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Vitória brasileira nos EUA; vitória portuguesa no Brasil PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 May 2021 08:17

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que vacinados e/ou se protegendo do COVID-19... no ritmo que a coisa vai aqui na República Sebastianista da Banânia, acho que na metade de 2022 devo conseguir tomar minha primeira dose. Enfim, o importante é que esse final de semana tivemos muita corrida de diversas categorias, para alegria de todos os fãs do esporte a motor.

 

Começou no sábado com a corrida da Indy no traçado misto de Indianapolis, que propiciou uma das melhores corridas da categoria nos últimos tempos. Primeira surpresa apareceu em plena tarde de sexta-feira, com a pole marcada pelo Romain Grosjean. Sim, Grosjean. Em uma categoria com carros menos sensíveis e delicados que ao Fórmula Um o francês se encontrou, e fez uma bela participação na prova. Liderou 44 das 85 voltas da prova, e apenas na parte final perdeu um pouco de rendimento, não tendo tanta sorte na negociação das ultrapassagens e portanto não conseguindo alcançar uma das grandes revelações da categoria, o jovem (20 anos) holandês Rinus VeeKay, que conseguiu sua primeira vitória na Indy se aproveitando de uma estratégia de pneus melhor feita pela equipe de Ed Carpenter. Merecido? Sim. O garoto é pé pesado, e pelo desempenho mostrado Grosjean deve ter novas chances de vitória até o final da temporada. Claro que Romain ficou muito contente com o segundo lugar, afinal desde a corrida em Spa-Francorchamps de 2015 ele não terminava entre os primeiros colocados. O pódio teve outra presença jovem, Alex Palou, que novamente arrancou um grande desempenho do carro #10 de Chip Ganassi e com esse resultado assegurou a vice liderança do campeonato até agora. Em 4º chegou Josef Newgarden, e o Top 5 se encerrou com Graham Rahal. O líder do campeonato ainda é Scott Dixon, que terminou apenas em 9º lugar. Já nessa terça feira começam os treinos para a prova mais importante da temporada, as 500 Milhas de Indianapolis, e confesso que estou um pouco ansioso para essa corrida. Tem tudo para ser especial.

 

Continuando nos Estados Unidos, a IMSA WeatherTech foi até Mid-Ohio para uma corrida que, se não teve muitos carros, com certeza teve emoção: na geral a vitória ficou com o Acura DPi #10 de Filipe Albuquerque/Ricky Taylor, que apostaram em uma estratégia de economia de combustível meio arriscada, mas que acabou dando certo. As últimas voltas de Taylor ao volante foram um delicado equilíbrio entre economizar tudo o que desse de combustível e andar rápido o suficiente para o Cadillac DPi #31 dos brasileiros Pipo Derani/Felipe Nasr não o alcançasse. Felipe quase conseguiu... cruzou a linha de chegada apenas 36 centésimos de segundo atrás de Taylor. Impressionante uma diferença tão pequena após 122 voltas, mas... IMSA é assim, e é por isso que a categoria é tão boa de assistir. Fechando o pódio da categoria principal e da Geral terminou o Mazda DPi #55 de Oliver Jarvis/Harry Tincknell, que foi o carro líder na primeira metade da corrida e mostrou que, além de uma boa dupla de pilotos, o carro é bem acertado. Mas se na DPi os brasileiros tiveram que se contentar com o segundo degrau do pódio, na LMP3 o degrau ocupado foi o mais alto: a dupla Felipe Fraga/Gar Robinson obteve a vitória com o carro #74 da Riley Motorsports, sendo que essa foi a primeira corrida de Fraga com um protótipo (já que no WEC ele corre com GT). O pódio da categoria teve também as duplas Dan Goldburg/Rasmus Lindh em 2º e Jim Cox/Dylan Murry em 3º. Infelizmente não tivemos brasileiros na GTD...

 

Para já abordar todas as categorias ianques de uma vez, a NASCAR foi para sua tradicional prova em Dover, a “Milha Monstro”, a pista cujo troféu é uma réplica do “mascote” da pista, Miles, the Monster (sim, brega e jacu como apenas no sul dos EEUU se consegue ser), segurando uma miniatura do carro do vencedor. O que vimos foi um massacre da equipe Hendrick: os dois primeiros segmentos foram vencidos por Kyle Larson, e já no segundo os 4 primeiros lugares eram da Hendrick. O que mudou até a bandeirada final? A ordem dos pilotos. A vitória ficou nas mãos de Alex Bowman, que levou o #48 novamente à primeira posição em Dover (a 12ª vitória desse carro na pista, e a primeira sem Jimmie Johnson), sobrepujando Kyle Larson, que liderou 263 das 400 voltas da corrida mas ao final teve que se contentar com o 2º lugar a 2 segundos de diferença pro vencedor. Em 3º chegou o atual campeão Chase Elliott, e completando a quadriga da Hendrick veio William Byron no 4º lugar. Foi a primeira vez que a equipe conseguiu colocar seus 4 carros nas 4 primeiras posições de uma corrida, e apenas a 3ª equipe a conseguir fazer isso na história da categoria. A Hendrick Motorsports se juntou, de acordo com a informação da NASCAR, à Peter DePaolo Racing (que conseguiu esse feito duas vezes na década de 50) e à Roush Fenway Racing, que fez isso em 2005 na pista de Homestead. O Top 5 se encerrou com Joey Logano terminando a corrida em 5º lugar.

