Oi amigos, tudo bem? Nesta quarta-feira, 12, estou aqui em Fort Lauderdale arrumando as malas porque já estarei em Indianapolis a partir de depois de amanhã, sexta-feira, para retomar minha carreira de piloto de IndyCar. Será minha estreia oficial na minha nova equipe e, realmente, estou feliz em manter a rotina, iniciada em 2001, de nunca perder uma Indy 500. Passei o meu aniversário, comemorado na segunda, 10, na sede da Meyer Shank Racing, em Ohio, para acertar os últimos detalhes do carro. Fui verificar algumas mudanças que eu solicitei, que não poderiam ser feitas na pista. E ontem mesmo a equipe tratou de carregar os caminhões para pegar a estrada, a caminho de Indianapolis, ainda nesta quarta-feira. A distância não é muito grande, na verdade. Da sede a equipe em Pataskala, em Ohio, até o Indianapolis Motor Speedway, em Indiana, são uns 320 km pela I 70-R, que é quase uma linha reta, de leste a oeste. Mas nada pode faltar no carregamento porque o time ficará direto no IMS para disputar a prova do misto, no sábado, e depois a Indy 500. "O carro está pronto"! Nosso colunista manda uma selfie com seu carro ao fundo e contando as horas para acelerar em Indianápolis. Foi uma segunda-feira puxada porque o avião sairia às 5 da matina, então, quatro e pouco da madruga já estava no aeroporto. Cheguei na equipe mais ou menos 9 da manhã e foi muito legal porque eles improvisaram uma festinha de aniversário. Fiquei bem feliz com a surpresa. Vou acompanhar toda a atividade da equipe a partir da sexta, quando terá início a fase de treino e Qualifying para a disputa no misto, que será no sábado, às 15:30 no horário do Brasil. É só ligar na TV Cultura e assistir com a narração do Geferson Kern e comentários do Rodrigo Mattar. No domingo darei um pulinho em Mid-Ohio para cumprir um compromisso cujo convite me deixou muito honrado. Serei o Grand Marshall da prova Acura SportsCar Challenge, terceira etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. A minha programação de pista, em Indianapolis, começará na terça, 18, primeiro dia de treinos livres para a Indy 500. Na semana que vem, já poderei contar como foram as primeiras impressões. É isso, amigos. Forte abraço e até semana que vem! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá Amigos, Quem dos fãs da NTT IndyCar Series consegue esquecer as terríveis imagens do acidente de Robert Vickens no oval de Pocono? Campeão da Fórmula BMW nos EUA (2006) e da Fórmula Renault 3.5 na Europa (2011), Robert Wickens chegou a testar na Fórmula 1 por equipes como Lotus (atual Renault) e Marussia-Virgin. Entre 2012 e 2017, disputou a DTM, antes de migrar para a Fórmula Indy. Em 14 corridas na temporada 2018, conquistou quatro pódios e foi nono nas 500 Milhas de Indianápolis, o piloto canadense era destaque na sua temporada de estreia quando tudo aconteceu. Quase 1000 dias depois de sua última corrida em um carro de corrida, Robert Wickens deu um novo passo em seu processo de reabilitação na terça-feira, dia 11 de maio, quando participou de um dia de pista totalmente Hyundai no curso de carros esportivos de Mid-Ohio. Aos 32 anos, Vickens testou um Hyundai Veloster N TCR da Bryan Herta Autosport no evento IMSA WeatherTech SportsCar Championship programada para o final de semana de 14 a 16 de maio, fazendo bom uso do carro nº 54 pilotado por Michael Johnson na temporada. Em 2018, no oval de Pocono, Robert Wickens sofreu o pior acidente de sua carreira no automobilismo. Assim que foi tirado do coma – induzido clinicamente – a primeira pergunta dele foi: “Quando posso correr de novo?” Algo quase instintivo para quem tinha as corridas de automóveis como vida profissional e meio no qual estava envolvidoa desde o kartismo, iniciado quando tinha sete anos de idade. Vendo seu talento natural, sua família se sacrificou muito por mim ele, direcionando tudo o que era possível na futura carreira de piloto. Na sua mente, ver todo o esforço colocando em sua vida e carreira e algo que não se pode simplesmente deixar ser levado embora tão facilmente. Com o carro adaptado, equipado com controles manuais, Wickens se adaptou às demandas do Hyundai turbo de quatro cilindros e tração dianteira de 350 cv, disponibilizado por BHA e Johnson. Dentro do Veloster, Wickens aumentou a velocidade ao interagir com o volante complexo que possui dois grandes anéis para controlar o freio e o acelerador; a aceleração vem empurrando para baixo o anel dianteiro e a frenagem é ativada puxando o anel atrás do volante. Botões separados no volante controlam a mudança de marcha para cima e para baixo. Com enorme dedicação, o piloto canadense dedicou-se à sua recuperação como um grande obstinado. A maior parte da carreira de Wickens foi passada em carros de roda aberta, mas ele não é estranho aos carros de lata, tendo sido contratado pela equipe de fábrica da Mercedes-AMG DTM, onde venceu seis corridas e ficou no top5 de dois campeonatos, em 2012 e 2017. Wickens também fez uma etapa no IMSA WeatherTech SportsCar Championship no Rolex 24 At Daytona em 2017 com a Starworks Motorsport na classe LMPC antes de retornar à América do Norte em 2018 e iniciar sua temporada de estreia na NTT IndyCar Series. Ganhando o prêmio de Estreante do Ano nas 500 milhas de Indianápolis, Wickens foi um candidato ao título instantâneo com a equipe Schmidt Peterson Motorsports antes do acidente de agosto em Pocono que lesionou sua medula espinhal e extremidades. Desde o acidente, Wickens se tornou uma figura inspiradora, pois seus esforços para superar a lesão na coluna vertebral e restaurar a função completa de suas pernas foram compartilhados com o mundo através das redes sociais. Nesta semana, o início da recompensa pelo esforço: poder acelerar um carro de competição mais uma vez. Poder ver Robert Wickens ter a chance de voltar para um carro de corrida e poder foi algo que Bryan Herta garantiu ser apenas o primeiro passo de um trabalho onde ele pretende investir na experiência e habilidade de um piloto com as qualidades de Wickens, deixando claro que outras etapas acontecerão para as próximas fases no retorno deste piloto brilhante às corridas. Vamos acelerar! Sam Briggs Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |