tivemos mais mudanças de posição para os brasileiros que viveram um sábado bastante complicado.

 

No domingo pela manhã tivemos a terceira e última corrida da rodada tripla na etapa de Baku da Fórmula 2, com Felipe Drugovich largando na 11ª posição e precisando de uma grande corrida para marcar pontos no Azerbaijão. Guilherme Samaia largava na 20ª posição, resultados obtidos na classificação da sexta-feira. A estratégia de pneus seria crucial para o bem ou para o mal.

 

A corrida do domingo é a chamada “feature”, a corrida longa, com 28 voltas de duração e um pitstop obrigatório. O céu estava encoberto, mas sem perspectivas de chuva. Matteo Nannini e Jack Aitken não saíram para a volta de apresentação e os carros foram removidos para os pits. Nannini (com o antigo carro de Petecof) não conseguiu largar, e tinha um vazamento de fluido pelo câmbio.

 

Apagadas as luzes vermelhas, os carros contornaram a curva 1 sem problemas, mas na curva 3 um acidente entre Dan Ticktum, Marcus Armstrong e Theo Pourchaire comprometeu a corrida dos três. Melhor para Felipe Drugovich, que ganhou um posição na largada e herdou as três, passando para a P7. Guilherme Samaia largou mal e era apenas o 18° quando entrou o safety car. Ticktum conseguiu voltar para os boxes e aproveitou para fazer sua parada obrigatória sob safety car.

 

 

 

Duas voltas depois tivemos a bandeira verde de volta a largada foi mais “tranqüila”. Felipe Drugovich conseguiu manter sua posição, assim como Guilherme Samaia, mas na abertura da 4ª volta, Drugovich já estava sob ataque de Robert Shwartzman, que superou os dois carros da UNI-Virtuosi, e o brasileiro caiu para 8°.

 

As paradas nos pits começaram cedo, já na volta 6 para trocar os pneus de banda roxa (super macios) pelos de banda amarela (médios). Felipe drugovich fez um belo “undercut” e ganhou algumas posições sobre pilotos que estavam à sua frente e aparecia em 11° na volta 9, sendo o 3° entre os que já tinham parado nos boxes. Guilherme Samaia era o 17°, mas Felipe Drugovich estava sob investigação por “liberação perigosa” dos pits.

 

 

 

Independente do que viria pela frente, Felipe Drugovich andava forte e assumia a P7 no início da volta 11. A transmissão mostrou a repetição da saída dos boxes e os comentaristas da Sky Sports foram unânimes em dizer que não viram nada de “inseguro” na saída de Drugovich dos pits. Felizmente os comissários viram da mesma forma e o brasileiro não foi punido, mantendo a P7 na metade da corrida. Samaia era o 18°, à frente de Alessio Deledda.

 

Faltando 10 voltas para o fim da corrida, à frente de Felipe Drugovich, apenas Jack Aitken não havia parado para a troca obrigatória de pneus e o brasileiro tinha um ótimo ritmo de corrida, com mais de 3s de vantagem sobre Liam Lawson, o P8, e vinha se aproximando de Ralph Boschung. Na volta 23, finalmente Aitken e parou e Dan Ticktum fez outra parada. Com isso, Felipe Drugovich subiu para 5° faltando 5 voltas para o final da corrida.

 

 

 

Na volta seguinte Felipe Drugovich superou Ralph Boschung e tomava a P4, mas os carros de Lawson e Daruvala se aproximaram muito. Guilherme Samaia passou reto na mesma curva pela terceira corrida seguida e caiu para 19° enquanto Drugovich conseguia abrir distância suficiente para se livrar de um ataque com DRS por Boschung, que segurava Lawson e Daruvala.

 

Felipe Drugovich fez uma grande corrida, avançando 7 posições em relação à sua posição de largada para conquistar o 4° lugar na corrida longa de Baku e somar preciosos 12 pontos. Guilherme Samaia, apesar do erro, conseguiu se recuperar sobre Alessio Deledda e terminou em 18°. No campeonato, Zhou ainda lidera com 78 pontos e Felipe Drugovich sai do Azerbaijão com 41 pontos na 9ª posição. Guilherme Samaia continua sem pontos no campeonato, que tem sua próxima etapa em Silverstone, em meados de julho.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Monday, 07 June 2021 15:31 )