 

Em Interlagos tivemos a 2ª etapa do campeonato da Stock Car, felizmente com algumas alterações no formato que, digamos assim, não deu exatamente muito certo na primeira etapa lá em Goiânia. Também fico grato pelo fato das investigações pós corrida não terem tido seu resultado liberado apenas na madrugada de segunda-feira, dessa vez soltaram antes. A grande atração da etapa de Interlagos sem dúvida foi a presença do vencedor do EPrix de Mônaco, o excelente português António Félix da Costa, convidado para substituir o atual campeão Ricardo Maurício, que testou positivo para Covid e está se recuperando em isolamento. A primeira corrida começou bem “animada”, com pilotos se tocando, carros rodando, e teve a vitória de Gabriel Casagrande (Cruze), que fez valer a pole position conquistada no sábado e manteve-se na liderança mesmo com a punição de 5 segundos recebida por conta do toque dado em Diego Nunes (Cruze), da Blau Motorsport. A propósito, Diego cruzou a bandeirada em 6º lugar. O 2º lugar na primeira corrida ficou com Allam Khodair (Cruze), que tentou tudo o que estava ao seu alcance para alcançar Casagrande, e quase foi bem sucedido. O degrau mais baixo do pódio ficou com Bruno Baptista (Corolla), que fez uma corrida segura e garantiu bons pontos para o campeonato. O “momento pastelão” envolveu alguns dos mais experientes pilotos do grid, a saber: Cacá Bueno, Marcos Gomes e Rubens Barrichello. Marcos Gomes ficou por ali mesmo na área de escape, ao passo que Cacá e Rubinho conseguiram chegar aos boxes para os necessários reparos a fim de largar pra segunda corrida. Por falar em segunda corrida, atuação de gala do português. Félix da Costa (Cruze) largou em 2º, perdeu 2 posições até que começaram os pit stops, quando assumiu a liderança – auxiliado, é verdade, por uma parada ruim do pole Galid Osman (Cruze) – e lá se manteve até a bandeirada, tornando-se o primeiro piloto estrangeiro a vencer na categoria pilotando o carro sozinho (já tinha ocorrido outra vitória antes, mas naquelas corridas de duplas, com o estrangeiro fazendo dupla com um brasileiro). Em 2º lugar chegou Daniel Serra (Cruze) e em 3º Guilherme Salas (Cruze). A segunda corrida foi marcada pelo impressionante acidente do qual Gaetano di Mauro (Cruze) foi protagonista: Gaetano observava a disputa de posição entre Serra e Salas, e na subida dos boxes, com o push-to-pass acionado, tentou passar pelo meio dos dois competidores mencionados... acabou tocando o pneu traseiro de Salas, a frente do carro levantou e, por um instante, pareceu que ele iria capotar com o carro no ar. Felizmente o carro aterrissou com as quatro rodas para baixo e foi bater na mureta de proteção. Um grande susto, mas felizmente apenas danos materiais.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até a França para mais uma etapa na pista curta de Le Mans. A chuva ajudou a dar mais emoção à corrida, que teve largada com tempo seco, depois os pilotos foram para os boxes para trocar a moto com pneus slick para a moto com pneus de chuva, nesse meio tempo o Marc Márquez (Honda) voltou a liderar uma corrida pela primeira vez após a série de cirurgias necessárias após a tentativa de apressar a volta pós fratura ano passado, mas não adiantou muito: o campeão espanhol acabou indo parar na caixa de brita, e por duas vezes. Na segunda, abandonou. A vitória, pela segunda vez seguida, ficou nas mãos do australiano Jack Miller (Ducati), que mesmo recebendo por duas vezes a punição da “volta longa” jogou água no espumante da torcida francesa, que tinha grandes esperanças de ver um dos seus compatriotas (Quartararo ou Zarco) no degrau mais alto do pódio. Não foi dessa vez, mas os franceses não precisaram também ficar muito tristes: a dupla francesa esteve no pódio, com Johan Zarco (Ducati) na 2ª posição e Fabio Quartararo (Yamaha) em 3º. Com essa posição, Quartararo assumiu a liderança da tabela de pontuação, 1 ponto à frente de Francesco Bagnaia (Ducati)... e será difícil manter a liderança após a próxima prova: a corrida será em Mugello, onde a cavalaria do motor da Ducati deve falar bem alto na reta principal. Enfim, esperemos. Excelente corrida de Petrucci, 5º com a KTM, e mais uma vez Viñalez e Rossi decepcionaram: terminaram, respectivamente, em 10ª e 11ª lugar.

 

Para encerrar, a McLaren soltou a imagem da pintura especial que os carros terão no próximo final de semana para o GP de Mônaco: uma linda pintura laranja e azul claro. Se você pensou em homenagem à Gulf, pensou certo. Literalmente, um espetáculo.

 

Até a próxima!

 

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Monday, 17 May 2021 08:29 )