Amigos, os gols irregulares na Copa do Mundo da África do Sul, tem sido tema constante de conversas e análises. A questão do uso de tecnologia, como imagens e câmera lenta para auxiliar a arbitragem, foi descartada em um primeiro momento pelo presidente da FIFA, Jospeh Blatter. O dirigente pelo menos disse que o assunto voltará a pauta em reunião da entidade, e pediu desculpas para a Inglaterra por não ter seu gol legítimo validado contra a Alemanha, e ao México, que viu a Argentina através de Tevez fazer um gol em impedimento, e que também foi dado como legal pelo árbitro. Já na Fórmula 1 a coisa com relação as regras sempre foram diferentes, mas isso está mudando. 

Caso fossemos analisar o GP da Europa do último domingo em Valência, da mesma forma como debatemos o futebol, teríamos uma grande polêmica nas mãos. Na largada a RBR de Vettel manteve a ponta, e o grid veio se acertando após a primeira curva sem muitos problemas. Depois, Mark Webber “decolou” na traseira de Kovalainen da Lotus, e a RBR “deu asas” literalmente ao australiano. Ainda bem que nada de mais grave aconteceu. Diante disso, o safety car entrou na pista. Até aí tudo bem, é coisa que não é nova. Eu particularmente acho que é um negócio bom para as corridas norte-americanas, mas a F1 está assim já faz tempo, então vamos aceitar. 

O inglês Lewis Hamilton ultrapassou o safety car após ele ter entrado na pista, o que é uma infração grave ao regulamento. Isso foi lá pela volta 9, e Lewis só foi punido mais de 20 voltas depois. Com a discussão dos comissários de prova (entre eles o ex-piloto Heinz-Harald Frentzen) demorando, o infrator foi beneficiado. Hamilton quando passou o safety car, foi o único além do líder Vettel, que trocou pneus antes do resto do pelotão. Além disso, Lewis deixou Alonso para trás, e o espanhol que estava colado no inglês chegou em 9º, enquanto Lewis foi o 2º. Coisas de tática de corrida, mas porque demoraram tanto para punir Hamilton ? Ao contrário do futebol, os comissários têm à disposição imagens de todos os ângulos possíveis, sendo que elas podem fazer parte de qualquer julgamento e decisão dos dirigentes de prova. A imagem foi clara, e mostrada por todas as emissoras de TV presentes em Valência. Não deu para entender a demora, portanto nota zero para o comissariado do GP da Europa. 

Ainda por cima Kobayashi, da Sauber, por acaso ficou em 3º após os pit stops, e segurou o pelotão com seu ritmo mais lento em um circuito de rua, dando ainda mais vantagem para Hamilton. A decisão demorada dos comissários foi equivocada, penalizando Hamilton com um “drive through”, onde o piloto apenas cruza os boxes na velocidade limite, sem nenhuma parada por tempo. Pela demora na decisão, Hamilton deveria ter sido punido com um “stop and go”, ou seja, entrado nos boxes, parado na saída, digamos, por 10 segundos, e retornado a pista. A regra foi quebrada, e o cidadão ainda chegou em 2º lugar por isso. Será que não tinha nenhum árbitro da Copa entre os comissários?  

Um abraço e oremos sempre. 

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