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Adeus ao ‘seu’ Bastos e boas-vindas à TV Cultura / Os brasileiros na IndyCar 2021 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 14 April 2021 18:18

Olá, amigos!

 

A coluna de hoje era para ser totalmente dedicada ao teste da semana passada em Indianapolis. Foi mesmo muito importante e conseguimos avançar bastante nos nossos objetivos relativos à Indy 500 do próximo dia 30 de maio. Mas me senti na obrigação de acrescentar algumas palavras em homenagem ao presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo, o seu Bastos, que infelizmente faleceu na terça-feira, 13, aos 88 anos.

 

Quando eu comecei a correr de kart, em 1987, José Aloizio Cardozo Bastos já era um profissional com muita experiência no automobilismo. Ele foi bandeirinha, comissário, diretor de prova, promotor, dirigente, presidente de clube e um monte de coisas mais. Só que para a meninada do kart, não importava o cargo, pois ele era sempre do mesmo jeito.

 

Cansei de levar bronca do seu Bastos e ouvir um apito que ele levava para todo canto. Mas as broncas do seu Bastos não eram daquelas de dar medo na gente. Era mais orientação e aconselhamento. E o engraçado é que ele tentava fazer uma cara de bravo, mas não conseguia, pois a autoridade que ele tinha não vinha dessa coisa de ser bravo, mas do conhecimento que ele tinha e da forma que ensinava a molecada.

 

Eu fiquei triste em saber do seu falecimento, mas acredito que ele seguiu satisfeito ao encontro do Pai, pois viveu praticamente a vida inteira envolvido com aquilo que gostava e deixou muito amigos, muitos mesmos.

 

Sobre o teste em Indianapolis, quero dizer a vocês que foi maravilhoso. Digo isso porque, apesar da chuva no primeiro dos dois dias, conseguimos fazer uma quantidade tão fabulosa de experimentos que, certamente, vai permitir que a gente inicie bem os trabalhos da Indy 500.

 

 

 

Vocês perceberam que a asa traseira é bem pequena, com pouco arrastro aerodinâmicos. Como esse formato gera menos turbulência, os carros tendem a andar mais próximos. Porém, a novidade é o assoalho, que ganhou alguns recursos justamente para compensar essa perda na traseira.

 

O que resulta de tudo isso é que temos muitos dados a cada saída para a pista. Andei mais de 200 voltas, portanto, não faltaram informações. É aqui que gostaria de abordar um tema especial. De maneira geral, todas as equipes têm acesso às informações. Claro que cada piloto e equipe têm suas particularidades, só que a, grosso modo, não muda muito. A questão que fica, portanto, é exatamente o que fazer com essa informação.

 

Nessa equação entram diversos itens, dentre eles a experiência dos pilotos, o relacionamento com o grupo, a capacidade de comunicação entre corredores e engenheiros, os recursos humanos com capacidade de tirar proveito de todos aqueles gráficos coloridos e assim por diante. Sei que muita informação tem a capacidade, caso não haja o entendimento de como proceder, de causar enorme confusão.

 

 

 

E apesar de nosso grupo ter sido reunido apenas recentemente na Meyer Shank Racing, deu para perceber o quanto eu posso contribuir e aprender nessa troca, o que é sensacional. Claro que anotei tudo no meu caderninho e temos conversado bastante com o pessoal de engenharia. Muito legal também foi ter conseguido andar rápido nos dois dias e, mesmo testando muita coisa, nossa performance foi bem eficiente.

 

Nesse final de semana começa a temporada no Barber Motorsports Park, no Alabama. Eu não vou pilotar, mas estarei lá para me familiarizar com a dinâmica da equipe em corrida e esticar mais ainda a fase de análise de tudo o que já temos. E o pessoal do Brasil vai poder acompanhar tudo ao vivo na TV Cultura, a nova casa da Indy. Fiquei muito feliz com essa nova fase da categoria e desejo muito sucesso.

 

Abração e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

  

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

A espera pelas corridas está terminando. Depois de termos o adiamento do início da temporada, vamos ter a primeira etapa em Barber, neste domingo. Como já me avisaram, minha coluna chega no site antes da coluna do Helio e eu tenho que pensar bem para não falarmos sobre o mesmo assunto.

 

Ele esteve em teste com os carros da categoria no Indianápolis Motor Speedway e provavelmente vai falar sobre isso. Então, vamos fazer algo especial para os brasileiros: apesar de não termos pilotos do Brasil correndo na abertura do campeonato, nas corridas nos ovais teremos três brasileiros nas pistas. Helio Castroneves e Tony Kanaan tem mais de 20 anos de corridas na categoria e uns 25 anos correndo aqui nos Estados Unidos. Ambos são extremamente respeitados no meio dos pilotos.

 

 

 

O outro é Pietro Fittipaldi, que está dividindo seu tempo entre os protótipos na Europa Le Mans Series (o IMSA dos europeus se vocês preferirem), ser o piloto reserva e de testes da Haas na Fórmula 1 e correr as provas nos ovais, substituindo Romain Grosjean na equipe Dale Coyne. Uma aposta para se estabelecer na categoria, quem sabe ter a chance de uma temporada completa em 2022, na Dale Coyne ou outra equipe. Ele tem mais chances de conseguir resultados razoáveis na IndyCar Series do que na sua equipe na Fórmula 1, que é uma das piores.

 

Entre os brasileiros o que mais me anima não é nenhum deles: na PRO2000, o mais novo dos Fittipaldi Brothers – Enzo – vai fazer sua estreia. Ele deixou a Fórmula 3 na Europa para vir fazer o Road to Indy. Eu assisti suas corridas nas etapas virtuais da Fórmula Indy e da Fórmula 1. Se ele tiver no asfalto a mesma performance do console, podemos esperar muito dele. Sua estreia vai ser nesse final de semana em Barber e eu vou acompanhar tudo.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs